– Pênaltis e Não Pênaltis em um Mundo Justo. Existe?

 

Talvez. Utopia ou o sonho, esse post surge da pergunta de Dênis Garcia. Abaixo:

 

“Caro, Prof. Porcari.
Vamos imaginar um mundo onde só exista honestidade..rss  E nesse mundo, graças a Deus também tenha futebol.
Vamos ao lance…
O Árbitro apita penalidade máxima porque viu o jogador da defesa colocar o braço na bola. Mas viu por engano. Não foi mão nem braço. Foi ombro! As imagens são claras. E lá nesse mundo honesto, o atacante que terá direito a bater o pênalti diz ao árbitro: ‘putz juizão, eu vi. O defensor está certo em reclamar. Não foi mesmo braço. Nem tenho vontade de marcar o gol porque seria uma injustiça’. A pergunta é: o árbitro pode voltar atrás? Eu imagino que sim. O que você me diz? Grande abraço e bom domingão!”

 

Dênis, o lance que você citou já ocorreu de maneira parecida! E, pasme, o ‘atacante justo’ se deu mal…

Na Premier League (não me recordo do ano nem dos clubes, mas sim do lance), em uma disputa legal na grande área, o zagueiro colocou a bola para escanteio. O árbitro entendeu que o zagueiro pegou o pé do atacante e marcou pênalti. Reclamações à parte da defesa, na hora da cobrança, o atacante fez questão de dizer ao árbitro que não foi atingido e que ele poderia desmarcar o tiro penal! Incrível, não? E, ato contínuo, o árbitro disse que ele, atleta, estava equivocado e que fora pênalti sim! Na insistência do justo atacante, recebeu cartão amarelo por reclamar da arbitragem. Houve a cobrança, com bola “cantada” para o goleiro defender.

 

Tanto no lance em que você pergunta como no acontecido na Inglaterra, ficam as observações:

O árbitro pode voltar atrás na marcação se sentir convencido de que errou e não ter reiniciado a partida. Isso pode ocorrer se um árbitro assistente disser a ele que o lance foi legal e houve equívoco. Quando jogador atacante diz não ter sido pênalti, fica a ressalva: “ele é confiável ao árbitro; afinal, é uma situação raríssima e inusitada?”; ou, ainda uma outra ressalva: “ele sabe interpretar tão bem o lance que o árbitro?”. Dificilmente o árbitro vai acreditar no atleta (e pela regra, nem deve, pois ele tem assistentes e quarto árbitro para isso).

No lance em que cito, o amarelo foi um exagero; uma forma do árbitro dizer: “eu sou do ramo e já marquei; quem manda aqui sou eu”.

 

Detalhe: se a bola saiu para escanteio e o árbitro marcou o pênalti e voltou atrás, reinicia-se o jogo com o escanteio. No lance em que você cita, se o árbitro voltou atrás se reinicia com bola ao chão, no local onde a bola se encontrava na grande área na hora do apito. Se estava na pequena área, o bola ao chão deverá ocorrer sobre a linha da pequena área paralela à linha de meta (ou seja, 5,50 metros do gol).

 

Abraços, é sempre um prazer responder!

– O Fiasco e o Futuro da Seleção!

 

Escreveria um post abordando o vexame da Seleção Brasileira na Copa América (sim, pois não dá para classificar uma eliminação com 100% dos pênaltis desperdiçados a não ser de vexatória); porém, duas questões do querido professor Ferrari, enviadas por email, me fizeram ampliar o tema: de fiasco… ao futuro!

 

Compartilho com os amigos a impressão sobre a Seleção Brasileira, acrescentando alguns bons questionamentos.

 

Abaixo:

 

“Prof Porcari,

Será que a imprensa não está endeusando quem não merece? 
Mano Menezes tem condições de continuar ou já está ‘queimado’?
Abraços, boas férias .
AOFerrari” .

 

Professor Ferrari,

 

Muitas vezes houve endeusamento de alguns atletas, como Paulo Henrique Ganso e Neymar. Se nessa primeira competição que disputaram eles foram mal, imagine a 1 ano atrás, quando estavam menos experientes? Dunga não os levou e foi crucificado. Talvez estivesse com a razão…

 

Não podemos nos esquecer que há 2 anos, Ganso era reserva e Neymar o 12º jogador. Viveram, é verdade, ótimos momentos no Santos FC nos últimos tempos (1 ano e meio). Mas falta muito feijão e muita experiência para serem rotulados como “insubstituíveis”. Sim, esse é o termo que deve ser usado para craque – insubstituível. Neymar e Ganso, até então, não são insubstituíveis.

 

Sinto falta de uma referência na Seleção. Ronaldo em 2002 era o “Salvador da Pátria”, e que ao lado do então insubstituível Rivaldo jogou muito na conquista do Penta. Na busca ao Tetra, em 1994, tivemos Romário como essa referência, que ajudou o Brasil a se classificar no derradeiro jogo das Eliminatórias contra o Uruguai (marcando os gols e chamando a responsabilidade para si).

 

Hoje, quem é o insubstituível da Seleção?

 

Talvez, pela falta de jogadores excepcionais nos campeonatos tupiniquins, estejamos realmente endeusando demais alguns atletas. Quem melhor se sobressai, já recebe o título de craque. Nivelamos o conceito ‘craque’ por baixo.

 

E nessa onda de deuses de barros, temos ainda aqueles que nunca foram endeusados mas que, por ‘sensibilidade’ de Mano Menezes, chegaram à Seleção Brasileira. O que dizer de Jadson, que no último amistoso antes da Copa América, vestiu a sagrada camisa 10? Ironicamente, ele não é titular absoluto do seu clube, o ucraniano Shaktar.

 

Jogador de Seleção de ponta, como a Brasileira, Argentina, Alemã, Italiana, deve ser titular absoluto de Milan, Real Madrid, Barcelos, Manchester United. Jogador reserva em clube não pode vestir a amarelinha. E aí fica o questionamento: Lucas Leiva, Jadson, Elias, Jucilei – todos empresariados pelo mesmo agente empresarial de Mano Menezes, o Sr Carlos Leite – estão ou estiveram na Seleção, mesmo contestados.

 

Agora vem a deixa: qual atleta é uma unanimidade nacional e ficou de fora da lista do Mano? Não existe!

Será que a safra de atletas é tão boa assim? E somada ao trabalho do atual treinador, com a consideração ética feita acima, sejam os responsáveis pelo fiasco?

 

Mano foi ótimo técnico com os limitados elencos do Grêmio vice-campeão da Copa Libertadores da América e do Corinthians vice-campeão da Copa do Brasil. Mas com a opção de escolher seus atletas, que é a que Seleção Brasileira dá, não mostrou serviço ainda.

 

E quem poderia substituir Mano? Abel Braga, com o trabalho ruim (embora no início) no Fluminense? Tite, ora questionado ora respeitado no seu clube, apesar da fabulosa campanha? Luxemburgo, com todas as ressalvas que sua contratação requer? Felipão, que um dia já esteve lá e supostamente recusou um convite pós-Dunga? Muricy, que foi impedido pelo seu patrão Horcades de assumir?

 

Talvez o Brasil não esteja sofrendo gravíssimos problemas apenas para organizar a infraestrutura da Copa em 2014. Mas também para ter um time!

 

E aqui vale dois questionamentos finais:

Quem disse que disputa por pênaltis é loteria? É competência!

Cadê o psicólogo da Seleção Brasileira?

 

Abraços,

Prof Porcari

 

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– Disney English for China

A Disney (na China) está ganhando dinheiro na educação por uma via não muito usual: a partir de escolas temáticas, com aulas de inglês para as crianças chinesas e sua turma. O difícil é entender o que o Donald fala com sua voz rouca…

 

Extraído de: Revista Exame, Ed 976 de 22/09/2010, pg 81

 

PROFESSOR MICKEY

 

Na China, a nova função do Mickey Mouse, do Pato Donald e da Pequena Sereia é ir às aulas. Isso porque um dos principais negócios da Disney no país são as escolas de inglês para crianças chinesas entre 1 e 11 anos de idade. Com salas de aula e material didático ilustrados por seus famosos personagens, a primeira unidade da Disney English foi aberta em 2008, mas o negócio até agora operava em fase experimental em apenas 15 escolas. Confirmado o sucesso dos empreendimentos, com unidades lotadas e filas de espera para novas matrículas, a gigante do entretenimento acaba de anunciar que vai expandir para 148 o número de escolas até 2015. O negócio, de acordo com a Disney, é de futuro: um estudo revelou que o mercado de ensino de inglês para crianças na China cresce 12% ao ano e alcançará 3,7 bilhões de dólares até 2012. Aprender com o professor Mickey não é barato para os padrões locais: o valor anual por 2 horas de aula semanais é cerca de 1.800 dólares.

– A Briga pela Vice-Liderança na Guerra das Cervejas

 

A briga entre a Schincariol e a Petrópolis é boa, ambas buscando a vice-liderança na venda de cervejas no Brasil.

 

A revista IstoÉ Dinheiro trouxe uma interessante reportagem sobre as estratégias da Cervejaria Petrópolis nessa guerra. Abaixo:

 

Extraído de: http://is.gd/zzoaLc

 

DE GOLE EM GOLE

 

Por Rosenildo Gomes Ferreira

 

Desde 2006, a Petrópolis, dona das cervejas Itaipava e Crystal, cresceu 300%. Hoje, já ameaça a vice-líder Schincariol

Nos últimos dez anos, a guerra travada entre os fabricantes de cerveja colocou de lados opostos do ringue a gigante Ambev e a paulista Schincariol. Elas protagonizaram disputas memoráveis que incluíram o “roubo” do garoto-propaganda Zeca Pagodinho, contratado da Schincariol, pela dona da Brahma e da Antarctica, e  até mesmo manobras que resultaram no veto aos comerciais estrelados pela loira calipígia e patricinha global Paris Hilton, pela cervejaria de Itu. 

Enquanto na parte de cima da pirâmide a briga corria solta, o empresário paulistano Walter Faria, dono do grupo Petrópolis, se aproveitou de cada brecha para avançar com suas marcas Itaipava, Crystal e Petra. Hoje, segundo o departamento de marketing da empresa, ela possui uma fatia de 10,2% desse segmento, levando-se em conta os números de maio auditados pela consultoria Nielsen, o que coloca a companhia em terceira posição, atrás da Ambev (69%) e da Schincariol (11%), mas à frente da gigante global Heineken (8,4%), que negocia a compra da Schincariol. 

 

A expectativa é fechar o ano com faturamento de R$ 3 bilhões, quase quatro vezes mais do que o obtido em 2006. Mas, afinal, qual foi a receita para chegar tão longe em tão pouco tempo?

“Concentramos nossa atuação nos mercados mais fortes, como o Rio de Janeiro e São Paulo, além de apostarmos em formatos diferenciados de embalagens”, diz Douglas Costa, diretor de marketing do grupo Petrópolis. 

 

Nessa lista estão a embalagem selada e a lata de alumínio mais fina, com 300 ml. O resultado é que a Itaipava, o carro-chefe da empresa, fechou maio como a segunda marca mais vendida na região metropolitana do Rio de Janeiro, com 20%, abaixo da Antarctica (40,5%) e acima da Skol (17%), da líder Ambev. Nas cidades da Grande São Paulo, ela é a terceira, atrás de Skol e Brahma. A companhia também soube fazer render sua verba de marketing, prevista para este ano em R$ 112 milhões. 

 

Valor modesto em relação à  Ambev, que desembolsou R$ 507 milhões somente no ano passado, segundo o Ibope Monitor. “O maior atributo da Petrópolis é a forma como a empresa faz a gestão de seu portfólio na mídia e no ponto de venda”, diz Adalberto Viviani , especialista em varejo de bebidas e sócio da Concept Consultoria, de São Paulo. Como a verba é limitada, a direção da Petrópolis optou por investir, além da publicidade nos veículos tradicionais – revista, jornal e teve –, em esportes associados à performance e ao universo masculino, como futebol e automobilismo. A etapa 2011 da Fórmula Indy no Brasil, ocorrida em maio, recebeu o nome de Itaipava São Paulo Indy 300.

Apesar de os pilotos brasileiros não terem subido ao pódium e da chuva ter obrigado a suspensão da corrida e seu término no dia seguinte, Costa diz que o saldo foi positivo. O retorno de mídia espontânea de televisão, estimado com o evento, foi de R$ 90 milhões. “Trata-se de uma marca expressiva, já que toda a nossa verba para esportes será de R$ 20 milhões neste ano”, afirma o diretor da cervejaria. Além da Fórmula Indy, a companhia patrocina o Itaipava GT Brasil, campeonato no qual desfilam bólidos exclusivos do quilate de Maserati, Ferrari e Lamborghini; a Fórmula Truck, de caminhões; e a Stock Car, na qual a  cervejaria mantém duas equipes. Também patrocina a transmissão das corridas pela Rede Globo.

 

Outro aspecto relevante da estratégia desenhada por Faria foi concentrar a atuação da companhia nos Estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde estão localizadas suas quatro fábricas: em Boituva, no interior de São Paulo; em Petrópolis e Teresópolis, ambas situadas na região serrana do Rio de Janeiro; além de Rondonópolis, em Mato Grosso. É que no Nordeste, considerado o eldorado para vários fabricantes de produtos de consumo – entre eles a rival Schincariol, que obtém na região seu melhor desempenho nacional –, a demanda pela cerveja fica abaixo da média brasileira. 

O que à primeira vista parece um contrassenso, faz todo sentido na avaliação de especialistas. “O Nordeste é um mercado relativamente novo para esse produto, no qual a disputa se dá basicamente em torno do preço”, diz o consultor Viviani. O diretor de marketing da Petrópolis, porém, não descarta uma incursão da Bahia para cima. Contudo, argumenta que ainda existem muitos espaços para ser ganhos nas áreas nas quais atua. Hoje, o Rio de Janeiro lidera o consumo do setor com uma média de 100 litros de cerveja per capita/ano, quase o dobro da média nacional (55 litros per capita/ano) e cerca de três vezes mais que no Nordeste (35 litros per capita/ano).

– Pênaltis e Não Pênaltis em um Mundo Justo. Existe?

 

Talvez. Utopia ou o sonho, esse post surge da pergunta de Dênis Garcia. Abaixo:

 

“Caro, Prof. Porcari.
Vamos imaginar um mundo onde só exista honestidade..rss  E nesse mundo, graças a Deus também tenha futebol.
Vamos ao lance…
O Árbitro apita penalidade máxima porque viu o jogador da defesa colocar o braço na bola. Mas viu por engano. Não foi mão nem braço. Foi ombro! As imagens são claras. E lá nesse mundo honesto, o atacante que terá direito a bater o pênalti diz ao árbitro: ‘putz juizão, eu vi. O defensor está certo em reclamar. Não foi mesmo braço. Nem tenho vontade de marcar o gol porque seria uma injustiça’. A pergunta é: o árbitro pode voltar atrás? Eu imagino que sim. O que você me diz? Grande abraço e bom domingão!”

 

Dênis, o lance que você citou já ocorreu de maneira parecida! E, pasme, o ‘atacante justo’ se deu mal…

Na Premier League (não me recordo do ano nem dos clubes, mas sim do lance), em uma disputa legal na grande área, o zagueiro colocou a bola para escanteio. O árbitro entendeu que o zagueiro pegou o pé do atacante e marcou pênalti. Reclamações à parte da defesa, na hora da cobrança, o atacante fez questão de dizer ao árbitro que não foi atingido e que ele poderia desmarcar o tiro penal! Incrível, não? E, ato contínuo, o árbitro disse que ele, atleta, estava equivocado e que fora pênalti sim! Na insistência do justo atacante, recebeu cartão amarelo por reclamar da arbitragem. Houve a cobrança, com bola “cantada” para o goleiro defender.

 

Tanto no lance em que você pergunta como no acontecido na Inglaterra, ficam as observações:

O árbitro pode voltar atrás na marcação se sentir convencido de que errou e não ter reiniciado a partida. Isso pode ocorrer se um árbitro assistente disser a ele que o lance foi legal e houve equívoco. Quando jogador atacante diz não ter sido pênalti, fica a ressalva: “ele é confiável ao árbitro; afinal, é uma situação raríssima e inusitada?”; ou, ainda uma outra ressalva: “ele sabe interpretar tão bem o lance que o árbitro?”. Dificilmente o árbitro vai acreditar no atleta (e pela regra, nem deve, pois ele tem assistentes e quarto árbitro para isso).

No lance em que cito, o amarelo foi um exagero; uma forma do árbitro dizer: “eu sou do ramo e já marquei; quem manda aqui sou eu”.

 

Detalhe: se a bola saiu para escanteio e o árbitro marcou o pênalti e voltou atrás, reinicia-se o jogo com o escanteio. No lance em que você cita, se o árbitro voltou atrás se reinicia com bola ao chão, no local onde a bola se encontrava na grande área na hora do apito. Se estava na pequena área, o bola ao chão deverá ocorrer sobre a linha da pequena área paralela à linha de meta (ou seja, 5,50 metros do gol).

 

Abraços, é sempre um prazer responder!