– A ‘Mulher sem Orifício’ do Chico Buarque

 

Em nome da liberdade poética, algumas canções podem ter versos, histórias ou melodias inusitadas. Boas ou ruins.

 

Das obras-primas como “Um beijo molhado de luz sela o nosso amor” (Chuva de Prata) ou “Se chorei ou se sorri, o certo é que emoções eu vivi” (Emoções), temos também as que se superam pela barra forçada. Quer um exemplo? “Eu bebo coca-cola e ela me pede em casamento” (da excepcional Caminhando pelo Vento).

 

Mas esta se superou:

 

De alguma ovelha, talvez, fazer sacrifício,

Por uma estátua ter adoração e amar uma mulher sem orifício.”

 

A frase “Mulher sem Orifício”, pasmem, é de Chico Buarque! Dá para acreditar? O gênio da MPB quis citar a mitologia grega de um poema de milênios atrás. Mas ficou com o sentido deturpado, feio, inoportuno.

 

Bola fora do Chico. O que seria “amar uma mulher sem orifício”? Tá na cara que o “orifício” surgiu para rimar com a palavra ‘sacrifício’… Agora, agüente as críticas!

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