Por Reinaldo Oliveira
FIM DE ANO. CUIDADO COM O SEU DINHEIRO
O fim do ano chegou. Este é um período que, suscitado pelo clima de fraternidade, as pessoas ficam mais sensíveis, afetivas. Há uma mudança nos costumes, tudo é enfeitado com cores que traduzem alegria. Porém, é necessário cautela com os gastos de fim de ano. É preciso ter cuidado com o uso do dinheiro para que, o início e todo o novo ano, sejam de acordo com os votos que costumeiramente desejamos uns aos outros: de feliz ano novo. E porque este cuidado, esta prudência com os gastos? Simples. Como está cheio de exemplos por aí, e como diz o dito popular, às vezes dá-se o pulo maior do que a perna; ou seja: se gasta mais do que ganha. Logo, é importante lembrar que só a poupança garante o futuro. Dados recentes informam que a população, a massa de trabalhadores está endividada. Uma pesquisa informa que 60% dos assalariados vão usar o 13º para pagar contas atrasadas, que são contas muito caras – porque normalmente nelas estão embutidos muitos juros. Para se ter uma idéia, o cartão de crédito chega a 240% de juros ao ano. E é comum muitas pessoas estarem com o pagamento do cartão atrasado. Outro que come boa parcela do dinheiro, em forma de juros é o cheque especial: 140% ao ano. E o 13º salário que foi criado como um bônus, um prêmio com direito ao ócio, está sendo incorporado no orçamento do trabalhador hoje, apenas para pagar contas atrasadas. Apenas 12 de cada 100 trabalhadores vão guardar o 13º para o pagamento de impostos de início de ano e despesas escolares e, apenas 3% vão usar para reforma ou aquisição da casa própria. No ano passado e neste, a crise no mundo afligiu países como Islândia, Espanha, Grécia e mais recente Irlanda e Portugal. Durante estas crises no mundo, internamente a área econômica do governo pediu para que a população brasileira continuasse produzindo, comprando, consumindo e foi atendida neste pedido. Parece que, de acordo com as pesquisas, aos poucos a conta foi aparecendo, e agora no fim do ano tem uma grande parcela da população com dívidas quase impagáveis. O alívio é o 13º. Logo ele não é mais do trabalhador, mas sim, para pagamento de tudo aquilo a que ele é ou foi induzido a consumir. TV analógica? Que coisa antiga. Compre uma HD. Seu colega de serviço comprou carro novo? Que vergonha, você com o mesmo carro já há vários anos. Celular? O negócio é deixar o antigo de lado e comprar sempre o modelo mais recente. E assim vai. As tentações são grandes. E você cai que nem patinho. Com isso o comércio lucra, o povo se endivida e os banqueiros, que trabalham como o seu, meu e o dinheiro de todo mundo, ficam cada vez mais ricos. Então esteja atento e economize seu suado, mas importante dinheirinho. Ano novo e governo novo. A mudança de ano e de governo não espanta a crise, nem aumenta seu poder aquisitivo. Logo cuidado com o seu dinheiro. É isso!!

