– O Problema é: Interpretar ou Cumprir?

 

A subjetividade das interpretações das Regras do Jogo faz com que o futebol seja um esporte polêmico, não há dúvidas. Mas muitas vezes nós nos deparamos com o não-cumprimento da Regra versus interpretação pessoal. E aí vamos cair na seguinte questão: a universalidade de critérios dos árbitros.

 

Vou dar 3 exemplos simples onde pode existir descumprimento da regra ao invés de má interpretação: Ontem, na partida entre Vitória/BA X Corinthians/SP, Carlos Eugênio Simon viveu as seguintes polêmicas situações:

 

1) Bola na área do Corinthians e Ralf a toca com a mão. Houve a intenção de dominá-la e ele marcou pênalti. Marcado o tiro penal, não houve aplicação da advertência com o cartão amarelo. Nem todo pênalti e nem toda a mão na bola resulta em amarelo, correto. Mas todo toque de mão que impeça seu adversário de ter a posse da bola é cartão amarelo, segundo o IFAB. Simon interpretou que não haveria domínio do Vitória ou simplesmente descumpriu a regra ao não punir o corinthiano?

 

2) Ataque do Vitória/BA, Junior recebe a bola e prossegue a jogada até que demoradamente é marcado o impedimento. Os corinthianos não abandonam o lance, pois não havia sido ainda confirmado o impedimento (muitas vezes, o “gol” sai por força dos adversários verem o assistente com a bandeira levantada e abandonam o prosseguimento do lance, possibilitando que o atacante conclua sem dificuldades; não é este o caso, pois todos permaneceram em disputa). Há 20 anos, a ação era de que “apareceu sozinho na área e o bandeira, de imediato, levantava seu instrumento”. Hoje, se existir dúvida de mesma linha ou não, o ataque deve prosseguir. O árbitro assistente interpretou que o impedimento era claríssimo ou descumpriu a regra ao não deixar a jogada ser confirmada como gol?

 

3) Júlio César, goleiro corinthiano, disputa uma bola com o seu adversário, excede e comete falta, sendo que dentro da área é pênalti. Lance idêntico da semana passada, entre o cruzeirense Gil e o corinthiano Ronaldo. Simon interpretou que o lance foi de disputa legal pelo domínio da bola ou descumpriu a regra ao entender que o atacante baiano “caiu de maduro”? (a propósito, Sandro Meira Ricci foi crucificado por lance similar; um deles – Simon ou Ricci – erraram; ou seria critério diferente?)

 

O grande problema nas decisões dos árbitros é esse: INTERPRETAR EQUIVOCADAMENTE (onde há muita subjetividade) ou NÃO CUMPRIR (onde há omissão).

 

E você, o que achou do jogo de ontem? Deixe seu comentário:

– Domingo

 

Ufa, um dia para descansar depois de muitos e muitos e muitos e muitos e muitos de trabalho….