– Um Laboratório de Administração!

Recebo a seguinte pergunta de um ex-aluno, desistente do curso de Administração:

“Professor, por que as universidades não tem laboratórios para a graduação em Administração de Empresas?” (Henrique, via e-mail)

Caro Henrique, os laboratórios de Adm de Empresas são as próprias instituições em que você trabalha. É impossível graduar-se (em um boa faculdade, lógico), sem estar no mercado. O estágio é essa condição que você pede! Teoricamente, é lá que você pode errar e ganhar experiência pelo erro, pois você exerce a condição de aprendiz dentro da empresa. Entretanto, sabemos que na prática não é assim que funciona. O estagiário é muitas vezes cobrado como um profissional já formado. Além de que, muitas correntes educacionais defendem que o estudante deve realizar seus estudos durante a manhã; as tarefas acadêmicas ao domícilio às tardes; e o descanso merecido à noite. Mas para estes, um questionamento: e a prática da administração, onde fica?

– Ídolo do Rúgbi assume Homossexualidade

O que você diria se um ídolo do futebol assumisse ser gay? Imagine se ele fosse ícone como Cristiano Ronaldo, Messi, Kaká ou Drogba?

Veja o caso do jogador Richarlysson, do São Paulo FC, que “acusado” de ser homossexual, mesmo não se assumindo (nem sabemos se é ou não, e isso pouco importa), é perseguido por parte de sua torcida.

No rúgbi, um esporte tão viril quanto o futebol, o galês Gareth Thomas assumiu ser gay, e, pelo jeito, o mundo desse esporte mudou!

Corajoso! Nada contra sua opção sexual, muito menos apologia. Apenas um caso a mais para se discutir se o futebol está ou estará preparado para uma situação como essa.

Extraído de: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Mais_Esportes/0,,MUL1423728-16317,00-IDOLO+DO+RUGBI+ASSUME+HOMOSSEXUALIDADE+E+CAUSA+POLEMICA+NA+GRABRETANHA.html

Ídolo do rúgbi assume homossexualidade e causa polêmica na Grã-Bretanha

Em entrevista a jornal e TV inglesa, galês Gareth Thomas quebra tabus

Em um esporte cercado de machismo e que prima pela força bruta, o galês Gareth Thomas resolveu quebrar tabus. Em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail”, o jogador de rúgbi assumiu ser homossexual e causou polêmica entre os torcedores do esporte. Ele afirmou que tomou a decisão de ir a público para encorajar meninos de 17 e 18 anos que tenham descoberto que são gays e queiram seguir competindo.

– Eu não quero ser conhecido como um jogador de rúgbi gay. Sou primeiro – e antes de mais nada – um jogador de rúgbi. Sou um homem – disse.

Defensor do Cardiff Blues, da Inglaterra, Thomas disse à BBC que “os atletas são normalmente esteriotipados”.

– Tudo bem ser ator, cantor, bombeiro, político ou jornalista gay. É aceitável, porque seus estereótipos (heterossexuais) já foram quebrados, eles já foram aceitos sendo gays. Mas até agora ninguém rompeu com o estereótipo no esporte, ou melhor, num esporte de ação como o rúgbi, por exemplo. Dá medo ser o primeiro a romper com o estereótipo – afirmou.

O jogador, que chegou a ser capitão da seleção galesa, disse ter descoberto sua homossexualidade aos 18 anos, mas chegou a se casar com uma namorada da adolescência. No entanto, em 2006, se assumiu gay e se divorciou.

– É bem difícil para ser o único jogador internacional de rúgbi preparado para quebrar o tabu. Estatisticamente, posso não ser o único, mas não sei de nenhum outro jogador gay ainda atuando. Espero que se, minha mensagem tiver sido clara, mais um estereótipo tenha sido quebrado e que num futuro próximo alguém de 18 anos, que aos 16 descobriu que era gay e pendurou as chuteiras possa voltar a jogar rúgbi e se torne um jogador talentoso. Ele talvez possa vir a ser aceito como um bom jogador de rúgbi gay.

                 Gareth Thomas em ação pelo Cardiff Blues

Foto: agência Gatthy Images (Gareth é o de azul)

– O Vaticano nas Redes de Relacionamento. O Papa é Geek?

A Revista Galileu traz uma interessante matéria sobre a inclusão do Vaticano em redes de relacionamento digitais. Uma tendência do uso de tal ferramenta como instrumento de evangelização:

Extraído de: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG86973-7943-216,00-O+PAPA+E+GEEK.html

O PAPA É GEEK

“Se Cristo vivesse hoje, Ele teria perfil no Facebook”, diz responsável por setor de novas tecnologias do Vaticano, que já tem jornal, rádio, TV e agora aposta com fé na internet

Por Leandro Demori, do Vaticano

O número telefônico de apenas seis dígitos conseguido após alguns contatos feitos pela internet revela a particularidade do local. Apenas dois toques de espera e uma gravação em italiano e sem tradução para nenhuma outra língua anuncia: “Você ligou para a Santa Sé”. A conversa com a telefonista é rápida e, ao final, falsamente emblemática: para marcar uma entrevista com o responsável pela comunicação do Vaticano, você precisa enviar uma mensagem “via fax”. Como muitos fascínios que rondam a Igreja Romana, entretanto, a imagem do paleolítico telefac-símile, criado no ano do Senhor de 1947, não é a mais fiel representação do Vaticano dos nossos dias, muito mais plugado do que se imagina. Lançado no final de maio, o canal www.pope2you.net é capaz de representar mais legitimamente os caminhos da Igreja de Pedro ao longo dos séculos. O canal – que reúne aplicativos para Facebook e iPhone , uma Wikipédia católica e botões de compartilhamento nas mais populares redes de relacionamento da internet – é o mais novo apóstolo na missão evangelizadora de Roma, focado sobretudo no público jovem.

O espanto inicial sobre “o papa Bento XVI no Facebook” pega de surpresa quem não presta atenção aos movimentos do Vaticano no xadrez das comunicações . Para disseminar suas mensagens, a Santa Sé sempre se preocupou em dominar os mais novos (e eficientes) meios disponíveis. “Tem sido assim ao longo dos séculos”, afirma o monsenhor Paul Tighe, secretário do Pontifício Conselho de Comunicação, sentado diante de seu computador em uma sala sem quadros, estátuas ou obras sacras no QG da assessoria de imprensa do Vaticano, na Via della Conciliazione, a poucos metros da janela onde o papa professa seus discursos. Tighe, um padre irlandês de estatura agigantada, é o centralizador e medida exata das ideias que surgem dentro da Igreja sobre como aproveitar melhor as bênçãos das novas tecnologias . “Temos muita gente ligada em internet, dando ideias a todo momento. Precisamos discutir e filtrar.”

GERAR CONTEÚDO PARA QUE OS PRÓPRIOS INTERNAUTAS COMPARTILHEM E ESPALHEM A MENSAGEM DE CRISTO É A GRANDE MISSÃO ONLINE DO VATICANO, QUE SABE APROVEITAR O POTENCIAL DE MARKETING DA WEB 2.0

O canal do papa no YouTube, sucesso imediato desde que foi publicado em janeiro deste ano, surgiu assim, como sugestão informal. Uma evolução natural dentro de um sistema de comunicações que controla um jornal (L´Osservatore Romano) desde 1861, uma rádio (a Vaticana) desde 1931, um canal de televisão (a CTV) desde 1983 e um dos primeiros grandes sites da web (www.vatican.va), levado ao ar ainda em 1995, quando a rede ainda dava seus primeiros passos. Um padre que trabalha em Roma sugeriu, o Conselho de Comunicação gostou e aprovou. De janeiro até hoje, o www.youtube.com/vaticanit recebeu cerca de 1 milhão de pessoas em busca de uma iluminação virtual em forma de vídeos, postados pela equipe de 17 pessoas dirigida por Tighe. “Se Cristo andasse sobre a Terra nos dias de hoje, ele teria um perfil no Facebook”, diz o monsenhor.

O caminho do Pope2You é diferente daquele do canal no YouTube, mas reserva passagens de improviso. O endereço foi criado para quebrar uma tradição de meio século da Igreja, a de divulgar a mensagem anual do papa por meio de comunicados impressos às paróquias de todo o mundo. Como, neste ano, a mensagem do pontífice foi justamente sobre a comunicação e o papel das novas mídias no mundo, a equipe de Tighe resolveu inovar: substituiu as velhas rotativas por um site com vídeos e aplicativos de compartilhamento. Assim, não somente as igrejas teriam a missão de passar a mensagem adiante, mas todo cristão que quisesse empilhar seu tijolinho na obra do Senhor poderia fazê-lo. O site seria provisório – cumprida sua missão, sairia do ar em semanas. Nos quatro primeiros dias, no entanto, o Pope2You rendeu mais de 5 milhões de cliques em seus links internos. Um sucesso. “Não temos mais como desativá-lo”, afirma Tighe.

O que a Igreja vislumbra na internet não é diferente daquilo que setores de marketing de empresas, partidos políticos e entidades de todo o mundo buscam: aproveitar as potencialidades da web 2.0 e preparar-se para a 3.0. Gerar conteúdo para que os próprios internautas compartilhem e espalhem a mensagem de Cristo é a grande missão online do Vaticano. “Aplicativos para Facebook ou iPhone mudam a relação das pessoas com a própria fé”, afirma Heidi Campbell, professora de novas mídias, cultura popular e religiões da Universidade do Texas e autora do livro Exploring Religious Community Online (Explorando comunidades religiosas online, sem tradução para o português). “A internet de compartilhamento exemplifica o que as religiões dizem há séculos sobre o desejo do homem de viver em comunidade e de fazer trocas. É uma nova dimensão”, diz Heidi, que é Ph.D. em comunicação mediada por computadores e teologia prática pela Universidade de Edimburgo, na Escócia.

 @Filhodohomem

O caminho natural da Igreja é se aprofundar na web social, mas com pés conservadores, um passo de cada vez. Depois de cogitar um perfil de Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, no Facebook (abortado por falta de tempo do pontífice), o Vaticano agora espera poder dar mais voz aos fiéis que queiram se comunicar com Roma. O processo, porém, é complicado. Se, por um lado, é impossível liberar a participação dos internautas sem moderador, por outro, é tarefa impensável tentar controlar o conteúdo de milhões de mensagens a partir de um modelo central. “Não temos como fazer isso. Além de ser impossível do ponto de vista de pessoal, ainda vai contra o que pensamos sobre fortalecimento das comunidades locais”, diz Paul Tighe.

O caminho escolhido é o mesmo trilhado pela religião ao longo dos séculos, o da descentralização. Daqui para o futuro, a equipe de Tighe tem por objetivo criar um modelo que permita às próprias paróquias moderarem comentários, sugestões e críticas feitos por fiéis ao redor do mundo. Centralizar tudo em Roma está fora de cogitação. Além de utilizar a rede “oficial” da Igreja, Tighe ainda vislumbra poder contar com iniciativas de leigos que despendem algumas horas de seus dias para trabalhar em nome da vida eterna. O monsenhor se refere a iniciativas como a de Joe Cece, um americano de Little Falls, nos Estado Unidos, criador do site www.ecatholicism.org, uma espécie de agregador de notícias, histórias e celebrações da Igreja. Segundo ele, “é possível encontrar e entender Deus por meio da internet”. Cece trabalha como consultor de tecnologia e, para se aprofundar em seus ensinamentos no site, cursou mestrado em teologia.

Para que a ideia evolua, no entanto, o Vaticano ainda estuda a melhor forma de “oficializar” o trabalho desses leigos, imprimindo neles uma espécie de selo de garantia, além de liberar a interação nos sites oficiais. A tarefa é árdua, mas precisa ser feita. Conforme explica Tighe, é impossível dar 100% de liberdade quando se trata de um assunto como religião. O risco de tudo desandar para o lado sombrio da força – com xingamentos e atitudes menos nobres – é extremamente alto, mas a participação é a alma do processo. No portal Pope2You ainda não há espaços para mensagens ou manifestações, por exemplo. No YouTube, ninguém pode escrever suas impressões ou fazer avaliações sobre os vídeos ali armazenados. “A mensagem final não depende dos sites, mas do entendimento de cada um que acessa esses canais”, afirma Heidi Campbell, insinuando o perigo que essas redes representariam se fossem totalmente abertas.Em dias de YouTube, Facebook, iPhone e Orkut, o crescimento da internet e a inclusão digital tendem a tornar o papa mais pop do que nunca. Como ensinamento, a Igreja já aprendeu ao longo dos séculos que a popularização tem uma linha quase invisível entre seu lado bom e sua parcela incontrolável e perigosa. É preciso abrir à participação, mas com ressalvas. O pop não poupa ninguém.

>>> Pope2You
O canal estreou na rede em maio deste ano com o objetivo de transmitir a mensagem anual do papa. Era para ser provisório e “low profile”, mas teve sucesso instantâneo: cerca de 5 milhões de hits nos quatro primeiros dias. Tem aplicativos para Facebook, iPhone e não deve mais sair do ar.

>>> Site
Um dos primeiros grandes sites da web, o
www.vatican.va foi à rede em 1995 somente com a mensagem de Natal do papa. Cresceu e hoje é um site institucional da Santa Sé. Entre os maiores atrativos, além das mensagens cristãs, está parte do acervo do Museu do Vaticano, além de uma “visita” à Basílica de São Pedro. Entre a morte de João Paulo II e a escolha do atual papa, o site recebeu mais de 50 milhões de visitas por dia. Hoje, mantém média diária de 10 milhões e é um dos mais acessados do mundo.

>>> Canal no YouTube
Inaugurado em janeiro deste ano, transmite comunicados e encontros oficiais do papa. É aberto ao público, mas não permite comentários ou avaliações. Desde sua inauguração, registrou cerca de 1 milhão de espectadores.

>>> Rádio Vaticana

Fundada pelo papa Pio XI em 1931, é gerida pelos jesuítas. Nos anos 50, instalou mais de 30 antenas de cerca de 100 metros de altura capazes de emanar ondas para todo o planeta. As torres são alvo, até hoje, de disputas judiciais entre a Itália e o Vaticano e já foram acusadas de tudo – de causar ruídos estranhos nas redondezas até produzir leucemia na população vizinha. 

>>> L´Osservatore Romano
Publicado pela primeira vez em 1° de julho de 1861, o jornal foi criado para defender o Estado Vaticano, que perdera vastas terras e fora reduzido depois da unificação da Itália. É publicado em sete línguas (inclusive português) e cobre o cotidiano de Bento XVI, além de trazer artigos e publicações de ofícios da Igreja. Não é considerado, no entanto, um jornal “do Vaticano”, sendo gerido por terceiros.

 

>>> L´Osservatore Romano
Publicado pela primeira vez em 1° de julho de 1861, o jornal foi criado para defender o Estado Vaticano, que perdera vastas terras e fora reduzido depois da unificação da Itália. É publicado em sete línguas (inclusive português) e cobre o cotidiano de Bento XVI, além de trazer artigos e publicações de ofícios da Igreja. Não é considerado, no entanto, um jornal “do Vaticano”, sendo gerido por terceiros.