Há pouco mais de 3 anos, numa partida em que jogavam Ajax X SMVC, na Holanda, um fato inusitado marcou o futebol: um atleta vai devolver uma bola para o adversário, em atitude de fair play, e acaba marcando um gol sem querer. O Ajax, com tremendo espírito desportivo, permite que seu adversário marque um gol como pedido de desculpas pelo erro. A imagem correu o mundo, e se você não se lembra, pode clicar AQUI para recordá-la.
Pois bem: nesse final de semana, na partida que envolveu Reggina X Ascoli (equipe que o Casagrande jogou), um fato inusitado: um jogador da Reggina se contunde, a equipe pede para colocar a bola para fora, o adversário continua na jogada e sai o gol. Os jogadores batem-boca, e quem soluciona o problema é o treinador do Ascoli: ele manda seus atletas permitirem que a Reggina marque um gol, como pedido de desculpas pelo unfair-play.
Entretanto, seus torcedores detestaram o fato. A diretoria, mais ainda! Resultado: o treinador do Ascoli foi demitido pelo “excesso de espírito desportivo”, segundo a cartolagem italiana.
Veja o lance, clicando aqui: ASCOLI X REGGINA
Abaixo, extraído do Blog “Tempo Extra”
Em: http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/tempoextra/
AULA DE FAIR PLAY?
por Paulo Passos
Aconteceu na série B do campeonato Italiano, no último domingo. Um jogador do Reggina se machucou no primeiro tempo e tentou colocar a bola para fora. Ela não saiu e um atacante do Ascoli pegou a bola e foi em direção o gol, sob protesto dos adversários, parados. Ele tocou para um companheiro, que marcou o gol.
Indignados, os atletas do Reggina, entre eles o brasileiro Gleison Santos, foram para cima dos adversários. Em meio à indiferença dos rivais, resolveram reclamar com o técnico do Ascoli, o italiano Bepi Pillon, que não teve dúvida: mandou seus comandados deixarem o adversário empatar a partida.
O jogo terminou 3 a 1 para o Reginna e o técnico “fair play” teve que ouvir as reclamações do torcedores do Ascoli, que jogava em casa.
