– Racismo: Tema que Volta à Tona

Que a lei contra o racismo é moralmente incontestável, não há dúvidas. Já escrevi enésimas vezes aqui que detesto a divisão por raças, pois existe apenas uma: a raça humana. Entretanto, confesso que às vezes me impressiono com radicalismos. Por exemplo, chamar sem malícia algum negro de “negão” pode ser considerado ofensivo ou não para o indivíduo. Mas não se chama alguém muito branco de “alemão”?

Excessos a parte, ontem à tarde vi uma bela imagem dos capitães da seleção americana e espanhola juntos, na campanha “Diga não ao racismo”, promovida pela FIFA, durante a Copa dos Campeões. À noite, outros boleiros esqueceram disso e brigaram em Minas Gerais (Cruzeiro X Grêmio – Libertadores da América).

Supostamente, Maxi Lopes, argentino que atua pelo Grêmio, houvera chamado o cruzeirense Edi Carlos de “macaco”. Ora, aí não há dúbia interpretação! Se verdade, foi um ato nojento que deve ser punido severamente. Sou contra os problemas do futebol serem levados para fora de campo – é lá dentro que se deve resolver tudo! Mas chamar um negro de macaco é ofensivo e humilhante.

Extraído de: IG Esporte

Máxi López será interrogado no próprio Mineirão por suposta ofensa racista

BELO HORIZONTE – A equipe do Grêmio foi impedida de deixar o estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, depois da partida semifinal entre o Tricolor gaúcho e o Cruzeiro, na madrugada desta quinta-feira. O fato ocorreu depois de uma discussão entre o argentino Maxi López, do Grêmio,  e Elicarlos, do Cruzeiro, na qual o atacante supostamente teria chamado o zagueiro de “macaco”, numa clara atitude de racismo.

Ainda no gramado, o fato despertou a ira do meia Wagner, que imediatamente partiu para cima do argentino, visando defender seu companheiro. Os dois trocaram empurrões e o assunto foi encerrado quando outros jogadores chegaram para apartar a briga.

Porém, o insulto recebido por Elicarlos, ganhou maiores proporções depois do apito final. Isso porque o zagueiro registrou queixa contra o adversário, acusando-o de racismo.

Após a queixa, o centro-avante, também conhecido como “La Barbie” por suas madeixas loiras, foi intimado à comparecer a delegacia, presente no próprio estádio do Mineirão, para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Além do atacante argentino, devem ser ouvidos o zagueiro Elicarlos e o meia Wagner, ambos do Cruzeiro, que presenciaram o ocorrido.

O fato traz à tona novamente as ofensas racistas sofridas pelo atacante Grafite, na época no São Paulo, atualmente no Wolfsburg, da Alemanha, durante uma partida da Libertadores, na qual foi ofendido pelo zagueiro argentino Leandro Desábato, que o ofendeu de maneira semelhante, e acabou sendo preso provisoriamente.

– Mendigos e Drogados Expulsos da Cracolândia

Só pelo fato de deixar chamar um trecho da região central paulistana de Cracolândia, é motivo de vergonha! Para quem circula nesses arredores, sabe que há consumo de crack a céu aberto, e que as autoridades fazem vista grossa. O que os moradores pensam disso? E os comerciantes honestos? É constrangedor, chato, anti-higiênico, perigoso e doentio.

A sujeira, os bandidos e a violência no entorno são redundantes. E para fugir dessa desagradável situação, conforme noticiado ontem no Jornal Nacional, comerciantes estão fazendo uma engenhoca, colocada no alto dos telhados, com canos furados, provocando o efeito de chuva. Ou seja, se o cara for se deitar na sua calçada para se drogar, água nele!

Dali eles saem, e vão para outro canto. É um paliativo. Ao menos eles têm que se mexer. O certo é que autoridades responsáveis os retirassem da rua, e que se for considerado “problema de saúde”, tratá-los!

Entretanto, me assusta a fala do secretário municipal Andrea Matarazzo, que defendeu publicamente o direito dos viciados ali estarem. Ora, deveria ele se preocupar em defender aqueles que fogem do vício, não dos que sustentam-o.

Mas compartilho uma outra opinião, mesmo um pouco diferente (extraído de: http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/2009/06/24/como-expulsar-drogados-mendigos-e-outros-estorvos)

COMO EXPULSAR DROGADOS, MENDIGOS E OUTROS ESTORVOS

POR LEONARDO SAKAMOTO

Um edifício em obras na região central de São Paulo instalou gotejadores de água em sua marquise para gerar uma chuva artificial e espantar usuários de drogas que frequentavam a fachada.

A administração municipal, consultada em reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, disse que molhar os “pedestres” era inaceitável e que medidas seriam tomadas. Vizinhos do prédio pinga-pinga afirmaram terem gostado da idéia e pensam em copiá-la para garantir mais “higiene e segurança”.

Já escrevi aqui que São Paulo está se aprimorando na arquitetura da exclusão. Retomo o que havia dito antes.

O tema não é exatamente novo e ocupou espaço na mídia quando o então prefeito José Serra resolveu implantar no complexo viário da avenida Paulista, a mais conhecida e importante da cidade, as chamadas rampas antimendigo – grandes blocos de concreto que impedem o povo de rua de montar sua casinha imaginária para se proteger do tempo e do mundo. E proteger, dessa forma, a “gente de bem” que estaria sendo assaltada durante as longas pausas dos congestionamentos.

Há muitos anos, o vão formado pela rua Teodoro Sampaio sobre a rua Mateus Grou, no bairro de Pinheiros, era residência de sem-teto. A associação de amigos da rua construiu rampas para enxotá-los de lá. Tempos atrás, vi que o mesmo aconteceu na rua João Moura, no trecho sob a avenida Paulo VI/Sumaré. Implantaram canteiros de flores para mandar as pessoas para longe de lá. Se as flores plantadas lá soubessem o que custou sua chegada murchariam de vergonha. O interessante é que alguém, que provavelmente morava ali ou se indignou com isso, pixou o muro em frente com um lembrete incômodo: “Aqui morava gente”.

Reformas já foram feitas no Centro de São Paulo para tirar ou vazar a marquise de prédios. Ganha um doce se alguém advinhar para quê…

Já que não se encontra solução para um problema, encobre-se. É mais fácil que implantar políticas de moradia eficazes – como uma reforma urbana que pegue as centenas de milhares de imóveis fechados para especulação e destine a quem não tem nada. Ou repensar a política pública para usuários de drogas, hoje baseada em um tripé de punição, preconceito e exclusão e, portanto, ineficaz. Muitos vêem os dependentes químicos como lixo da sociedade e estorvo ao invés de entender que lá há um problema de saúde pública.

As obras que estão revitalizando (sic) a região chamada de Cracolândia, têm expulsado os moradores da região. Para onde vão? E isso importa?! Contanto que fiquem longe dos concertos da Sala São Paulo, do acervo do Museu da Língua Portuguesa e das exposições Estação Pinacoteca ótimo. No caso do prédio-que-chove os usuários de drogas não foram muito longe: mudaram-se para o outro lado da rua.

Melhor tirar da vista do que aceitar que, se há pessoas que querem viver no espaço público por algum motivo, elas têm direito a isso. A cidade também é deles, por mais que doa ao senso estético ou moral de alguém. Ou crie pânico para quem acha que isso é uma afronta à segurança pública e aos bons costumes. Em vez disso, são enxotados ou mortos a pauladas para limpar a urbe para os cidadãos de bem.

Logo após a fundação da vila de São Paulo de Piratininga, José de Anchieta, com a ajuda de índios catequizados, ergueu um muro de taipa e estacas para ajudar a mantê-la “segura de todo o embate”, como descreveu o próprio jesuíta. Os indesejados eram índios carijós e tupis, entre outros, que não haviam se convertido à fé cristã e, por diversas vezes, tentaram tomar o arraial, como na fracassada invasão de 10 de julho de 1562. Ao longo dos anos, a vila se expandiu para além da cerca de barro, que caiu de velha. Vieram os bandeirantes – hoje considerados heróis paulistas -, que caçaram, mataram e escravizaram milhares de índios sertão adentro. Da África foram trazidos negros, que tiveram de suportar árduos trabalhos nas fazendas do interior ou o açoite de comerciantes e artesãos na capital. No início do século 19, a cidade tornou-se reduto de estudantes de direito, que fizeram poemas sobre a morte e discursos pela liberdade. Depois cheirou a café torrado e a fumaça de chaminé, odores misturados ao suor de imigrantes, camponeses e operários. Mas, apesar da frenética transformação do pequeno burgo quinhentista em uma das maiores e mais populosas metrópoles do mundo, centro financeiro e comercial da América do Sul, o muro ainda existe, agora invisível. E, 455 anos após a fundação de São Paulo, esse muro impede o acesso dos excluídos à cidadania.

Ou, às vezes, nem tão invisível assim.

Na última vez que tratei deste assunto, alguns leitores destilaram a mais fina filosofia com pérolas como “tá com dó leva para casa”. É incrível a incapacidade de algumas pessoas de olhar além dos seus próprios narizes e discutir soluções reais para ampliar o acesso à cidadania. Esquecem que a cidade será para todos. Ou não será para ninguém.

– Aprendendo com os Aprendizes

Então está ocorrendo a Copa das Confederações, na África do Sul, para testes visando a Copa do Mundo, ok?

Certo. E a questão da SEGURANÇA tem sido o ponto crítico. A Seleção Brasileira e a Egípcia tiveram pertences furtados em seus hotéis.

Mas o que mais chama atenção é a notícia sobre o programa de colaboração entre as policias. Há na África do Sul uma comitiva de policiais do Brasil, que estão recebendo orientações dos seus colegas sulafricanos, a fim de conhecer a sua experiência. Resumidamente: os africanos estão ensinando os brasileiros, para nós nos prepararmos para a Copa de 2014.

Entretanto, bandidos invadiram o hotel dos policiais brasileiros, que tiveram que prendê-los e entregar aos sulafricanos. E não era pegadinha ou simulação. Era sério mesmo!

Nessa, os aprendizes ensinaram àqueles que eram os professores…

Extraído de: http://www.sowetan.co.za/News/Article.aspx?id=1023093

BRAZILIAN COPS ARREST PRETORIA THIEVES 

GOTCHA! Two Brazilian police officials arrested thieves who tried to break in to their hotel rooms.

“Two guys got caught with their hands in the cookie jar,” said South African police spokesman Vish Naidoo.

He said the two men were trying to steal from the Brazilian police officers’ hotel rooms in Pretoria at 3am on Tuesday.

The Brazilians, guests of the SA Police Service, are on an observer mission for preparations for the 2010 soccer world cup.

Brazil are the hosts for the 2014 event.

Naidoo said the two men appeared to gain access to the hotel from the outside.

The men appeared in the Pretoria Magistrate’s Court on Wednesday on charges of housebreaking with the intent to steal.

Sapa 

 

– Doe Plaquetas! Os Bancos de Sangue e os Necessitados Agradecem.

Alguns aprendem pelo AMOR, outros pela DOR.

Foi pela DOR que me conscientizei e me tornei doador de sangue e de plaquetas. Após uma experiência pessoal, vi que tal ato humanitário é essencial, embora desprezado pela maioria.

Mas não venho usar espaço para isso nesse momento. Venho pedir: os bancos de sangue de todo o Brasil estão precisando com urgência de Doadores de Sangue e Doadores de Plaquetas! Com o frio, o número de doadores voluntários cai muito; também em épocas festivas, a carência aumenta!

Que tal um ato solitário que dignifica o homem? Doe sangue ou doe plaquetas. Não dói nada, é rápido e faz bem para o corpo e para a alma. Até eu que tenho fobia de agulhas sou doador! Qual o problema então?

Os necessitados de sangue e plaquetas agradecem!

– A Vida Secreta de Michael Schumacher

Na BBC, há uma espécie de programa “Auto Esporte, versão inglesa”, onde um piloto testa perigosamente os carros de velocidade. Esse piloto, desconhecido e misterioso, se tornou popular com o nome de Stig. Todos o vêem uniformizado, mas nunca ninguém viu o rosto dele. E depois de muito tempo, num momento como o de que Batman tira a máscara e se mostra como Bruce Wayne… Stig tirou o capacete, e, pasmem… era o Schumacher!!!

E de verdade.

Extraído de: http://colunas.epoca.globo.com/pelomundo/2009/06/21/a-vida-secreta-de-michael-schumacher/

A VIDA SECRETA DE SCHUMACHER

Enfim a máscara foi tirada. Quer dizer, o capacete. Um misterioso piloto faz testes de carros de alta performance  para o prestigiado programa de carros Top Gear, da BBC. Muito se especulou sobre a identidade do piloto, conhecido no programa como  ”Stig”, escondido sempre por trás de um cerrado capacete branco.

Hoje se soube espetacularmente quem é Stig. No programa, ele tirou o capacete. “Será que é a Susan Boyle?”, perguntou o apresentador, o popular e desbocado Jeremy Clarkson,diante do suspense da platéia no auditório e de centenas de milhares de espectadores.

Não era Boyle.

Era Schumacher. Sim, ele, o alemão lendário que por sete vezes foi campeão do mundo de Fórmula 1. Tão logo o vídeo foi colocado no ar pela BBC, há poucos minutos, desbancou do primeiro lugar entre os mais vistos as imagens dramáticas de Teerã.  Também no twitter o tema ‘stig’ instantaneamente apareceu na lista dos assuntos mais postados.

Stig era um enigma fascinante já fazia tempo entre os apaixonados britânicos por carros. Se você clica “Stig” no Google, encontra uma série de indagações, das quais uma das mais frequentes é o que afinal significa o nome, que não consta de dicionários. Stig é uma corruptela de uma palavra escandinava que quer dizer “andarilho”. Stig é uma tradição e um enigma de Top Gear. No passado, Perry McCarthy, um ex-piloto de Fórmula 1, foi Stig. Mas numa autobiografia publcada em 2002 ele revelou o segredo, e perdeu o emprego. Vale a pena ver uma apresentação em vídeo, lá para trás, do então novo e desconhecido Stig.

Um dos nomes mais quentes na bolsa de apostas sobre quem era Stig era o de Ben Collins, um dublê que atuou como substituto de Daniel Craig no último James Bond. Para alguns mais céticos, Ben é o Stig real, a despeito da revelação de Clarkson. Teria sido um golpe publicitário, ou um despiste, a afirmação de que Stig é Schumacher. Tudo bem que inglês faz piada sem rir, mas o programa perderia a credibilidade se as cenas sensacionais de ontem fossem qualquer cosa aém da realidade. Logo, Stig é, ou era até ontem, Schumacher. Que não tirou o pé: ele baixou um recorde, em sua temporada secreta no programa, em sete segundos, quase que a diferença entre andar de bicicleta ou de carro.

Schumacher, que na conversa reveladora com Clarkson mostrou um humor bem mais inglês que alemão, é tão obcecado por automobilismo que sua vida secreta – enfim descoberta – também é vivida dentro de carros. Me perguntei várias vezes o que Schumacher, que por tanto tempo acordou e respirou e dormiu gasolina e acelerador, fazia com seu tempo livre. Xadrez não devia ser e em, como Boris Becker em sua nova vida, pôquer.

Agora veio a resposta. Schumacher jamais saiu do carro, nem quando colocou pjama depois de acumular recordes que perdurarão por sabe-se-lá quantos e quantos anos.

Por isso foi o campeão que foi.