– A Ditadura Iraniana

Quer dizer que o Irã reelegeu o seu presidnete com mais de 65% de aprovação, e “democraticamente” se sentiu feliz pelo resultado?

Que democracia é essa em que o povo sai às ruas reclamando do resultado, acusações de fralde e prisão de opositores?

Pior: jornalistas estrangeiros estão sendo proibidos de gravar, a Internet está sendo controlada e o autoritarismo impera. É essa a democracia de Ahmadinejad, amigo do Venezuelano Chávez e sedento armamentista nuclear.

Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u582747.shtml

Nas minhas últimas horas no Irã, não posso circular, relata jornalista

Primavera de Teerã está nas ruas, mas não posso usar nem celular nem internet em minhas últimas oito horas na cidade. Está tudo bloqueado. Em teoria, não posso nem circular, relata o enviado especial Raul Juste Lores em reportagem da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Em meio aos protestos da oposição e bloqueios impostos pelo governo iraniano, a imprensa estrangeira foi abafada após a cobertura eleitoral. “O governo cancelou a credencial dos jornalistas estrangeiros. O trânsito é mínimo. Por medo de mais distúrbios e das milícias pró-Ahmadinejad que circulam armadas em motos pela cidade, lojas e empresas fecham mais cedo”, afirma. Segundo o correspondente, que viajou a Dubai (Emirados Árabes Unidos), nas ruas da capital iraniana já se teme um golpe. “Isto é o início de um golpe de Estado, tem militar por todo lado, querem vocês jornalistas fora daqui”, diz o funcionário de um hotel usado pelos repórteres. “Quando não tiver mais ninguém de fora para ver, o que será de nós?”.

Tecnologia de oposição

Moradores locais, munidos de celulares e câmeras digitais, se tornaram as grandes fontes para noticiar os protestos no país, já que a imprensa internacional não pode mais estar presente. A internet e o telefone foram bloqueados em várias partes.

O governo do Irã tem tentado impedir que a imprensa registre os protestos realizados contra a eleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Apoiadores de candidatos da oposição, como ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mousavi, têm saído as ruas para criticar a suposta fraude na eleição. Confrontos já deixaram sete mortos.

O novo protesto, marcado para esta quinta-feira, visa manter a pressão no governo pela anulação da votação, que deu a reeleição a Ahmadinejad com cerca de 63% dos votos contra 34% de Mousavi. O opositor convocou ainda a um dia de luto pelos mortos.

O Conselho de Guardiães, órgão de 12 integrantes que é o pilar da teocracia iraniana, rejeitou nesta anular o pleito e aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos, válida somente para as urnas cuja integridade foi questionada. Mousavi rejeitou a proposta como insuficiente.

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