– Senado Secreto. O que mais falta?

O que mais falta para o mundo da política escandalizar os coitados dos eleitores? Se não bastassem as nomeações cruzadas (para evitar o nepotismo, senadores contratavam parentes de outros senadores, e vice-versa, sendo que essas contratações eram de pessoas que nunca trabalhariam. Funcionários fantasmas mesmo!), mais de 500 atos secretos foram feitos ao longo de 14 anos. Só em cargos de comissão, 15 recentes!. Imaginem cada coisa cabeluda…

Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u580578.shtml

Senado usou ato secreto para criar 15 cargos em comissão; Agaciel diz ser “bode expiatório”

Dois atos da Mesa Diretora do Senado foram colocados na página de intranet da Casa em novembro de 2004. O primeiro permitiu que a Diretoria Geral do Senado criasse 15 cargos comissionados no lugar de postos reservados para servidores concursados, segundo reportagem publicada hoje pela Folha.

A reportagem conseguiu confirmar a nomeação de 13 pessoas para a Diretoria Geral por meio de atos secretos. O segundo ato, de acordo com a Folha, efetivou Oswaldo Gonçalves de Brito como funcionário de carreira sem ter prestado concurso público. Ele conseguiu o direito na Justiça, e o Senado referendou a decisão por meio de um ato secreto.

Na época, o presidente da Casa era Edison Lobão (PMDB-MA), aliado de José Sarney (PMDB-AP) e hoje ministro de Minas e Energia.

Por meio de sua assessoria, Sarney, hoje presidente do Senado, informou que Brito ganhou na Justiça o direito de ser efetivado. A assessoria também anunciou que o presidente do Senado vai mandar criar uma lista separada com todos os atos secretos a fim de dar transparência plena ao caso.

Entrevista

Diretor-geral do Senado Federal durante 14 anos e responsável por assinar grande parte dos boletins administrativos da Casa, Agaciel Maia afirmou ontem à Folha que a Casa está no meio de uma “guerra” e que seu nome foi envolvido nas denúncias de irregularidades porque ele é o “bode expiatório” da vez.

“Nem todos os atos foram assinados por mim. Me escolheram de bode expiatório dessa história. Estou pagando por coisas que eu não fiz. Qual a arma que eu tenho para lutar contra isso? Nenhuma”, afirmou.

Segundo o ex-diretor-geral, não existem atos secretos, mas sim erros de publicação. Ele sustenta que todos os atos foram legais, já que estavam respaldados pelo regulamento interno do Senado.

“Não existe a palavra ‘ato secreto’ no regulamento do Senado. O que existe é ato suplementar. E todas as decisões neles foram tomadas de acordo com o regulamento, e portanto são legais. Se existiu algo foram falhas na divulgação desses atos e, se existiu falha, só essa comissão [criada para investigar os atos] vai dizer. Mas eu garanto que ninguém pode afirmar que houve qualquer decisão sem o respaldo legal. O que se questiona é se foi publicado ou não. Mas ninguém pode dizer que ato A, B ou C foi feito ilegalmente, porque não foi.”

Agaciel deixou o cargo em março de 2009, depois que a Folha revelou que ele não tinha registrado em cartório uma casa situada em um bairro nobre de Brasília e avaliada em R$ 5 milhões. Hoje, trabalha no Instituto Legislativo Brasileiro, um órgão de apoio ao Senado.

– Dia de Fernando de Bulhões… ? Ah não, é de Santo Antonio!

A brincadeira é pelo fato de que Santo Antonio nasceu como Fernando de Bulhões. Antonio é seu nome religioso.

Mas o que importa é sua santidade. Abaixo, a história desse Doutor da Igreja:

Extraído de: http://cancaonova.com

Pádua está situada na Região Veneto, rica pelas belezas naturais, obras de arte e arquitetura. Antiga cidade universitária que possui uma ilustre história acadêmica. Mesmo sendo uma atraente cidade, o que leva tantas pessoas a ela é a bela história de Santo Antônio.  

“Fernando de Bulhões e Taveira nasceu em Lisboa. Ordenado sacerdote entre os cônegos regulares de Santo Agostinho, deixou-se fascinar pelo ideal franciscano, por ter visto os corpos dos cinco primeiros mártires franciscanos de Marrocos. Entrou no convento de Santo Antônio de Coimbra, onde recebeu o nome de Antônio(…).

Em 1221 participou do capítulo geral da ordem franciscana e viu São Francisco. Pregou com eficácia contra os hereges dirigindo-se de preferência ao povo. A Quaresma de 1231 assinalou o vértice de sua pregação em que predomina as solicitações sociais(…).”

(Fonte: Missal Cotidiano)  

Sua Basílica é o principal monumento de Pádua e uma das principais obras-primas de arte do mundo. Foi iniciada em 1232, possui 115 de metros de comprimento, 38 metros de altura chegando a 68 com a torres, é rodeada por 8 cúpulas e o seu interior é construído em forma de cruz latina.

À esquerda está a capela onde encontra-se o altar-túmulo de Santo Antônio. Ao seu redor estão dispostos nove relevos em mármore que retratam cenas da vida e milagres do Santo.

A Capela das relíquias foi construída no século XVII em estilo barroco. Nos três nichos estão expostos dezenas de relicários.

Em 1981, com a autorização de João Paulo II, foi efetuado um reconhecimento do corpo de Santo Antônio, após 750 anos de sua morte.

O primeiro reconhecimento, em 1263, revelou seus restos mortais em excelentes condições, recolhidos numa pequena urna. As análises científicas possibilitaram reconstruir as características físicas do Santo: ele tinha 1,70m de altura, estrutura não muito robusta, perfil nobre, rosto comprido e estreito.

Foi encontrado também o aparelho vocal intacto: a língua e as pregas vocais, assim como, os restos da túnica que estavam ao lado dos ossos e as duas caixas antigas com panos da época.

São famosos seus milagres acontecidos ainda em vida, como o da Eucaristia e o da pregação aos peixes: 

A cidade de Rimini, na Itália, estava nas mãos de hereges. À chegada do missionário, os chefes deram ordem para isolá-lo através de um ambiente de silêncio manifestando indiferença. Antônio não encontra ninguém a quem dirigir a palavra: igrejas vazias e praças desertas. Anda pelas ruas da cidade rezando e meditando. Coloca-se diante do mar Adriático e chama o seu auditório: “venham vocês, peixes, ouvir a palavra de Deus, já que os homens petulantes não se dignam ouvi-la”. Logo apareceram centenas de peixes. A curiosidade do povo foi mais forte, foram ver o que estava acontecendo e ficaram maravilhados, aconteceu o entusiasmo, o arrependimento e o regresso à Igreja.

Durante uma pregação, cujo tema era a Eucaristia, levantou-se um homem dizendo: “Eu acreditarei que Cristo está realmente presente na Hóstia Consagrada quando vir o meu jumento ajoelhar-se diante da custódia com o SS. Sacramento”. O Santo aceitou o desafio. Deixaram o pobre jumento três dias sem comer. No momento e lugar pré-estabelecido, apresentou-se Antônio com a custódia e o herege com o seu jumento que já não agüentava manter-se em pé devido ao forçado jejum. Mesmo meio-morto de fome, deixou de lado a apetitosa pastagem que lhe era oferecida pelo seu dono, para se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento.

Milhares de pessoas acorriam de toda parte para ouvir os sermões de Antônio. O seu cristianismo não era monótono mas tendia a austeridade, mesmo assim, não desencorajava os penitentes. Conta-se que em uma quaresma, o povo de Pádua não ia trabalhar antes de ouvir Antônio falar sobre a palavra de Deus. E ele já muito debilitado falava ao povo de cima de uma nogueira em Camposampiero.

Numa tarde, um conde dirigiu-se à cela de Antônio. Ao chegar, viu sair de uma brecha um intenso esplendor. Empurrou delicadamente a porta e ficou imóvel diante de uma cena prodigiosa: Antônio segurava nos seus braços o menino Jesus! Quando despertou do êxtase pediu ao conde que não revelasse a ninguém a aparição celeste.

Destruído pela fadiga e pela doença da hidropisia, sentiu que a hora do seu encontro com o Senhor estava se aproximando. Desejou ir para a igreja de Santa Maria, mas estando muito debilitado, parou em Arcella, que encontra-se às portas de Pádua. Ali morreu aos trinta e seis anos após pronunciar as palavras: “Video Dominum Meum” (vejo o meu Senhor).

É honrado com o título de “Doutor Evangélico”. Seu culto é um dos mais populares da história e apressou sua canonização, ocorrida um ano após sua morte.

– A Tecnologia a Serviço da Educação

São ações como esta que deveriam ser louvadas e incentivadas. Veja:

Extraído de: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI71842-15228,00-COMO+A+TECNOLOGIA+ESTA+TRANSFORMANDO+A+EDUCACAO+NA+AMAZONIA.html

COMO A TECNOLOGIA ESTÁ TRANSFORMANDO A EDUCAÇÃO NA AMAZÔNIA

Conheça três projetos que estão semeando esperança em povoados isolados no meio da floresta

Luciana Vicária, de Xapuri, Acre

Ainda está escuro quando Alessandro Nascimento calça os chinelos e escova os dentes. Com um caderno na mão, duas bananas na bolsa e o sonho de se tornar astrônomo, o menino de 9 anos enfrenta duas horas de caminhada até chegar à escola. Alessandro dorme na escola a semana toda. À noite, estende a rede no refeitório. “Assim não preciso caminhar tudo de novo. E aproveito para ver as estrelas”, diz o pequeno morador do Seringal São Pedro, no Acre, extremo oeste da Amazônia. Alessandro tem como ídolo o astrofísico Marcelo Gleiser.

Mais da metade dos 5 milhões de crianças que vivem na floresta não termina o ensino fundamental, de acordo com dados do governo do Amazonas. “É tarefa para caboclo iluminado”, dizia o ex-governador do Acre Jorge Viana. As raríssimas formaturas na floresta são comemoradas com fogos de artifício, fogueira, quadrilha e até padre. Os alunos que terminam o ciclo básico (9ª série) aproveitam até para se casar na colação de grau. “A façanha equivale a um título de doutor”, diz o professor Lissandro Augusto, do Seringal São Pedro. Os alunos têm de vencer não só a distância, mas também a fome e a falta de recursos. Como não deixar se perder o sonho de Alessandro?

Tanto o governo federal quanto as entidades não governamentais já tentaram impulsionar o ensino na floresta. Na primeira tentativa, na década de 80, foi montada uma grande operação para construir escolas em locais isolados. Nos anos 90, o governo organizou caravanas para transportar os alunos de sua casa até os centros educacionais mais próximos. Nenhuma das tentativas vingou. “A solução não estava em vencer a distância fisicamente, mas em encurtá-la com tecnologia”, diz Marcos Resende Vieira, diretor da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed).

Foi assim que há dez anos a educação na floresta entrou em um processo lento – mas progressivo – de virtualização. Os primeiros resultados aparecem agora: a internet, os materiais em DVD e as videoconferências inverteram os números trágicos. A evasão escolar diminuiu 30%, os professores passaram a frequentar cursos on-line e o desempenho dos alunos melhorou 35%. Agora existe ensino médio na floresta.

A primeira grande experiência chegou com o Telecurso, que foi adotado como política do Estado no Acre. Os professores têm apoio de materiais extras em DVD e contato permanente com especialistas de todas as áreas do conhecimento. “A nota das crianças aumentou 1,5 ponto. E a distorção idade-série, que atingia 52% das crianças, diminuiu para 30% nas salas do Telecurso”, afirma Vilma Guimarães, gerente de Educação da Fundação Roberto Marinho.

A segunda experiência acontece na fronteira da Amazônia brasileira com outros países. O Exército abriu seus 38 pelotões de fronteira para educar crianças a partir do 6º ano. “O objetivo era atender os filhos de militares em missões temporárias. Mas filhos de civis que moram na região também acabaram nos procurando”, diz o major Robson Santos Silva, membro da Abed. As crianças recebem material didático, têm o apoio de um tutor e acesso a um canal exclusivo na internet. “Quando os pais voltam para a cidade de origem, as crianças estão preparadas para prestar o vestibular.” A iniciativa beneficiou 1.600 alunos.

O terceiro grande projeto chegou recentemente, com a Escola Técnica Aberta do Brasil (Etec), uma iniciativa do Ministério da Educação. A escola oferece ensino fundamental e colegial técnico a distância a quem mora longe das grandes cidades. São mais de cem salas de aula na floresta e potencial para atender 30 mil alunos. As aulas a distância funcionam dentro de escolas que já existem, com professores e videoconferências. “Com pouco investimento, esse projeto deu grandes resultados”, afirma Helio Chavez, do Ministério da Educação.