Ricardo Kotscho, importante colunista político, em seu blog no IG, escreveu sobre as dificuldades que a ministra Dilma Roussef encontrará devido a doença. E foi criticado por “falar mal de doente”. O próprio presidente Lula quís ser otimista, dizendo que ela não tem nada.
Não tenho o mesmo respeito que Kotscho, mas, por anos que passei convivendo com meus avós, tios e mãe que sofreram da mesma enfermidade, tenho um certo “conhecimento de causa” sobre o assunto (E NÃO ME É MOTIVO DE VANGLÓRIA…).
Um paciente de oncologia não tem a mesma rotina que uma pessoa sadia. Dilma foi internada às pressas nessa madrugada. Veio de jato, de Brasília para SP, devido às reações quimioterápicas e de corticóides. O corpo, a mente e o espírito mudam. Os cuidados são muitos. Ninguém quer que seja assim… mas É assim. É necessário ser realista. Deve-se procurar levar uma vida normal, até mesmo para ajudar na recuperação. Mas os cuidados devem ser muitos.
Sinceramente, manter a candidatura (ou pré-candidatura, para ser correto) é um erro. Não um erro político, mas um erro de saúde, de tratamento e de recuperação.
Independente da posição política ou ideológica, todos devemos torcer para a recuperação de Dilma Roussef, pois tal moléstia é indesejável a qualquer pessoa.
Boa sorte, dona Dilma.
Extraído de: http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/
O que muda na rotina de Dilma, por Ricardo Kotscho
Falei agora há pouco com um dos médicos da equipe que está cuidando da ministra Dilma Roussef no Hospital Sírio-Libanês.
Daqui para a frente, Dilma não poderá mais, até o final do tratamento de quimioterapia, previsto para agosto, continuar levando a vida que levava antes, no governo e na pré-campanha da sua candidatura presidencial.
Vai ter que se cuidar mais, viajar e trabalhar menos. Vai ter que, principalmente, evitar aglomerações e eventos com muitos participantes.
Para começar, não irá mais este final de semana a uma reunião com dois mil sindicalistas, nem ao almoço marcado para domingo, com artistas e intelectuais, na casa da ex-prefeita Marta Suplicy.
Uma semana após a seção de quimioterapia, é quando sua imunidade está mais baixa. Como a última foi quinta-feira passada, isso quer dizer que é amanhã e, por isso, os médicos recomendaram que ela ficasse mais um dia descansando em São Paulo antes de voltar a Brasília.
Dilma não tem parentes em São Paulo e está hospedada num hotel.
