– As obras do estádio alternativo do Massa Bruta.

Olhe aí as obras do Estádio Municipal, que o Red Bull Bragantino está reformando para usar como praça alternativa durante as futuras reformas do Nabizão (e que voltará com essas benfeitorias ao município).

Como estão a todo vapor!

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⚽️ 🥅 🏟️ #futebol

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– O caso dos Atletas do Paulista FC e a lojinha: as 3 versões.

O Fato: atletas do Paulista FC estiveram na lojinha do time e levaram peças esportivas embora.

As suposições: 3 hipóteses, sempre com a preocupação de não injustiçar a diretoria ou atletas, sem acusações, mas que podem ter sido,

(a) retirada de camisas com consentimento – mas em excesso,

(b) saque (o que não acredito) e…

(c) artigos levados como parte de pagamento dos atrasados hipotéticos.

Sem sensacionalismo e com preocupação devido a falta de informações (por isso que as suposições são hipotéticas), no link em: https://youtu.be/7xk0Cb1-gh8?si=_S1d2rSo13VB4Ta4

– 2,3 bi, Coringão?

Na sexta-feira, uma excelente iniciativa do Timão: Dia da Transparência do Corinthians.

O que assustou: a dívida! Cerca de R$ 2,3 bilhões

Como faz para pagar? Não sei… mas para gastar… é fácil, fácil.

– 2,3 bi, Coringão?

Na sexta-feira, uma excelente iniciativa do Timão: Dia da Transparência do Corinthians.

O que assustou: a dívida! Cerca de R$ 2,3 bilhões

Como faz para pagar? Não sei… mas para gastar… é fácil, fácil.

– Sebrae Educação.

Hoje estivemos em Jundiaí, numa parceira Sebrae / IBS Américas e Fundo Social de Solidariedade, falando do Curso “Primeiros Passos” de Gestão.

É gratificante ver os resultados positivos da Educação de Qualidade

– Sergio Ramos no Corinthians? Não dê a ideia…

Quem é que sugere tais contratações vultuosas e caras ao Corinthians, mesmo em crise financeira?

Agora, todo jogador estrangeiro será oferecido ao Timão? Descobriu-se um poço de petróleo no Parque São Jorge?

Surge, sabe lá de onde, o nome do zagueiro Sérgio Ramos! E ninguém questiona como pagará? 

Já falamos que, financeiramente, Depay é uma loucura (aqui, em: https://wp.me/p4RTuC-10qi). Agora o espanhol ex-Real Madrid?

Entretanto, ainda assim, há quem inocentemente fale: “é o patrocinador que pagará, não vem secar”.

Como as pessoas se iludem fácil…

Imagem: Instagram do Real Madrid (arquivo).

– Turno 1 de 3 vencido!

Estive nessa manhã na Penitenciária P1 de Franco da Rocha, falando de Gestão aos reeducandos de lá, pelo Projeto Sebrae na Comunidade.

Vale a pena ressocializar.

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📝 É com a Educação que o Brasil melhorará.

– Sergio Ramos no Corinthians? Não dê a ideia…

Quem é que sugere tais contratações vultuosas e caras ao Corinthians, mesmo em crise financeira?

Agora, todo jogador estrangeiro será oferecido ao Timão? Descobriu-se um poço de petróleo no Parque São Jorge?

Surge, sabe lá de onde, o nome do zagueiro Sérgio Ramos! E ninguém questiona como pagará? 

Já falamos que, financeiramente, Depay é uma loucura (aqui, em: https://wp.me/p4RTuC-10qi). Agora o espanhol ex-Real Madrid?

Entretanto, ainda assim, há quem inocentemente fale: “é o patrocinador que pagará, não vem secar”.

Como as pessoas se iludem fácil…

Imagem: Instagram do Real Madrid (arquivo).

– O enigmático caso Memphis Depay e as nuances que não podem ser ocultadas.

Ao ler muita gente aplaudindo a contratação do atacante Memphis Depay pelo Corinthians, penso: seria uma “burra empolgação”? Ou, longe de julgamentos, uma empolgação pueril e inocente?

O Corinthians tem uma dívida aproximada de 1 bilhão de reais, é sabido. Ainda não pagou Raniele ao Cuiabá e o Flamengo teve que reclamar oficialmente o não pagamento de Matheuzinho. Agora, se comprometerá a um contrato de 28 meses ao valor de quase 3 milhões por mês?

Ninguém questiona: “de onde vem o dinheiro”? Ou: “não é importante pagar os calotes?” Ou ainda: “qual será o custo-benefício?”

O torcedor mais apaixonado, obviamente, fica iludido. Mas a imprensa não pode cair no ôba-ôba e deve fazer os questionamentos devidos.

Por outro lado, qual a motivação de Depay, ao ser convidado para jogar num clube na zona de rebaixamento com tamanhas pendengas, aqui na América do Sul? Se eu sou ele, peço garantias bancárias, para não ter dor de cabeça para ficar cobrando lá na frente. Ou ele já tem essas garantias?

Fala-se à boca pequena que a empresa “Esportes da Sorte”, patrocinadora do Timão, bancaria a contratação. Mas seu proprietário, Darwim Henrique da Silva Filho, foi preso dias atrás, na mesma operação que deteve influencers, sob a acusação de lavagem de dinheiro. Além disso, pesa sobre a instituição a acusação de estar associada ao “Jogo do Bicho”, conforme reportagem da Infomoney (em: https://www.infomoney.com.br/consumo/jogo-do-bicho-era-usado-para-lavagem-de-dinheiro-pela-esportes-da-sorte-diz-policia/).

Seria mais um episódio como a Taunsa, a empresa que contratou Paulinho por uma fortuna e que nunca pagou um centavo de salário, sobrando a conta para o Coringão?

Tudo isso é muito estranho (ou amador demais). O certo é: algo não fecha nessa conta.

Dos males, o menor: Depay é acusado de pagar a fiança de Daniel Alves devido a prisão por estupro na Espanha, e a assessoria dele sempre negou veementemente. Que não tenha feito essa imoralidade mesmo…

Eu penso que Depay não ficará até Dezembro de 2026 no Corinthians, por motivos financeiros. E você?

Imagem extraída de: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/futebol/corinthians/corinthians-aguarda-resposta-de-depay-para-esta-quinta-feira-5-entenda-o-negocio/

– As 6 regras de reuniões, segundo Jeff Bezos:

Boas dicas para que as reuniões não sejam improdutivas e enfadonhas.

Olhe aí como funciona na Amazon de Jeff Bezos:

– O novato Red Bull Bragantino e o veterano Corinthians.

O Corinthians é uma equipe mais que centenária. O Bragantino, quase centenário. A Red Bull, uma gigante multinacional que trabalha o esporte como ferramenta de marketing de maneira competente mundo afora, e que está há pouco tempo na gestão do clube da “Cidade Poesia / Terra da Linguiça”.

Quando o treinador Pedro Caixinha foi questionado na entrevista coletiva de Corinthians 1×2 Red Bull Bragantino (onde o Massa Bruta foi eliminado nas cobranças de pênaltis), a respeito da falta de títulos do time do Interior Paulista, ele não titubeou: sugeriu comparar a idade do novo clube (Red Bull Bragantino, formado a partir do Clube Atlético Bragantino) com a do Corinthians. A resposta foi:

“O projeto começou em 2020? O projeto é uma criança! Quer que o Red Bull Bragantino ganhe tudo em quatro anos? Quantos anos tem o Corinthians? Você quer nos comparar com uma equipe que tem mais de 110 anos?”

Em 4 anos, o Red Bull Bragantino subiu para a série A do Brasileirão e está regularmente disputando competições internacionais. Construiu o maior Centro de Treinamento da América do Sul e está reformando (derrubou e reconstrói do zero) o estádio municipal da cidade, para assim que pronto, fazer o mesmo com o atual estádio Nabi Abi Chedid. 

Que a empresa tem dinheiro, é sabido. Mas deve existir limites e orçamento coerente… gastar sem retorno ou responsabilidade, é rasgar dinheiro. E nenhum clube associativo, time-empresa ou SAF deve fazer isso. A Red Bull não é uma empresa que pratica sportswashing, como alguns clubes-estados que ficam milionários com um estalar de dedos. E sem ganhar torneios, é natural que surjam muitos questionamentos… Espera-se (equivocadamente), um PSG, Manchester City ou similar.

A ideia é: fazer um bom papel no campeonato, promover seus produtos com marketing, conquistar consumidores e admiradores, ganhar dinheiro com transação de jovens atletas e, se possível, ganhar títulos. 

Lembremos: apenas 1 time pode ser campeão. Não é fácil ganhar campeonatos… claro, a expectativa de vencer competições, frustradas por “quase chegar lá na hora decisiva” e fraquejar na hora H (por diversos motivos), traz decepção. A brincadeira de que é uma “faca de pão Pullman”, evidentemente, é entendível. Mas racionalmente, onde estaria o Bragantino hoje, sem a Red Bull?

Vide seu rival histórico, o Paulista FC de Jundiaí: tenta se recolocar no futebol, jogando a 5a divisão paulista, sem calendário nacional, disputando contra Manthiqueira, Barcelona Capela e Colorado Caieiras. Ou o São Caetano, que sem um projeto sólido, está na A4 da FPF. O Red Bull Bragantino, pelo tempo de trabalho e pelos resultados obtidos, ainda está “com muito crédito” na praça. 

Sobre o jogo da 3ª feira: a classificação “bateu na trave”, como diz o dito popular? Não, bateu nas mãos do goleiro Hugo. E aí é covardia, na cobrança de pênaltis: o arqueiro do Bragantino foi o 3º goleiro, o jovem Fabrício (Cleiton e Lucão se lesionaram) e do outro lado, um defensor com experiência de Flamengo, Exterior e Corinthians. Aliás, o RBB jogou com 7 desfalques e sem o seu artilheiro, Helinho.

A coletiva do treinador Pedro Caixinha (sempre muito lúcida e educada), onde ele abordou isso e mais um pouco, em: https://youtu.be/GPZ7oZbq8xY?si=qhUqknS9VIsMOTnh

Agora, virá a natural cobrança e a pressão: melhorar sua classificação no Campeonato Brasileiro, já que disputará apenas uma competição a partir da eliminação. Sem “caça às bruxas”, lógico. 

– O sucesso do Sfera FC.

Nesse momento de clubes-empresa, SAFs e outras modalidades de gestão no futebol, o Sfera FC  (cujo apelido é Raio Amado), que joga na vizinha Salto e treina em Jarinu, tem se destacado bastante.

A ideia é: ser um time que forma jogadores sem perder a preocupaçã0 com a formação da pessoa. E o retorno tem acontecido, financeiramente falando.

Em tempo: o Alexandre Costa Curta, que trabalhou no Paulista FC, faz parte desse sucesso colaborando com seus serviços profissionais por lá.

Olhe que história bacana, extraída de: InvestNews.com

FUTEBOL, NEGÓCIOS E FAMÍLIA: A APOSTA TOTAL DE UM FARIALIMER NO SFERA FC

Futebol, negócios e família: a aposta total de um faria limer no Sfera FC

Gustavo Aranha investe em (e busca investidores para) empresa que ganha com atletas bons de jogo e de cabeça

Foi na última sessão de terapia que ele percebeu como as férias escolares passadas junto ao avô alimentaram as decisões profissionais tomadas décadas depois – e que levaram à grande aposta empresarial da sua vida. Cria do mercado financeiro, Gustavo Aranha é hoje um dos três sócios-fundadores de um time diferente dos tradicionais clubes brasileiros: o Sfera Futebol Clube, “uma empresa que é um clube de futebol”. 

“Meu avô era diretor do São Paulo e eu passava as férias no centro de treinamento, conhecia os jogadores. Vivi muito o São Paulo com ele, é parecido com o que eu vivo aqui no Sfera”, elabora Aranha enquanto relembra ao InvestNews sua relação com Herman Koester, diretor do SPFC nos anos 1990.

As quase duas décadas e meia de Faria Lima deram a Gustavo Aranha os recursos, a experiência e a lista de contatos necessários para botar de pé o projeto de um time de futebol em que o modelo de negócio não é enfileirar títulos, mas formar atletas e vendê-los para outros clubes, especialmente no exterior. E, assim, dar retorno para os investidores.

Cria da Faria Lima, Gustavo Aranha é sócio-investidor e fundador do Sfera FC

Uma explicação rápida: quando se diz que determinado clube “comprou o jogador tal”, na verdade o time comprou os direitos econômicos do atleta, o “passe”. Geralmente, o time que revela um jogador é dono de uma parte dos direitos econômicos e é remunerado a cada transação feita para adquirir o vínculo. 

Este é o modelo de negócios do Sfera: formar jogadores e ganhar uma parte do valor sempre que um atleta ali revelado for vendido para um clube. O Sfera costuma ficar com 20% a 40% do valor da transação. 

Por ora, os “clientes” do Sfera são clubes gringos menores, que não tem bolsos fundos o suficiente para concorrer com os tradicionais por jogadores brasileiros que se destacam nas principais ligas daqui. Na última janela de transferências, um dos atletas Sfera foi para um clube de Portugal, outro para a República Tcheca. 

Essas primeiras transações, portanto, não costumam envolver aqueles valores que rendem manchetes, na casa das dezenas de milhões de euros. Por outro lado, dão ao atleta formado pelo Sfera FC uma vitrine com potencial para valorizar o “passe” do jogador, o que eventualmente pode se reverter numa bolada – sem trocadilho – para o time fundado por Aranha. 

“No modelo tradicional dos clubes brasileiros o que importa é fazer a primeira transação e ganhar o máximo com ela. O nosso modelo é maximizar a segunda, a terceira, a quarta venda. Formamos atletas e cidadãos para que eles tenham carreiras longevas, focamos no longo prazo e vamos dar mais lucro assim”, explica Aranha, misturando o faria limer e o dono de clube de futebol. 

Segundo Aranha, embora clubes tradicionais tenham em média 20% das receitas advindas da venda de jogadores, o investimento nas categorias de base não costuma ir além dos 5%. No Sfera, o foco é total na base. Depois dos quatro grandes de São Paulo e do Red Bull Bragantino, o maior orçamento do Estado para atletas iniciantes é o do Sfera FC. Para este ano, são R$ 12 milhões previstos. 

ATLETAS BONS DE JOGO E DE CABEÇA

Essa aposta na longevidade das carreiras dos atletas marca outra diferença do Sfera em relação à estrutura de formação típica dos clubes brasileiros. Primeiro porque a ideia não é depender financeiramente da revelação de um Endrick por ano. Segundo porque, embora não seja um projeto social, a preocupação aqui é que a formação seja a melhor e mais completa possível, “do pescoço para baixo e do pescoço para cima”, como Gustavo costuma destacar. 

O projeto atrai jogadores jovens, paga a eles uma ajuda de custos, plano de saúde e os aloja na estrutura do Sfera que fica em Jarinu (SP), a cerca de uma hora e meia da capital paulista. São jovens atletas entre 11 e 18 anos, com possibilidade de alojamento a partir dos 14. Recentemente, o Sfera também começou a investir no futebol feminino, mas as garotas ainda não ficam alojadas. 

Partida entre Atlético Mineiro e Sfera, válida pela partida da segunda fase da Copa São Paulo de futebol Júnior 2023. Divulgação/Sfera FC

Lá, os 82 atletas mirins atualmente residentes fazem a preparação física, os treinamentos e as refeições. São avaliados individualmente, acompanhados por psicólogos, conversam com atletas em atividade e com aposentados. Além de estudarem em uma escola da região, passam por reforço escolar, têm aulas de inglês, educação financeira e assistem a palestras com temas que vão do racismo estrutural ao machismo. 

“Se você visitar uma base tradicional, vai ver que os meninos são pouco incentivados a serem seres pensantes”, critica Aranha. A proposta do Sfera, explica, é formar atletas capazes de ler e agir sobre as complexidades do jogo e da vida. “Não tem como isso atrapalhar. Quanto melhor for a cabeça do jogador, melhor ele joga”, arremata. 

Isso tudo custa, claro. Até aqui, o dinheiro tem vindo principalmente dos bolsos de Gustavo e seus dois sócios. O projeto nasceu oficialmente em 2021 e o equilíbrio entre gastos e receita deve acontecer em 2028. 

Até lá, o Sfera aposta em novos sócio-investidores para continuar investindo na formação dos atletas. Os sócios decidiram oferecer 40% do clube, organizado como uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), para novos investidores. Cada percentil custa R$ 1,25 milhão. 

Acostumado a fazer a ponte entre investidores abastados e as gestoras por onde passou – Hedging-Griffo, Bratus e GEO Capital – Gustavo agora roda São Paulo na sua scooter 150 cilindradas para conversar com jornalistas e interessados no projeto do Sfera FC. Ossos do ofício, ele projeta a rentabilidade do investimento, mas não faz promessas. 

“Sou zero bullshiteiro. Eu botei meu dinheiro e tenho certeza que serei muito bem remunerado, mas não sei dizer quando vem o retorno porque não sei como será o processo inteiro”, admite. “É uma conversa muito de dono para dono, não é todo mundo que tem esse perfil”. 

Vender o Sfera aos possíveis novos investidores fica mais fácil quando os sócios potenciais conhecem o projeto, destaca Aranha. Ele explica que o carrego – período entre a alocação e o retorno, no jargão do mercado – do investimento no Sfera FC é “extremamente prazeroso” porque os investidores “percebem a transformação que estamos fazendo”. 

“Meu filho diz que o dia mais feliz da vida dele foi quando a gente ganhou no Galo [Atlético-MG] na Copinha. Ele estava no estádio com uns 15 amigos e foi um transe coletivo”, diz, orgulhoso. 

Família, negócios e futebol continuam uma mistura essencial na vida de Gustavo. Apostando boa parte da herança dos dois filhos – o mais velho, de 17 anos, e a caçula, de 15 – no Sfera, ele diz que a decisão só foi tomada depois de uma conversa séria com eles e com a esposa. O resultado? Apoio total.

“Eu acho que, no fim, é um assunto de família, é uma decisão de família”. Freud explica. 

sferafc | Instagram | Linktree

– A saúde financeira dos clubes de futebol brasileiros.

Os clubes de futebol brasileiros, sabidamente, são grandes devedores. Estão com problemas de inadimplência com impostos, salários, fornecedores e outros tantos credores.

Um documento divulgado pelas consultorias Galápagos Capital e Outfield, chamado de “Relatório Convocados”, traz os números compilados do último exercício fiscal dos clubes. E eles são assustadores!

Veja que loucura: a soma das dívidas dos 20 clubes da Série A do Brasileirão se aproxima de 12 bilhões de reais! Repare: não está sendo contabilizado o Santos FC, que tem problemas financeiros e está na Série B.

Se considerarmos em ordem de valores devidos (e aí se inclui o Peixe), os maiores devedores são:

  1. Corinthians: R$ 1,894 bilhão
  2. Botafogo: R$ 1,301 bilhão
  3. Atlético-MG: R$ 998 milhões
  4. São Paulo: R$ 856 milhões
  5. Cruzeiro: R$ 811 milhões
  6. Fluminense: R$ 736 milhões
  7. RB Bragantino: R$ 696 milhões
  8. Vasco: R$ 696 milhões
  9. Internacional: R$ 650 milhões
  10. Santos: R$ 548 milhões
  11. Athletico-PR: R$ 492 milhões
  12. Palmeiras: R$ 466 milhões
  13. Grêmio: R$ 441 milhões
  14. Flamengo: R$ 391 milhões
  15. Bahia: R$ 366 milhões

Temos que tomar cuidado para interpretrar os números: você “ter dívida” não significa que você é um caloteiro. Simplesmente, as contas existem e serão pagas no dia do vencimento (em tese). Por exemplo: o Flamengo deve aproximadamente 400 milhões de reais (a vencer), e as receitas ultrapassam R$ 1 bi (portanto, não tem problemas). O Bahia (pertencente ao City Group) e o Bragantino (Red Bull) têm contas a pagar, mas conseguem quitar as suas pendências em dia pois são superavitários.

Os problemas residem nos clubes que são deficitários: São Paulo e Corinthians têm saldos devedores assustadores, e não conseguem há tempos fechar suas contas no azul. E por que isso acontece?

Por causa de vários fatores, que se resumem a: má gestão e gasto ruim do dinheiro.

Já repararam os valores absurdos pagos a determinados atletas, que não entregam em campo aquilo que recebem? Alguns nem titulares são. Outros, contratados a peso de ouro por empréstimos de agentes. E isso traz um outro problema: os juros cobrados pelos empresários “agiotas”. É só dar uma olhada no balanço dos clubes, e se verificará até empréstimos feitos pelos empresários de atletas.

Será que os gestores dos clubes de futebol administram suas empresas da mesma forma que o fazem na gestão das agremiações esportivas? Penso que não… E isso tem uma resposta fácil: os presidentes de clubes gastam horrores pensando em conquistar títulos, imaginando que as premiações valerão o esforço, e se esquecem: somente um time é campeão! Aí as contas ficam eternizadas, as conquistas não aparecem e o déficit aumenta.

Não é diferente aos pequenos clubes, com contas impagáveis. A dívida do Paulista FC se especula entre 50 a 67 milhões de reais (para um time na 5ª divisão estadual, de onde virá a receita?). Os valores são incertos pois sempre se fala em auditoria e o torcedor nunca sabe o valor real. Mas o certo é: dinheiro para se pagar, evidentemente não se tem.

Fico pensando: como administrar tais contas com responsabilidade? Para um time grande, não há como fazer, se não aceitar o que Palmeiras e Flamengo fizeram no período de vacas magras: cortar despesas, contratar barato, abdicar da disputa de títulos e se esforçar em não cair para a segunda divisão. E com uma gestão financeira responsável, hoje estão entre os clubes mais saneados financeiramente do continente.

O trabalho é árduo para os gestores esportivos, mas é necessário para a saúde do futebol brasileiro.

– A saúde financeira dos clubes de futebol brasileiros.

Os clubes de futebol brasileiros, sabidamente, são grandes devedores. Estão com problemas de inadimplência com impostos, salários, fornecedores e outros tantos credores.

Um documento divulgado pelas consultorias Galápagos Capital e Outfield, chamado de “Relatório Convocados”, traz os números compilados do último exercício fiscal dos clubes. E eles são assustadores!

Veja que loucura: a soma das dívidas dos 20 clubes da Série A do Brasileirão se aproxima de 12 bilhões de reais! Repare: não está sendo contabilizado o Santos FC, que tem problemas financeiros e está na Série B.

Se considerarmos em ordem de valores devidos (e aí se inclui o Peixe), os maiores devedores são:

  1. Corinthians: R$ 1,894 bilhão
  2. Botafogo: R$ 1,301 bilhão
  3. Atlético-MG: R$ 998 milhões
  4. São Paulo: R$ 856 milhões
  5. Cruzeiro: R$ 811 milhões
  6. Fluminense: R$ 736 milhões
  7. RB Bragantino: R$ 696 milhões
  8. Vasco: R$ 696 milhões
  9. Internacional: R$ 650 milhões
  10. Santos: R$ 548 milhões
  11. Athletico-PR: R$ 492 milhões
  12. Palmeiras: R$ 466 milhões
  13. Grêmio: R$ 441 milhões
  14. Flamengo: R$ 391 milhões
  15. Bahia: R$ 366 milhões

Temos que tomar cuidado para interpretrar os números: você “ter dívida” não significa que você é um caloteiro. Simplesmente, as contas existem e serão pagas no dia do vencimento (em tese). Por exemplo: o Flamengo deve aproximadamente 400 milhões de reais (a vencer), e as receitas ultrapassam R$ 1 bi (portanto, não tem problemas). O Bahia (pertencente ao City Group) e o Bragantino (Red Bull) têm contas a pagar, mas conseguem quitar as suas pendências em dia pois são superavitários.

Os problemas residem nos clubes que são deficitários: São Paulo e Corinthians têm saldos devedores assustadores, e não conseguem há tempos fechar suas contas no azul. E por que isso acontece?

Por causa de vários fatores, que se resumem a: má gestão e gasto ruim do dinheiro.

Já repararam os valores absurdos pagos a determinados atletas, que não entregam em campo aquilo que recebem? Alguns nem titulares são. Outros, contratados a peso de ouro por empréstimos de agentes. E isso traz um outro problema: os juros cobrados pelos empresários “agiotas”. É só dar uma olhada no balanço dos clubes, e se verificará até empréstimos feitos pelos empresários de atletas.

Será que os gestores dos clubes de futebol administram suas empresas da mesma forma que o fazem na gestão das agremiações esportivas? Penso que não… E isso tem uma resposta fácil: os presidentes de clubes gastam horrores pensando em conquistar títulos, imaginando que as premiações valerão o esforço, e se esquecem: somente um time é campeão! Aí as contas ficam eternizadas, as conquistas não aparecem e o déficit aumenta.

Não é diferente aos pequenos clubes, com contas impagáveis. A dívida do Paulista FC se especula entre 50 a 67 milhões de reais (para um time na 5ª divisão estadual, de onde virá a receita?). Os valores são incertos pois sempre se fala em auditoria e o torcedor nunca sabe o valor real. Mas o certo é: dinheiro para se pagar, evidentemente não se tem.

Fico pensando: como administrar tais contas com responsabilidade? Para um time grande, não há como fazer, se não aceitar o que Palmeiras e Flamengo fizeram no período de vacas magras: cortar despesas, contratar barato, abdicar da disputa de títulos e se esforçar em não cair para a segunda divisão. E com uma gestão financeira responsável, hoje estão entre os clubes mais saneados financeiramente do continente.

O trabalho é árduo para os gestores esportivos, mas é necessário para a saúde do futebol brasileiro.

– O sucesso do Sfera FC.

Nesse momento de clubes-empresa, SAFs e outras modalidades de gestão no futebol, o Sfera FC  (cujo apelido é Raio Amado), que joga na vizinha Salto e treina em Jarinu, tem se destacado bastante.

A ideia é: ser um time que forma jogadores sem perder a preocupaçã0 com a formação da pessoa. E o retorno tem acontecido, financeiramente falando.

Em tempo: o Alexandre Costa Curta, que trabalhou no Paulista FC, faz parte desse sucesso colaborando com seus serviços profissionais por lá.

Olhe que história bacana, extraída de: InvestNews.com

FUTEBOL, NEGÓCIOS E FAMÍLIA: A APOSTA TOTAL DE UM FARIALIMER NO SFERA FC

Futebol, negócios e família: a aposta total de um faria limer no Sfera FC

Gustavo Aranha investe em (e busca investidores para) empresa que ganha com atletas bons de jogo e de cabeça

Foi na última sessão de terapia que ele percebeu como as férias escolares passadas junto ao avô alimentaram as decisões profissionais tomadas décadas depois – e que levaram à grande aposta empresarial da sua vida. Cria do mercado financeiro, Gustavo Aranha é hoje um dos três sócios-fundadores de um time diferente dos tradicionais clubes brasileiros: o Sfera Futebol Clube, “uma empresa que é um clube de futebol”. 

“Meu avô era diretor do São Paulo e eu passava as férias no centro de treinamento, conhecia os jogadores. Vivi muito o São Paulo com ele, é parecido com o que eu vivo aqui no Sfera”, elabora Aranha enquanto relembra ao InvestNews sua relação com Herman Koester, diretor do SPFC nos anos 1990.

As quase duas décadas e meia de Faria Lima deram a Gustavo Aranha os recursos, a experiência e a lista de contatos necessários para botar de pé o projeto de um time de futebol em que o modelo de negócio não é enfileirar títulos, mas formar atletas e vendê-los para outros clubes, especialmente no exterior. E, assim, dar retorno para os investidores.

Cria da Faria Lima, Gustavo Aranha é sócio-investidor e fundador do Sfera FC

Uma explicação rápida: quando se diz que determinado clube “comprou o jogador tal”, na verdade o time comprou os direitos econômicos do atleta, o “passe”. Geralmente, o time que revela um jogador é dono de uma parte dos direitos econômicos e é remunerado a cada transação feita para adquirir o vínculo. 

Este é o modelo de negócios do Sfera: formar jogadores e ganhar uma parte do valor sempre que um atleta ali revelado for vendido para um clube. O Sfera costuma ficar com 20% a 40% do valor da transação. 

Por ora, os “clientes” do Sfera são clubes gringos menores, que não tem bolsos fundos o suficiente para concorrer com os tradicionais por jogadores brasileiros que se destacam nas principais ligas daqui. Na última janela de transferências, um dos atletas Sfera foi para um clube de Portugal, outro para a República Tcheca. 

Essas primeiras transações, portanto, não costumam envolver aqueles valores que rendem manchetes, na casa das dezenas de milhões de euros. Por outro lado, dão ao atleta formado pelo Sfera FC uma vitrine com potencial para valorizar o “passe” do jogador, o que eventualmente pode se reverter numa bolada – sem trocadilho – para o time fundado por Aranha. 

“No modelo tradicional dos clubes brasileiros o que importa é fazer a primeira transação e ganhar o máximo com ela. O nosso modelo é maximizar a segunda, a terceira, a quarta venda. Formamos atletas e cidadãos para que eles tenham carreiras longevas, focamos no longo prazo e vamos dar mais lucro assim”, explica Aranha, misturando o faria limer e o dono de clube de futebol. 

Segundo Aranha, embora clubes tradicionais tenham em média 20% das receitas advindas da venda de jogadores, o investimento nas categorias de base não costuma ir além dos 5%. No Sfera, o foco é total na base. Depois dos quatro grandes de São Paulo e do Red Bull Bragantino, o maior orçamento do Estado para atletas iniciantes é o do Sfera FC. Para este ano, são R$ 12 milhões previstos. 

ATLETAS BONS DE JOGO E DE CABEÇA

Essa aposta na longevidade das carreiras dos atletas marca outra diferença do Sfera em relação à estrutura de formação típica dos clubes brasileiros. Primeiro porque a ideia não é depender financeiramente da revelação de um Endrick por ano. Segundo porque, embora não seja um projeto social, a preocupação aqui é que a formação seja a melhor e mais completa possível, “do pescoço para baixo e do pescoço para cima”, como Gustavo costuma destacar. 

O projeto atrai jogadores jovens, paga a eles uma ajuda de custos, plano de saúde e os aloja na estrutura do Sfera que fica em Jarinu (SP), a cerca de uma hora e meia da capital paulista. São jovens atletas entre 11 e 18 anos, com possibilidade de alojamento a partir dos 14. Recentemente, o Sfera também começou a investir no futebol feminino, mas as garotas ainda não ficam alojadas. 

Partida entre Atlético Mineiro e Sfera, válida pela partida da segunda fase da Copa São Paulo de futebol Júnior 2023. Divulgação/Sfera FC

Lá, os 82 atletas mirins atualmente residentes fazem a preparação física, os treinamentos e as refeições. São avaliados individualmente, acompanhados por psicólogos, conversam com atletas em atividade e com aposentados. Além de estudarem em uma escola da região, passam por reforço escolar, têm aulas de inglês, educação financeira e assistem a palestras com temas que vão do racismo estrutural ao machismo. 

“Se você visitar uma base tradicional, vai ver que os meninos são pouco incentivados a serem seres pensantes”, critica Aranha. A proposta do Sfera, explica, é formar atletas capazes de ler e agir sobre as complexidades do jogo e da vida. “Não tem como isso atrapalhar. Quanto melhor for a cabeça do jogador, melhor ele joga”, arremata. 

Isso tudo custa, claro. Até aqui, o dinheiro tem vindo principalmente dos bolsos de Gustavo e seus dois sócios. O projeto nasceu oficialmente em 2021 e o equilíbrio entre gastos e receita deve acontecer em 2028. 

Até lá, o Sfera aposta em novos sócio-investidores para continuar investindo na formação dos atletas. Os sócios decidiram oferecer 40% do clube, organizado como uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), para novos investidores. Cada percentil custa R$ 1,25 milhão. 

Acostumado a fazer a ponte entre investidores abastados e as gestoras por onde passou – Hedging-Griffo, Bratus e GEO Capital – Gustavo agora roda São Paulo na sua scooter 150 cilindradas para conversar com jornalistas e interessados no projeto do Sfera FC. Ossos do ofício, ele projeta a rentabilidade do investimento, mas não faz promessas. 

“Sou zero bullshiteiro. Eu botei meu dinheiro e tenho certeza que serei muito bem remunerado, mas não sei dizer quando vem o retorno porque não sei como será o processo inteiro”, admite. “É uma conversa muito de dono para dono, não é todo mundo que tem esse perfil”. 

Vender o Sfera aos possíveis novos investidores fica mais fácil quando os sócios potenciais conhecem o projeto, destaca Aranha. Ele explica que o carrego – período entre a alocação e o retorno, no jargão do mercado – do investimento no Sfera FC é “extremamente prazeroso” porque os investidores “percebem a transformação que estamos fazendo”. 

“Meu filho diz que o dia mais feliz da vida dele foi quando a gente ganhou no Galo [Atlético-MG] na Copinha. Ele estava no estádio com uns 15 amigos e foi um transe coletivo”, diz, orgulhoso. 

Família, negócios e futebol continuam uma mistura essencial na vida de Gustavo. Apostando boa parte da herança dos dois filhos – o mais velho, de 17 anos, e a caçula, de 15 – no Sfera, ele diz que a decisão só foi tomada depois de uma conversa séria com eles e com a esposa. O resultado? Apoio total.

“Eu acho que, no fim, é um assunto de família, é uma decisão de família”. Freud explica. 

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– Na escola:

E hoje estivemos no Centro Educacional de Francisco Morato, falando sobre Gestão Empresarial e MEI.

É com a Educação que o país se desenvolverá!

🖊️ #Education

– O inferno da “Bezinha”.

O Paulista FC luta para sair do ostracismo. Sem divisão nacional, estando na quinta divisão estadual, o Galo tem ganhado manchetes fora de campo, com o possível acordo de venda da SAF à empresa EXA Capital.

Entretanto, com os pés no chão, é sabido: não se tem uma proposta real, por enquanto tudo está no campo da especulação, e, pelas entrevistas que Pedro Mesquita, que responde como interessado, tem sido falado, restam ainda 90 dias para a auditoria das contas ficar pronta.

Enquanto isso, dentro de campo, o torcedor jundiaiense continua sofrendo. Afinal, na marra e a contragosto, teve que se acostumar vendo o time na últimas divisões. E esse ambiente é propício a todo tipo de amadorismo, malandragem, atitudes varzeanas e anti-profissionalismo. Quer mostra disso?

Tempos atrás, contra o Barcelona da Capela do Socorro, o Paulista venceu por “WO” por falta de ambulância. Também tivemos um WO antes, com o Atlético de Mogi das Cruzes faltando ao estádio Jayme Cintra pois os jogadores não quiseram entrar no ônibus por falta de pagamento. Não nos esqueçamos do episódio do Olímpia, onde os jogadores foram acusados de manipularem resultados (e nas últimas divisões, os apostadores povoam os jogos contaminando os resultados, a partir de suborno a atletas – curiosamente, não se falou ainda de árbitros ou treinadores).

É por essas e outras que o Tricolor da Terra da Uva deve sair desse limbo. Veja na última rodada, a atuação contra um time de péssimo comportamento como o ECUS. O goleiro Marcão, somente no segundo tempo, parou a partida 8 vezes no segundo tempo simulando contusões, tudo isso com o aceite do fraco árbitro (não se pode cobrar árbitro de elite para times da pior divisão). Se não bastasse a cera cometida, após o jogo, o goleiro literalmente virou o bumbum para o setor de cadeiras cativas e rebolou para os torcedores que o vaiavam. Isso é profissionalismo?

A verdade é: a 5ª divisão de São Paulo é caótica, e ela consegue ser desnivelada e nivelada ao mesmo tempo (embora pareça ser uma contradição).

1- Desnivelada, pois há clubes muito ruins incluindo na segunda fase. Vide o Manthiqueira de Guaratinguetá! Não dá para dizer que o nível técnico daqueles esforçados atletas é o mesmo de outros cubes do torneio.

2- Nivelada, pois a qualidade do “jogo jogado” é aquém do que se espera do futebol profissional. Não há clube confiável, nem elenco de destaque sobrepujando outras agremiações. É tudo “mais ou menos ruim”, beirando o amadorismo. Claro, é a última divisão e se tem a limitação de 23 anos de idade aos jogadores.

Como resolver isso? Saindo dela, obviamente. Formando atletas de melhor qualidade técnica com um trabalho sincronizado com as categorias de base. E eis o grande problema: o Paulista FC abdicou da sua base, ele está arrendando suas equipes Sub 20 para baixo, e é exatamente o caminho errado.

O Mirassol, por exemplo, faz um ótimo trabalho na série A do Paulistão e na B do Brasileirão, pois conseguiu investir o dinheiro da venda do jovem Luiz Araújo em um CT de formação, fazendo com que o dinheiro renda mais dinheiro! E quantos atletas saíram das fileiras do Galo? Como se administrou a grana que entrou deles?

Os times Sub 17 e Sub 15, em especial, são as “galinhas de ovos de ouro” dos clubes, pois eles atraem estrangeiros pagando em euros. Onde estão essas equipes do Paulista FC?

A visão de gerenciamento está igualmente atrelada à da agremiação em campo: na última divisão. Que tenhamos gente competente que ajude o time tão querido de Jundiaí a fugir desse cenário (com ou sem SAF).

– O inferno da “Bezinha”.

O Paulista FC luta para sair do ostracismo. Sem divisão nacional, estando na quinta divisão estadual, o Galo tem ganhado manchetes fora de campo, com o possível acordo de venda da SAF à empresa EXA Capital.

Entretanto, com os pés no chão, é sabido: não se tem uma proposta real, por enquanto tudo está no campo da especulação, e, pelas entrevistas que Pedro Mesquita, que responde como interessado, tem sido falado, restam ainda 90 dias para a auditoria das contas ficar pronta.

Enquanto isso, dentro de campo, o torcedor jundiaiense continua sofrendo. Afinal, na marra e a contragosto, teve que se acostumar vendo o time na últimas divisões. E esse ambiente é propício a todo tipo de amadorismo, malandragem, atitudes varzeanas e anti-profissionalismo. Quer mostra disso?

Tempos atrás, contra o Barcelona da Capela do Socorro, o Paulista venceu por “WO” por falta de ambulância. Também tivemos um WO antes, com o Atlético de Mogi das Cruzes faltando ao estádio Jayme Cintra pois os jogadores não quiseram entrar no ônibus por falta de pagamento. Não nos esqueçamos do episódio do Olímpia, onde os jogadores foram acusados de manipularem resultados (e nas últimas divisões, os apostadores povoam os jogos contaminando os resultados, a partir de suborno a atletas – curiosamente, não se falou ainda de árbitros ou treinadores).

É por essas e outras que o Tricolor da Terra da Uva deve sair desse limbo. Veja na última rodada, a atuação contra um time de péssimo comportamento como o ECUS. O goleiro Marcão, somente no segundo tempo, parou a partida 8 vezes no segundo tempo simulando contusões, tudo isso com o aceite do fraco árbitro (não se pode cobrar árbitro de elite para times da pior divisão). Se não bastasse a cera cometida, após o jogo, o goleiro literalmente virou o bumbum para o setor de cadeiras cativas e rebolou para os torcedores que o vaiavam. Isso é profissionalismo?

A verdade é: a 5ª divisão de São Paulo é caótica, e ela consegue ser desnivelada e nivelada ao mesmo tempo (embora pareça ser uma contradição).

1- Desnivelada, pois há clubes muito ruins incluindo na segunda fase. Vide o Manthiqueira de Guaratinguetá! Não dá para dizer que o nível técnico daqueles esforçados atletas é o mesmo de outros cubes do torneio.

2- Nivelada, pois a qualidade do “jogo jogado” é aquém do que se espera do futebol profissional. Não há clube confiável, nem elenco de destaque sobrepujando outras agremiações. É tudo “mais ou menos ruim”, beirando o amadorismo. Claro, é a última divisão e se tem a limitação de 23 anos de idade aos jogadores.

Como resolver isso? Saindo dela, obviamente. Formando atletas de melhor qualidade técnica com um trabalho sincronizado com as categorias de base. E eis o grande problema: o Paulista FC abdicou da sua base, ele está arrendando suas equipes Sub 20 para baixo, e é exatamente o caminho errado.

O Mirassol, por exemplo, faz um ótimo trabalho na série A do Paulistão e na B do Brasileirão, pois conseguiu investir o dinheiro da venda do jovem Luiz Araújo em um CT de formação, fazendo com que o dinheiro renda mais dinheiro! E quantos atletas saíram das fileiras do Galo? Como se administrou a grana que entrou deles?

Os times Sub 17 e Sub 15, em especial, são as “galinhas de ovos de ouro” dos clubes, pois eles atraem estrangeiros pagando em euros. Onde estão essas equipes do Paulista FC?

A visão de gerenciamento está igualmente atrelada à da agremiação em campo: na última divisão. Que tenhamos gente competente que ajude o time tão querido de Jundiaí a fugir desse cenário (com ou sem SAF).

– Paulista na A1 do Paulistão e na B do Brasileirão em 5 anos?

Eu gosto da ideia de SAF, Gestão Empresarial e Clube-empresa. Mas precisamos tomar cuidados. Sempre!

Conheço da mídia o Pedro Mesquita, ex-XP e que quer comprar a SAF do Tricolor Jundiaiense. É um cara sério. Mas ao ler a entrevista dele no Estadão de hoje, me preocupo com um discurso demagogo. Disse ele:

“É possível colocar o clube na elite do Estadual e, ao menos, na Série B do Campeonato Brasileiro. (…) Essa seria uma meta viável. Futebol é muito subjetivo. Se eu for perfeito, em cinco anos estamos na primeira divisão”.

Não dá para estar na Série B do Brasileirão em 5 anos… isso é impossível, pois precisa estar na A1 do Paulistão e daí entrar para a Série D do Campeonato Nacional (a não ser que volte a jogar a Copa Paulista, vença e opte por disputar a Série D, ao invés da Copa do Brasil – que paga muito mais). Precisaria de 8 anos, imaginando que todo ano o Paulista tivesse um acesso no Estadual e depois de chegar na A1, idem nos torneios da CBF.

Aí eu penso: tal fala é “empolgação demasiada”, ou “discurso para fazer logo o negócio”?

Nessa entrevista, abaixo, gostei da fala do presidente do Paulista, Rodrigo Alves. Foi humilde ao dizer que o “clube precisa de uma injeção financeira e administrativa”. Teria sido um mea culpa da sua gestão?

Abaixo, do “O Estado de São Paulo de hoje”: https://www.estadao.com.br/esportes/futebol/empresario-amigo-de-ronaldo-compra-clube-campeao-da-copa-do-brasil-e-quer-coloca-lo-na-elite/#:~:text=Foi%20Mesquita%20que%20sugeriu%20a,futebol

Empresário amigo de Ronaldo compra clube e prevê: ‘São Paulo, Inter e Grêmio serão SAFs no futuro’.

por Ricardo Magatti:

Intermediário na venda da SAF do Cruzeiro, Pedro Mesquita abre gestora de investimentos e aguarda diligências para concluir aquisição do Paulista de Jundiaí

Campeão da Copa do Brasil de 2005, o Paulista de Jundiaí está na iminência de ter um dono. A EXA Capital, fundo de investimentos criado pelo empresário Pedro Mesquita, ex-chefe do banco de investimentos da XP, deve concluir nos próximos meses a compra de 90% da SAF do tradicional time do interior de São Paulo. No mês passado, foi assinado um memorando de entendimento para aquisição da SAF do clube.

Está em um curso um processo de diligência para efetivar a aquisição da porcentagem do Paulista. Passaram mais de 30 dias desde que essa averiguação, procedimento normal nesses casos, começou. O prazo é de 120 dias. Terminado esse período, caso a proposta seja positiva para o fundo de investimentos, o Conselho de Administração do clube votará pela aprovação ou não da venda de 90% das ações do Paulista.

O clube negociou com outros investidores no passado, mas os acordos nunca foram efetivados. Em maio de 2023, a venda foi encaminhada à empresa Two Me, que, porém, não pagou o valor que havia sido acordado. Desta vez, há a confiança dos dirigentes que a EXA assuma a SAF do Paulista em breve.

“A gente já contratou advogados especialistas para diagnosticar a situação. Se essa situação for que a gente acredita, pelas análises iniciais, a gente vai seguir com a compra e com o projeto”, diz Mesquita em entrevista ao Estadão na sede de sua empresa na zona sul de São Paulo. Sua equipe está devassando os passivos e problemas do Paulista. “Primeiro você negocia, depois você identifica os passivos para seguir ou não com o negócio”, afirma.

Quando chefiava seu departamento na XP, o executivo intermediou a venda da SAF do Cruzeiro a Ronaldo, de quem é amigo, e participou também do mesmo processo no Botafogo, cuja SAF foi negociada com o magnata americano John Textor. Depois de atuar por trás dos bastidores nessa área, Mesquita saiu da X e resolveu fundar sua própria gestora para investir em algum clube.

Mesquita faz elogios às gestões de Athletico-PR e Fortaleza. O seu pensamento é que, com exceção de Palmeiras e Flamengo, que têm gestões exemplares, e Corinthians, em razão do seu potencial de receita, todos os outros principais clubes do País se tornarão SAF no futuro.

Se você não tiver um midas, como foi Paulo Nobre (ex-presidente do Palmeiras) acho que é questão de tempo São Paulo, Inter, Grêmio e Fluminense virarem SAF. Não consigo enxergar esses clubes competindo em alto nível nos próximos cinco anos sem injeção de capital. Ou eles encontram algum midas ou se tornam SAF. Não tem um modelo que sustente uma dívida alto em longo prazo.

De volta à elite em cinco anos

O executivo escolheu investir no Paulista em virtude de suas glórias, potencial e localização. “Jundiaí tem uma localização privilegiada e o Paulista tem uma história incrível, mas está em uma condição ruim. Foi um misto de onde está a melhor oportunidade e o desafio de fazer um processo de transformação”.

O Paulista vive há anos uma profunda crise financeira, chegou a ficar perto de perder seu estádio, o Jayme Cintra, graças a dívidas, e, durante a pandemia, precisou rifar medalha do título da Copa do Brasil para pagar as contas. Hoje, está sem divisão nacional nacional desde 2009 e disputa a quinta e última divisão do Campeonato Paulista. Na avaliação de Mesquita, em cinco anos, é possível colocar o clube na elite do Estadual e, ao menos, na Série B do Campeonato Brasileiro. “A gente tem que sonhar alto, mas sem deixar de ser realistas. Essa seria uma meta viável. Futebol é muito subjetivo. Se eu for perfeito, em cinco anos estamos na primeira divisão”.

As agruras são muitas, mas a tradição traz visibilidade e, com investimento, o cenário pode mudar, acredita o presidente do Paulista, Rodrigo Peternelli Alves. “O que despertou interesse nos investidores é a oportunidade de negócio em um clube com estrutura e projeção de sucesso, que hoje se encontra em baixa, mas com uma injeção financeira e administrativa tem tudo para voltar para a elite estadual e nacional”, avalia o dirigente.

“Do nosso lado, muita coisa foi feita nos últimos anos de gestão para organizar o clube tanto na parte jurídica como contábil, administrativa e demais áreas do clube. Somando isso com a história e tradição de uma instituição de 115 anos com títulos nacionais, mais a força da torcida e o potencial financeiro de uma cidade como Jundiaí, nosso papel é buscar uma grande parceria para ambos: investidor e clube”, acrescenta Alves.

Fundado em 1909 por funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o Paulista sempre foi um tradicional participante de Campeonatos Estaduais das duas principais de divisões. Ao longo de seus 115 anos, o clube já atendeu por outros nomes. Seja como Lousano Paulista ou Etti Jundiaí, notabilizou-se nas últimas décadas por conseguir surpreender times grandes, assim como por revelar jogadores que inclusive chegaram à integrar a seleção brasileira.

O Paulista viveu seu auge em 2005, quando deixou pelo caminho Botafogo, Cruzeiro e Fluminense para erguer o troféu de que mais se orgulha: o da Copa do Brasil. Em 2006, disputou a Libertadores e chegou a derrotar o poderoso River Plate.

“O torcedor quer ver o Paulista novamente com força no cenário estadual e nacional, voltar onde já estivemos um dia, fazendo a cidade e o estádio pulsar com as nossas cores. E nós entendemos que, hoje, a forma mais saudável e de longo prazo para isso acontecer é com a transformação do clube em SAF”, afiram o presidente, mencionando a migração do modelo associativo para o empresarial, aprovada em 2022 pelos sócios.

Menos dívidas, mais receita

A equação para um clube saudável financeiramente, opina Mesquita, passa por pagar dívidas, estabelecer metas e orçamentos, investir nas categorias de base e vislumbrar o aumento de receita. “A maioria dos clubes não investe o quanto deveria na base. Só ver o caso do Palmeiras, hoje a melhor base do Brasil graças a um grande investimento no passado”, pontua.

Para o CEO da Exa, clubes que migraram do modelo associativo sem fins lucrativos para o empresarial não têm de existir como uma empresa que gera lucro e dividendo para o seu acionista. “É uma geração de valor em cima de uma marca, de componentes que não são o lucro”, argumenta. “Com maior receita, você sempre busca maior investimento para que o clube figure entre os principais do País”.

Só geraria lucro para uma eventual venda no futuro, ele aponta. Sua ideia é “ficar no 0 a 0″ enquanto estiver no controle da SAF e que o clube cresça em cima da valorização da marca. “É isso que acontece lá fora”, diz o executivo, citando uma série de equipes, do futebol ao basquete, com casos como o do Boston Celtics. Avaliado em R$ 22 bilhões, o atual campeã da NBA foi colocado à venda pela família dona da franquia.

Foi Mesquita que sugeriu a Ronaldo que comprasse o Cruzeiro no fim de 2021 e foi ele também que aconselhou o ex-jogador a vender todas as suas ações para o empresário Pedro Lourenço, dono da rede de supermercados BH. “O futebol brasileiro está muito competitivo. Tem o Flamengo, o Palmeiras. Pra você chegar lá e competir com eles é preciso mais aporte financeiro e o Ronaldo não podia, a situação financeira dele não permitia fazer investimentos maiores do que ele já havia feito”, conta.

– Os prejuízos das SAFs no Brasil.

Leio que as SAFs constituídas nos últimos dois anos estão tendo prejuízo. A Sports Value, especializada em Administração Financeira no Esporte, fez um levantamento daquelas que estão há mais tempo no mercado (que são: América Mineiro, Bahia, Botafogo e Vasco da Gama; Cruzeiro e Fortaleza não entraram nesse levantamento, pelas particularidades, já que o Cruzeiro SAF foi revendido recentemente por Ronaldo Nazário e o Fortaleza ainda é uma SAF jovem).

Respectivamente, os prejuízos de 2022 e 2023, totalizam para os clubes (em milhões de reais):

América-MG: 21,2 + 22,1 = 43,3

Bahia-BA: 77,8 + 66,0 = 143,8

Vasco-RJ: 88,1 + 123,5 = 211,6

Botafogo-RJ: 248,3 + 101,1 = 349,4

Repare: as 4 principais Sociedades Anônimas de Futebol, em 2 anos, nunca tiveram lucro e acumulam um prejuízo de quase R$ 750 milhões! Ninguém “fechou no azul” até agora.

Eu sei que são projetos a longo prazo, mas sem títulos (e principalmente, sem retorno financeiro), pra quê os investidores terão interesse em fazer tais negócios?

A priori, quem veio ao país comprar um clube de futebol, sabia que a agremiação estava “quebrada” e que poderia pagar barato pelo negócio, revendendo-o com lucro (Ronaldo comprou a SAF do Cruzeiro por 400 milhões e o vendeu por R$ 600 milhões de reais, mas não obteve lucro operacional durante o período). Outra possibilidade era a de ganhar dinheiro com venda de atletas e receitas (o Palmeiras e o Flamengo, que não são SAFs, obtém lucro com isso e estão com contas sanadas devido à competência de sua gestão financeira).

A verdade é: parece um “conto de fadas” a história romantizada de uma SAF, e que imediatamente o clube fica rico e ganha títulos. Nada disso… veja as peculiaridades: quem tem dinheiro para receber, vai fazê-lo aos poucos, com pequenas cotas conforme os aportes financeiros forem feitos. E tem mais: se houver o pedido de recuperação financeira (o novo modelo da antiga “concordata”), esse credor só vai receber alguma coisa depois do período legal da recuperação.

Quer exemplo de tal imbroglio, permitido pela legislação?

O treinador Mano Menezes foi demitido em 2019 pelo Cruzeiro, e ficou com aproximadamente 5 milhões de reais dos salários atrasados e multa rescisória. Com esperança de receber da SAF, ele se animou! Mas… como o Cruzeiro pediu recuperação judicial, ele não verá um tostão por mais dois anos. Ou seja: a dívida de 2019 poderá ser paga a partir de meados de 2026!

Muitos clubes do Brasileirão estão criando SAFs. O Coritiba, por exemplo, é um deles, e aos poucos está se ajustando. Também os pequenos do Interior do Brasil estão buscando tal modelo, mas por estarem com dificuldades financeiras, os valores oferecidos são pequenos e servem apenas para pagar dívidas. América de São José do Rio Preto, Gama do Distrito Federal e tantos outros montaram e já resgataram as SAFs, esperando novos investidores, e continuam na mesma pindaíba.

A verdade é: depois de algum tempo, percebeu-se que as SAFs são como qualquer outra empresa: podem ser bem ou mal geridas, deficitárias ou superavitárias, honestas ou de estelionatários, e por aí vai. Clubes bem administrados não precisam desse modelo. Pra quê “dividir lucro” com pessoas de fora?

Quando se tem uma oferta de qualquer investidor, vale analisar:

1- Quanto se oferecerá?

2- Como será o modelo de negócio?

3- Quais serão os profissionais envolvidos na gestão do clube?

4- Qual será o retorno financeiro e quanto tempo levará? E, principalmente,

5- Como se projetará o clube que vender sua SAF depois de encerrado o contrato? Ou seja: contas, patrimônio, posição na tabela, etc..

Insisto: como qualquer corporação, as SAFs precisam ter competência financeira e competência administrativa. Se o grupo investidor não tiver expertise na gestão do futebol, a chance de fracasso é enorme.

– Giovanni Ferrero: a história do italiano mais rico do mundo!

A italiana Ferrero, dona do Kinder Ovo, produziu o italiano mais rico do mundo: Giovanni, que herdou a empresa do seu pai, após o mesmo morrer em um acidente de bicicleta.

Conheça sua história, em: https://exame.com/negocios/bilionario-da-nutella-homem-mais-rico-da-italia-giovanni-ferrero-acumula-fortuna-de-us-43-bilhoes/

O HOMEM MAIS RICO DA ITÁLIA: O BILIONÁRIO DA NUTELLA.

por Marcos Bonfim.

Sem surpresas, Giovanni Ferrero manteve o título de homem mais rico da Itália, posição que conquistou em 2021. O executivo é o chairman da companhia que leva o sobrenome da família e responsável por marcas mundialmente conhecidas como Nutella, Ferrero Rocher, Kinder Bueno e Tic Tac. 

Desde 2018, Ferrero tem aumentado significativamente o valor do seu patrimônio. Os recursos saltaram de US$ 20,6 bilhões para US$ 43 bilhões atualmente, de acordo com levantamento da Forbes, o que equivale a 109% de alta.

Na cotação atual, a fortuna fica em torno de R$ 217 bilhões. Globalmente, os valores colocam o bilionário na 28ª posição entre as pessoas mais ricas.

O que explica a expansão da fortuna de Ferrero

Os números acompanham a evolução da própria Ferrero, companhia que reúne mais de 35 marcas atualmente e está presente em 170 países. O negócio vem colocando em prática um plano que visa tanto a expansão orgânica quanto a partir de aquisições. 

No ano fiscal de 2018, encerrado em agosto, a empresa movimentou uma receita de € 10,7 bilhões quando contabilizava 25 marcas. Em 2023, com dez marcas adicionais, fechou com € 17 bilhões.

No último ciclo de 12 meses, consolidou, por exemplo, as aquisições da americana Wells Enterprises, de sorvetes como Blue Bunny e Blue Ribbon Classics, como estratégia para avançar na América do Norte, e do grupo italiano Fresystem, de produtos de panificação congelados.

A companhia também reportou investimentos de € 811 milhões, principalmente em ativos fixos na Itália, nos Estados Unidos, na Alemanha e em Espanha, para aumentar a capacidade produtiva.

Qual é a história do bilionário

Giovanni faz parte da terceira geração da Ferrero, empresa fundada em 1946 na pequena Alba, uma comuna italiana com uma população estimada em 30 mil habitantes. Os criadores foram os irmãos Pietro e Giovanni Ferrero, responsáveis por transformar uma pequena confeitaria familiar em uma multinacional. 

Ele entrou na empresa ainda jovem e em 1997 assumiu como co-CEO ao lado do irmão Pietro. Sucederam ao pai, Michele Ferrero, que passou a ocupar a posição de diretor executivo. 

A parceria entre a dupla seria encerrada anos mais tarde com a morte precoce de Pietro em um acidente de bicicleta, em 2011. Giovanni seguiu sozinho no comando da empresa até 2017, quando decidiu nomear Lapo Civiletti, executivo na epoca com 13 de companhia, como CEO e passar para a cadeira de diretor executivo do grupo. 

Por dois anos, após a morte do seu pai em 2015, Ferrero ocupou as duas posições, de CEO e chairman. 

Além de comandar o conselho da companhia, o executivo tem o controle majoritário da holding da família, estabelecida em Luxemburgo.

Globalmente, o bilionário ocupa a 28ª posição entre as pessoas mais ricas (Ferrero/Divulgação)

Globalmente, o bilionário ocupa a 28ª posição entre as pessoas mais ricas (Ferrero/Divulgação)

– Os prejuízos das SAFs no Brasil.

Leio que as SAFs constituídas nos últimos dois anos estão tendo prejuízo. A Sports Value, especializada em Administração Financeira no Esporte, fez um levantamento daquelas que estão há mais tempo no mercado (que são: América Mineiro, Bahia, Botafogo e Vasco da Gama; Cruzeiro e Fortaleza não entraram nesse levantamento, pelas particularidades, já que o Cruzeiro SAF foi revendido recentemente por Ronaldo Nazário e o Fortaleza ainda é uma SAF jovem).

Respectivamente, os prejuízos de 2022 e 2023, totalizam para os clubes (em milhões de reais):

América-MG: 21,2 + 22,1 = 43,3

Bahia-BA: 77,8 + 66,0 = 143,8

Vasco-RJ: 88,1 + 123,5 = 211,6

Botafogo-RJ: 248,3 + 101,1 = 349,4

Repare: as 4 principais Sociedades Anônimas de Futebol, em 2 anos, nunca tiveram lucro e acumulam um prejuízo de quase R$ 750 milhões! Ninguém “fechou no azul” até agora.

Eu sei que são projetos a longo prazo, mas sem títulos (e principalmente, sem retorno financeiro), pra quê os investidores terão interesse em fazer tais negócios?

A priori, quem veio ao país comprar um clube de futebol, sabia que a agremiação estava “quebrada” e que poderia pagar barato pelo negócio, revendendo-o com lucro (Ronaldo comprou a SAF do Cruzeiro por 400 milhões e o vendeu por R$ 600 milhões de reais, mas não obteve lucro operacional durante o período). Outra possibilidade era a de ganhar dinheiro com venda de atletas e receitas (o Palmeiras e o Flamengo, que não são SAFs, obtém lucro com isso e estão com contas sanadas devido à competência de sua gestão financeira).

A verdade é: parece um “conto de fadas” a história romantizada de uma SAF, e que imediatamente o clube fica rico e ganha títulos. Nada disso… veja as peculiaridades: quem tem dinheiro para receber, vai fazê-lo aos poucos, com pequenas cotas conforme os aportes financeiros forem feitos. E tem mais: se houver o pedido de recuperação financeira (o novo modelo da antiga “concordata”), esse credor só vai receber alguma coisa depois do período legal da recuperação.

Quer exemplo de tal imbroglio, permitido pela legislação?

O treinador Mano Menezes foi demitido em 2019 pelo Cruzeiro, e ficou com aproximadamente 5 milhões de reais dos salários atrasados e multa rescisória. Com esperança de receber da SAF, ele se animou! Mas… como o Cruzeiro pediu recuperação judicial, ele não verá um tostão por mais dois anos. Ou seja: a dívida de 2019 poderá ser paga a partir de meados de 2026!

Muitos clubes do Brasileirão estão criando SAFs. O Coritiba, por exemplo, é um deles, e aos poucos está se ajustando. Também os pequenos do Interior do Brasil estão buscando tal modelo, mas por estarem com dificuldades financeiras, os valores oferecidos são pequenos e servem apenas para pagar dívidas. América de São José do Rio Preto, Gama do Distrito Federal e tantos outros montaram e já resgataram as SAFs, esperando novos investidores, e continuam na mesma pindaíba.

A verdade é: depois de algum tempo, percebeu-se que as SAFs são como qualquer outra empresa: podem ser bem ou mal geridas, deficitárias ou superavitárias, honestas ou de estelionatários, e por aí vai. Clubes bem administrados não precisam desse modelo. Pra quê “dividir lucro” com pessoas de fora?

Quando se tem uma oferta de qualquer investidor, vale analisar:

1- Quanto se oferecerá?

2- Como será o modelo de negócio?

3- Quais serão os profissionais envolvidos na gestão do clube?

4- Qual será o retorno financeiro e quanto tempo levará? E, principalmente,

5- Como se projetará o clube que vender sua SAF depois de encerrado o contrato? Ou seja: contas, patrimônio, posição na tabela, etc..

Insisto: como qualquer corporação, as SAFs precisam ter competência financeira e competência administrativa. Se o grupo investidor não tiver expertise na gestão do futebol, a chance de fracasso é enorme.

– Minha coluna no Jornal de Jundiaí:

Compartilho minha coluna no JJ, falando sobre a entrevista coletiva de Pedro Mesquita, o homem interessado na SAF do Paulista FC.

Abaixo (ou no site do Jornal de Jundiaí):

– A coletiva do Paulista: os pontos fortes e os pontos fracos.

Com pouquíssimos jornalistas convidados, numa coletiva de imprensa realizada sem divulgação, o interessado em adquirir a SAF do Paulista, o executivo Pedro Mesquita da EXA Capital, e o Presidente do Paulista FC Rodrigo Alves, deram uma entrevista decepcionante.

Eu não esperava outra coisa, infelizmente. Tudo muito subjetivo, com respostas protocolares (e isso eu já esperava, afinal, nada está acertado).

Antes de tudo: sou admirador de Pedro Mesquita, desde o tempo da XP Investimentos, e ele está no papel dele: um honesto negociante. Resta saber se será um bom negócio a ambos. E vamos aos tópicos para entender isso.

Mesquita se apresentou dizendo que a XP, onde trabalhou, fez uma estruturação da SAF do Cruzeiro, deixando o time em sétimo lugar no Brasileirão, com tudo arrumado. Não é bem assim, ele fez a transição financeira, estruturou o negócio, mas não teve uma interferência nos negócios dentro de campo. Quem fez isso foi Ronaldo Nazário. A capacidade de estruturação de Mesquita é notável (lembrou que fez o mesmo trabalho para Botafogo a Textor e do Coritiba ao grupo de Justus). Mas entendamos: eles (as pessoas da XP) não compraram essas SAFs, eles fizeram a captação de investidores. É como um corretor de imóveis: deixa o terreno bonito, pinta o prédio e oferece para alguém de maneira mais valorizada / apresentada.

O que se percebeu, nesses negócios, foi: ele, Pedro, não colocou um centavo na aquisição de jogadores, nem administrou o departamento de futebol. Mas arranjou compradores aos clubes! Inclusive, lembrou que se tiver uma oferta interessante, se o Conselho aprovar e a torcida não rejeitar, não vê problemas em mudar nome ou camisa do clube – e isso vale para o Paulista FC.

Seriam tantas são as perguntas a se fazer… e somente meia hora de entrevista. Faltou gente e/ou oportunidade para fazer algumas perguntas mais pontuais?

“Um investidor só pode ter uma SAF, e escolhemos o Paulista”, disse ele. Na verdade, ele se refere ao controle acionário de equipes, caso compre a SAF. Se for corretagem, não. Você pode oferecer vários times a vários grupos. Aqui, percebe-se: o Paulista será a menina dos olhos dele nessa nova fase, e ele deixou isso bem claro, pois saiu da XP e criou a EXA. É um desafio pessoal reestruturar o Galo, CASO feche o negócio, pois mostrou que toda a negociação está ainda muito crua (em nenhum momento se falou em valores de investimento).

“Não estamos aqui pelo dinheiro, mas pelo Projeto, acrescentou. Aqui, respirei fundo… ninguém rasga dinheiro. Mais à frente ele falou sobre “olhar o todo” e que “não é louco de arriscar dinheiro”. Mas entendamos: é uma fala bonitinha (porém, demagoga em certo ponto). Se for para dar prejuízo, não iria abraçar o projeto, logicamente.

“Teremos 4 meses para avaliar a situação e renegociar dívidas e começar a honrar os compromissos”. Ops: então não há valor fechado mesmo? Primeiro, a auditoria. Se tudo estiver bem, fecha-se o negócio. Ou não, se estiver mal. Afinal, quando eu vou comprar um carro, eu pergunto o preço e preciso avaliar o quanto gastarei em mecânica, funilaria ou outros serviços para tê-lo em ordem, e só aí faço a oferta. De tal forma, fica a dúvida: qual o valor que entrará (se é que vai entrar) para o Paulista? E isso ficou claro: ele NÃO MONTARÁ UM TIME para o Paulista, ele captará interessados para adquirir a SAF. Acrescentou que “não esperem ‘investimentos a torto e a direito’, é um projeto da comunidade, da associação e do torcedor” (acho que já ouvi essa fala antes…).

Lembrou ser um projeto de 10 anos, com metas intermediárias de 3 a 5. Porém, ao dizer que é de 10 anos, ressaltou que não sabe quanto tempo poderá durar, citando a revenda do Cruzeiro ao grupo BH. E para essa empreitada, contará com o ex-jogador Paulo André no Projeto.

O Estádio irá para a SAF. Diferente das outras SAF’s, onde o clube continua gestor do estádio dele, o Jayme Cintra estará envolvido com a compra do investidor. Que não seja o que Pascoal Grassioto um dia tentou fazer com a Lousano…

Sobre as categorias amadoras, quer investir na base, mas dependerá das receitas que entrarem ao time. Não teve valor pontual falado (e isso também não é bom… sou defensor da produção de pé-de-obra, a fim de ganhar dinheiro com a venda).

Muito bom ouvir ele falar em criação de “Conselho Consultivo”. Isso é ótimo, mas… Conselho tem que ter voz ativa, e o Conselho Deliberativo do Paulista FC não tem sido. O Conselho de Gerenciamento da SAF será?

Me chamou a atenção que, a cada pergunta, a todo instante, Pedro Mesquita falou em renegociar as dívidas para diminuir os valores. E disse que não sabia do processo do outro investidor que nunca deu certo, o das “Unhas Cariocas”, quando questionado. Ele mesmo, em certo momento, lembrou que o negócio ainda não está certo.

E por que escolheu o Paulista? Disse que “escolheu o Paulista pelo desafio, pois está numa situação muito ruim”. Disse até que fez questão em escolher “quem tinha muito problema”, para mostrar que consegue resolver. E, claro, pela pujança de Jundiaí e histórico do Paulista.

Quando falou-se de valores e capitação de recursos, como se dará… pediram para encerrar a entrevista.

Enfim: não se sabe quanto investirá, como investirá, e quem gerenciará o futebol. Pareceu-me, repito, um captador de investimentos, e não um adquirente com vontade de permanecer os 10 anos no negócio. Normal, no mundo profissional do futebol-business. Só resta saber se atende aos interesses do Paulista FC.

Trocando em miúdos: penso que é um excelente negociador, buscando um investimento barato, vendendo-o ou repassando após a reestruturação (tipicamente, o que muitas empresas fazem, buscando empresas falidas no mercado e revendendo-as para outros partners).

O link em: https://www.youtube.com/live/ltn3BoIy1Bk?si=oaGoQq2Bb3wc9TrB

– Quem é Pedro Mesquita, o suposto comprador da SAF do Paulista.

Tudo ainda incerto! E cautela, em se tratando de Paulista FC… (especialmente em ano eleitoral, lembremos há 2 anos do rapaz das Unhas Carioca).

Digo isso pois algo que parece muito bom (e que se concretize, se for uma boa ao Galo), surge na imprensa: a possível compra de 90% da SAF do Paulista FC pela EXA Capital, do executivo Pedro Mesquita, ex-homem forte da XP Investimentos.

Repare: TUDO está no condicional.

Primeiro: somente um veículo noticiou essa aquisição, o Valor Econômico, na coluna Pipeline. TODOS os outros reproduziram a mesma matéria. Não houve matéria de outro órgão, nem a manifestação do Paulista.

Segundo: Na matéria citada (https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/exa-de-pedro-mesquita-compra-o-clube-de-futebol-paulista-de-jundiai.ghtml, por Maria Luiza Filgueiras), há a seguinte informação: haverá diligência de 4 meses na agremiação. Ou seja: teremos uma auditoria no clube, a fim de saber quanto deve, quanto tem que receber, como é administrado e, especialmente, quanto vale. 

Terceiro: Ninguém compra um clube sem saber da sua vida financeira. Assim, não se tem valores, duração do contrato da SAF ou algo que o valha. Fica a questão: quando se tiver uma varredura nas contas do Paulista, o quanto se poderá oferecer para a compra dos 90% da SAF?

Quarto: A EXA não é uma fábrica, um galpão, uma indústria. É um escritório de oportunidades com literalmente “meia dúzia de ‘Farialimers‘ trabalhando nele”. São pessoas do mercado financeiro, ninguém do Mundo da Bola. Eles não tem funcionários prontos para assumir a gestão de um clube de futebol. Terão que ir ao mercado contratar mão-de-obra. Ou alguém acha que deixarão a mesma estrutura atual?

Quinto: Pedro Mesquita foi quem intermediou pela XP Investimentos (uma empresa da área financeira que visa oportunidades, onde ele trabalhava) para que Ronaldo Nazário comprasse o Cruzeiro, que estava falido. Recentemente, ele deixou a XP e montou a sua própria empresa, a EXA, e buscou parceiros para intermediar investidores na Liga Forte Futebol (uma das ligas que existe no futebol brasileiro). O Paulista será sua primeira “empresa de futebol”, porque não tem expertise na área.

Sexto: Sabidamente, esse tipo de negócio ocorre desde os tempos da XP envolvendo empresas quebradas, em recuperação judicial, onde se compra por um valor simbólico a troco de dívidas; por estar no fundo do poço, qualquer coisa que se faça é positiva e, recuperada, se vende garantido o lucro. O Paulista seria revendido futuramente (como o próprio Ronaldo fez ao Pedrinho do BH)?

Sétimo: Todo negócio há de se ter um planejamento financeiro e estratégico. Assim, por que a EXA investiria milhões (supondo-se esse valor, pois não se sabe nada), em um time da 5ª divisão regional, com calendário de 3 meses, sem estar em Campeonato Nacional? É um negócio (aparentemente e na suposição) excelente demais ao Paulista FC e péssimo ao extremo ao investidor (e cá entre nós: esse pessoal não rasga dinheiro). Portanto: aguardemos os valores, condições, propósitos e a confirmação (nem o Paulista e nem a EXA confirmaram isso até agora, 16h30, e a notícia foi de um único post de coluna financeira).

Torço para que o Paulista se enriqueça, mas gostaria sinceramente de clareza, transparência, números e demais dados para poder dizer se é uma boa ou uma fria. Vide a 777 no Vasco da Gama…

ATUALIZAÇÃO: O PAULISTA FC PUBLICOU ÀS 18H00 QUE ASSINOU UM DOCUMENTO DE INTENÇÃO, E QUE NEGOCIA HÁ MAIS DE UM ANO COM PEDRO MESQUITA.

– E se o futebol tivesse mais ESG?

Cada vez mais as empresas se preocupam com práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (O ESG, que significa, em ingês: Environmental, Social and Governance). A sociedade, a reboque, também.

No futebol, um universo dito muitas vezes “paralelo” à realidade do mundo, o ESG é esquecido. E se não fosse? Como alguns dirigentes de clubes brasileiros se comportariam?

Compartilho esse ótimo artigo, extraído de: https://istoedinheiro.com.br/e-se-o-futebol-tivesse-mais-esg/

E SE O FUTEBOL TIVESSE MAIS ESG?

Fim do recesso do Brasileirão 2024 por causa da tragédia climática no Rio Grande do Sul, tempo de boas e profundas reflexões sobre ESG.

Haveria algo em comum entre os episódios recorrentes de racismo nos jogos da Copa Libertadores de América, o descaso pelo fair play financeiro entre clubes brasileiros e as investigações de manipulação de resultados em todo o mundo?

Sim, há. Se tivessem ocorrido numa empresa com ESG, os três casos seriam tratados hoje como impactos sociais (S) e de governança (G.)Exigiriam atenção especial, planos de ação e investimentos para controlar potenciais riscos operacionais, financeiros e reputacionais.

Anima-me pensar nos benefícios de uma lógica ESG aplicada a segmentos como o futebol. Não tenho dúvidas de que faria a diferença para melhor. Cuidados socioambientais, ativismo de causas públicas e políticas de proteção da ética e da transparência costumam gerar valor para todas as partes interessadas de um negócio. Investidores de SAFs, patrocinadores de camisas e transmissões, reguladores, jogadores, torcedores, trabalhadores do setor e sociedade só teriam a ganhar com uma gestão mais responsável, compliance financeiro, redução de emissões de carbono, regras anticorrupção e respeito à diversidade.

O futebol seria melhor se os clubes fossem melhores “para” o mundo. E embora esta seja uma bandeira de valor claro no século 21, ela ainda contrasta com uma velha cultura regida pela máxima de ser “o melhor do mundo” e que aceita, em nome da glória das taças, a “ética do resultado a qualquer custo” – isso significa, na prática, triunfar até mesmo contra a justiça desportiva, beneficiando-se de circunstâncias que desvirtuam as normas do jogo, desequilibram a competição e prejudicam o adversário.

A noção implícita no “ganhar a qualquer custo” – contrária ao que propõe o ESG – explica a maioria dos desvios éticos no futebol. Em sua defesa, torcedores e dirigentes aceitam, sem crítica, o juiz que erra a favor do seu clube ou ocraque que burla a regra e ainda ironiza o adversário. Normalizam atitudes que desabonam o fair play financeiro, algo que não fariam em suas próprias casas. E aceitam contratar jogadores caros, sem receitas previstas para o salário.

“Anima-me pensar nos benefícios de uma lógica ESG aplicada a segmentos como o futebol. Não tenho dúvidas que faria a diferença para melhor”

Sob a justificativa complacente de que a “cultura do futebol” tem uma moral própria, divertem-se com os refrões homofóbicos de torcidas e engrossam as vistas aos gritos racistas, mesmo sabendo que eles ferem leis e regulamentos. Passam pano para o estupro praticado por ex-craques perversos. Naturalizam a corrupção das empresas de apostas e o ato criminoso de jogadores venais que manipulam resultados de jogos –neste momento, o meia Lucas Paquetá, do West Ham, está sob investigação da Premier League inglesa por “forçar” cartões amarelos.

A bola que entra no gol não pode tudo, ensina o ESG. Existe um contexto de responsabilidades que não está separado do que acontece antes, durante e depois do jogo.

Para quem quer melhorar a gestão do futebol, recomendo começar com quatro medidas básicas de ESG.

(1) Compense o carbono emitido em jogos e treinamentos, recicle resíduos nos estádios, utilize energia renovável, implante um sistema de reuso de água;
(2) Estabeleça um programa de compliance, com auditoria, canal de denúncias e códigos de conduta para evitar desde os assédios aos deslizes financeiros;
(3) Apoie com ações socioeducacionais a base de formação dos profissionais, o elo mais frágil de sua cadeia de valor; e
(4) Utilize o vínculo com torcedores e a exposição na mídia para “educar” stakeholders para causas como a solidariedade, diversidade, economia circular e mudanças climáticas.

Ricardo Voltolini é CEO da Ideia Sustentável, fundador da Plataforma Liderança com Valores, mentor e conselheiro de sustentabilidade

Ricardo Voltolini: “A bola que entra no gol não pode tudo, ensina o ESG” (Crédito:Divulgação)

– Corinthians, Vai de Bet e Juca Kfouri.

A história de um Laranja na intermediação do contrato do patrocinador master do Corinthians é uma vergonha. Como tais práticas ainda são feitas sem nenhum pudor?

Para quem não viu a história completa, está em: https://www.youtube.com/watch?v=hA1XfB_tOrU

– Corinthians, Vai de Bet e Juca Kfouri.

A história de um Laranja na intermediação do contrato do patrocinador master do Corinthians é uma vergonha. Como tais práticas ainda são feitas sem nenhum pudor?

Para quem não viu a história completa, está em: https://www.youtube.com/watch?v=hA1XfB_tOrU

– As receitas dos clubes e a falta de gestão qualificada.

Quem pode, pode. Mas tem muito clube não podendo…

As receitas dos clubes em 2023 (extraído de Sports Value, pelo consultor em finanças do esporte Amir Somoggi), abaixo, mostram: há ótima arrecadação, mas a gestão desse dinheiro (por exemplo: gastar mal) faz com que os times estejam sempre na pindaíba…

Vide quanto “grandão” arrecadando menos que emergente:

1. Flamengo: US$ 280 milhões,
2. Corinthians: US$ 191 milhões,
3. Palmeiras: US$ 185 milhões,
4. São Paulo: US$ 139 milhões,
5. Athletico Paranaense: US$ 104 milhões,
6. Red Bull Bragantino: US$ 100 milhões,
7. Fluminense: US$ 98 milhões,
8. Grêmio: US$ 95 milhões,
9. Atlético Mineiro: US$ 90 milhões,
10. Santos: US$ 87 milhões,
11. Internacional: US$ 86 milhões,
12. Botafogo: US$ 79 milhões,
13. Vasco da Gama: US$ 74 milhões,
14. Fortaleza: US$ 53 milhões,
15. América Mineiro: US$ 38 milhões,
16. Bahia: US$ 36 milhões,
17. Cuiabá: US$ 29 milhões,
18. Ceará: US$ 27 milhões,
19. Coritiba: US$ 20 milhões,
20. Goiás: US$ 20 milhões.

Se convertemos em reais, Flamengo e Corinthians arrecadaram mais de 1 bilhão no último ano (receitas são: patrocínios, arrecadação de prêmios por vitória, direitos de transmissão, comercialização de produtos, bilheterias e venda de jogadores). Entretanto, as despesas podem ou não ser proporcionais: vejam os salários tão altos que são pagos a alguns atletas: Igor Coronado, do Timão, recebe mais de R$ 1,5 mi mensalmente e quase não joga.

Por outro lado, há clubes com contas equilibradas: destaque-se o próprio Flamengo, o Palmeiras e até o Red Bull Bragantino (as despesas estão em dia, não são tão altas quanto aos dos seus co-irmãos, e ganham muito dinheiro com jogadores negociados e marketing).

Aqui, vale a seguinte verdade: não adianta ter competência financeira se não existir competência administrativa, e ela só é obtida através de responsabilidade dos gestores.

O problema passa a ser: se discutimos a existência de craques no futebol brasileiro dentro de campo, precisamos também questionar: existem craques para dirigir administrativamente os clubes? E a resposta é: não!

Por mais que desejemos bons administradores, falta gente gabaritada. Por exemplo: qual Diretor de Futebol de qualquer clube brasileiro pode falar com um treinador sobre esquema tático, característica de jogador e outras nuances, a fim de debater sobre a necessidade de contratação de reforços? Não vejo um! Eles ouvem nomes, oferecem alternativas oferecidas por empresários, mas não tem poder de contestar o técnico pois não tem know-how para isso. Talvez somente Muricy Ramalho e Paulo Autuori, por terem trabalhado nessa função, conseguiriam (mas exercem outros cargos em suas agremiações).

Com a chegada das SAFs, pensou-se que esse cenário mudaria, mas isso não ocorreu; afinal, onde estão esses profissionais? As próprias empresas que assumiram os clubes não conseguem arranjar esse tipo de mão de obra, e para trazer estrangeiros, haveria de mudar a filosofia e a cultura do Brasil, o que não é tão fácil, cá entre nós. Talvez esse caos esteja surtindo efeito contrário: vide o Vasco da Gama, que perdeu a gestão da 777 na Justiça, ou Ronaldo Nazário, que vendeu sua participação do Cruzeiro.

Falta muita coisa para melhorar a gestão do futebol no Brasil…

– A 777, dona do Vasco SAF, vê os torcedores do Standard Liege impedirem o time de entrar em campo.

A 777, dona do Vasco da Gama e de outras equipes de futebol mundo afora, parece que realmente não é do ramo esportivo.  

Eis que na Bélgica, os torcedores do Standard Liege (um dos clubes do grupo) cercou o ônibus da equipe e provocou um WO do seu próprio time. Motivo: exigem a saída da 777 da gestão da agremiação.

Sorte que a Federação Belga remarcou o jogo, e o WO não foi configurado…

Abaixo, extraído de: https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2024/05/10/jogo-de-clube-da-777-na-belgica-e-adiado-por-protesto-de-torcedores-que-pedem-saida-da-empresa.ghtml

JOGO DE CLUBE DA 777 NA BÉLGICA É ADIADO POR PROTESTOS DE TORCEDORES

Torcedores do Standard Liege, da Bélgica, impediram que o clube jogasse na tarde desta sexta-feira pelo campeonato nacional do país contra o Westerlo. O grupo exige que a 777, empresa americana que comanda o clube há dois anos, deixe a administração da instituição imediatamente.

A 777, que controla o futebol do Vasco no Brasil, está em rota de colisão com torcedores da equipe belga. Na tarde desta sexta, um grupo impediu que o ônibus com os jogadores chegasse ao estádio Sclessin, onde o Standard Liege enfrentaria Westerloo pela primeira divisão do Campeonato da Bélgica. A torcida bloqueou a saída do veículo do centro de treinamento para o local onde o jogo seria realizado.

— Vivemos os momentos mais sombrios da história do clube! Esta sociedade mafiosa que consiste em fazer circular fluxos financeiros de uma empresa para outra sem nunca investir no bom funcionamento destas, é hoje forçada pelas suas ações fraudulentas e o resultado é implacável — diz um comunicado da torcida à imprensa local.

Os torcedores afirmam ainda que o clube deve ser vendido novamente para investidores locais ao invés de empresas estrangeiras. Segundo a imprensa, muitos temem por um rebaixamento, algo que não pode mais acontecer nessa temporada e até mesmo pela falência do clube a longo prazo.

Na última sexta-feira, o fundo inglês Leadenhall Capital Partners entrou com processo na Justiça dos Estados Unidos contra a 777, dona do futebol do Vasco e do Standard Liege, por dar como garantia de empréstimo ativos no valor total de US$ 350 milhões (R$ 1,8 bilhão) que não lhe pertenciam ou que já haviam sido oferecidos como garantia a outras empresas. Um dos pontos centrais do documento diz respeito ao processo decisório da 777. De acordo com o fundo inglês, o grupo que atualmente comanda o Vasco é controlado por outra empresa americana, a A-CAP. Isso acontece, segundo a ação, porque o fundo de Josh Wander deve mais de US$ 2 bilhões (R$ 10,1 bilhões) à A-CAP.

Protestos de torcedores do Standard Liege contra a 777 Partners — Foto: Bruno Fahy / AFP

Foto: Bruno Fahy – AFP

– A 777, dona do Vasco SAF, vê os torcedores do Standard Liege impedirem o time de entrar em campo.

A 777, dona do Vasco da Gama e de outras equipes de futebol mundo afora, parece que realmente não é do ramo esportivo.  

Eis que na Bélgica, os torcedores do Standard Liege (um dos clubes do grupo) cercou o ônibus da equipe e provocou um WO do seu próprio time. Motivo: exigem a saída da 777 da gestão da agremiação.

Sorte que a Federação Belga remarcou o jogo, e o WO não foi configurado…

Abaixo, extraído de: https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2024/05/10/jogo-de-clube-da-777-na-belgica-e-adiado-por-protesto-de-torcedores-que-pedem-saida-da-empresa.ghtml

JOGO DE CLUBE DA 777 NA BÉLGICA É ADIADO POR PROTESTOS DE TORCEDORES

Torcedores do Standard Liege, da Bélgica, impediram que o clube jogasse na tarde desta sexta-feira pelo campeonato nacional do país contra o Westerlo. O grupo exige que a 777, empresa americana que comanda o clube há dois anos, deixe a administração da instituição imediatamente.

A 777, que controla o futebol do Vasco no Brasil, está em rota de colisão com torcedores da equipe belga. Na tarde desta sexta, um grupo impediu que o ônibus com os jogadores chegasse ao estádio Sclessin, onde o Standard Liege enfrentaria Westerloo pela primeira divisão do Campeonato da Bélgica. A torcida bloqueou a saída do veículo do centro de treinamento para o local onde o jogo seria realizado.

— Vivemos os momentos mais sombrios da história do clube! Esta sociedade mafiosa que consiste em fazer circular fluxos financeiros de uma empresa para outra sem nunca investir no bom funcionamento destas, é hoje forçada pelas suas ações fraudulentas e o resultado é implacável — diz um comunicado da torcida à imprensa local.

Os torcedores afirmam ainda que o clube deve ser vendido novamente para investidores locais ao invés de empresas estrangeiras. Segundo a imprensa, muitos temem por um rebaixamento, algo que não pode mais acontecer nessa temporada e até mesmo pela falência do clube a longo prazo.

Na última sexta-feira, o fundo inglês Leadenhall Capital Partners entrou com processo na Justiça dos Estados Unidos contra a 777, dona do futebol do Vasco e do Standard Liege, por dar como garantia de empréstimo ativos no valor total de US$ 350 milhões (R$ 1,8 bilhão) que não lhe pertenciam ou que já haviam sido oferecidos como garantia a outras empresas. Um dos pontos centrais do documento diz respeito ao processo decisório da 777. De acordo com o fundo inglês, o grupo que atualmente comanda o Vasco é controlado por outra empresa americana, a A-CAP. Isso acontece, segundo a ação, porque o fundo de Josh Wander deve mais de US$ 2 bilhões (R$ 10,1 bilhões) à A-CAP.

Protestos de torcedores do Standard Liege contra a 777 Partners — Foto: Bruno Fahy / AFP

Foto: Bruno Fahy – AFP

– Turno 2: Gestão.

Turno 2 de 3 – Nessa tarde, pelo Sebrae, estivemos na Penitenciária Nilton Silva, falando sobre Gestão aos reeducando daquela unidade.

Somente com a Educação e bons valores que conseguiremos um Brasil melhor!

🖊️ #Educação

– O sino do emprego!

Estivemos hoje em Itu, no Senai (em parceria com o Sebrae) falando de Gestão. Um local que inspira inteligência, e que tem esse simpático “sino do emprego” aos alunos – que já saem daqui contratados.

Fantástico. Que todo lugar tivesse essa excelência


#Educação

– Ensinar é um prazer.

Estivemos em Bragança Paulista nessa manhã, falando sobre Gestão e MEI aos comerciantes locais, em nome do Sebrae.

Feliz pela confiança. Estupefato pelo carinho dos alunos.

🖊️ #EDUCAÇÃO

– As receitas dos clubes e a falta de gestão qualificada.

Quem pode, pode. Mas tem muito clube não podendo…

As receitas dos clubes em 2023 (extraído de Sports Value, pelo consultor em finanças do esporte Amir Somoggi), abaixo, mostram: há ótima arrecadação, mas a gestão desse dinheiro (por exemplo: gastar mal) faz com que os times estejam sempre na pindaíba…

Vide quanto “grandão” arrecadando menos que emergente:

1. Flamengo: US$ 280 milhões,
2. Corinthians: US$ 191 milhões,
3. Palmeiras: US$ 185 milhões,
4. São Paulo: US$ 139 milhões,
5. Athletico Paranaense: US$ 104 milhões,
6. Red Bull Bragantino: US$ 100 milhões,
7. Fluminense: US$ 98 milhões,
8. Grêmio: US$ 95 milhões,
9. Atlético Mineiro: US$ 90 milhões,
10. Santos: US$ 87 milhões,
11. Internacional: US$ 86 milhões,
12. Botafogo: US$ 79 milhões,
13. Vasco da Gama: US$ 74 milhões,
14. Fortaleza: US$ 53 milhões,
15. América Mineiro: US$ 38 milhões,
16. Bahia: US$ 36 milhões,
17. Cuiabá: US$ 29 milhões,
18. Ceará: US$ 27 milhões,
19. Coritiba: US$ 20 milhões,
20. Goiás: US$ 20 milhões.

Se convertemos em reais, Flamengo e Corinthians arrecadaram mais de 1 bilhão no último ano (receitas são: patrocínios, arrecadação de prêmios por vitória, direitos de transmissão, comercialização de produtos, bilheterias e venda de jogadores). Entretanto, as despesas podem ou não ser proporcionais: vejam os salários tão altos que são pagos a alguns atletas: Igor Coronado, do Timão, recebe mais de R$ 1,5 mi mensalmente e quase não joga.

Por outro lado, há clubes com contas equilibradas: destaque-se o próprio Flamengo, o Palmeiras e até o Red Bull Bragantino (as despesas estão em dia, não são tão altas quanto aos dos seus co-irmãos, e ganham muito dinheiro com jogadores negociados e marketing).

Aqui, vale a seguinte verdade: não adianta ter competência financeira se não existir competência administrativa, e ela só é obtida através de responsabilidade dos gestores.

O problema passa a ser: se discutimos a existência de craques no futebol brasileiro dentro de campo, precisamos também questionar: existem craques para dirigir administrativamente os clubes? E a resposta é: não!

Por mais que desejemos bons administradores, falta gente gabaritada. Por exemplo: qual Diretor de Futebol de qualquer clube brasileiro pode falar com um treinador sobre esquema tático, característica de jogador e outras nuances, a fim de debater sobre a necessidade de contratação de reforços? Não vejo um! Eles ouvem nomes, oferecem alternativas oferecidas por empresários, mas não tem poder de contestar o técnico pois não tem know-how para isso. Talvez somente Muricy Ramalho e Paulo Autuori, por terem trabalhado nessa função, conseguiriam (mas exercem outros cargos em suas agremiações).

Com a chegada das SAFs, pensou-se que esse cenário mudaria, mas isso não ocorreu; afinal, onde estão esses profissionais? As próprias empresas que assumiram os clubes não conseguem arranjar esse tipo de mão de obra, e para trazer estrangeiros, haveria de mudar a filosofia e a cultura do Brasil, o que não é tão fácil, cá entre nós. Talvez esse caos esteja surtindo efeito contrário: vide o Vasco da Gama, que perdeu a gestão da 777 na Justiça, ou Ronaldo Nazário, que vendeu sua participação do Cruzeiro.

Falta muita coisa para melhorar a gestão do futebol no Brasil…