Coisas que eu não entenderei: na Cop 30, fala-se em “Racismo Ambiental”!
Eu defendo o Meio Ambiente, lógico. Mas alguns termos / vocábulos / expressões, cá entre nós, são mal formulados.
Qual “raça” é a Ecologia para receber tal qualificação?

Coisas que eu não entenderei: na Cop 30, fala-se em “Racismo Ambiental”!
Eu defendo o Meio Ambiente, lógico. Mas alguns termos / vocábulos / expressões, cá entre nós, são mal formulados.
Qual “raça” é a Ecologia para receber tal qualificação?

Não quero ser pessimista, mas “não boto fé” na COP 30.
Muitas narrativas, nada de sinceridade. Por exemplo: a questão da Ferrogrão e da exploração do petróleo do Amapá: dependendo de quem é a narrativa, pode ou não pode!
Não gosto de demagogia, de ideologia alguma…
Não quero ser pessimista, mas “não boto fé” na COP 30.
Muitas narrativas, nada de sinceridade. Por exemplo: a questão da Ferrogrão e da exploração do petróleo do Amapá: dependendo de quem é a narrativa, pode ou não pode!
Não gosto de demagogia, de ideologia alguma…
Você moraria em Nova Délhi, na Índia?
Eu, confesso, não tenho interesse turístico pelo país, tão diferente. Não me atrai a cultura e outras nuances.
E com essa matéria sobre a poluição…
Que o nosso velho e hoje mal amado planeta Terra anda caidaço, em termos ambientais, isso não é mais segredo nem para quem não acredita ou finge não …
Continua no Original em: QUANDO A UNIÃO DÁ CERTO

Quando eu era um garotinho, dia 21 de setembro sempre era um dia importante: o Dia da Árvore!
No primário, em todos os anos tínhamos aulas especiais e plantávamos alguma mudinha de qualquer coisa que fosse. Mas hoje, confesso que não li nem ouvi ninguém falando nada…
Está tudo virando concreto?
Imagem extraída da Web, de “Mimos em Carinhos pra você”.
Nossas casas, todas elas, são importantes:
O Dia Internacional do Biodiesel chama atenção para o papel dessa energia renovável e para as inovações que estão mudando a forma como nos movemos e …
Continua em: Dia internacional do biodiesel e a importância da sustentabilidade

Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado anualmente em 5 de Junho e tem como objetivo promover atividades de proteção e preservação do meio ambiente…
Continua em: Dia Mundial do Meio Ambiente

🌎 Inovação e sustentabilidade se unem para enfrentar a crise climática 💡♻️ #CriatividadeSustentável #TecnologiaVerde #linkezine O post Inovar para …
Artigo no link em: Inovar para preservar: o futuro exige criatividade sustentável

No dia 22 de maio comemoramos o Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para …
Continua em: Biodiversidade – Diversidade Biológica
Texto original em:
Plastic pollution pushing Earth past all nine planetary boundaries: Report

por Reinaldo Oliveira
A Câmara Municipal de Itupeva sediou, na noite do dia 7 de maio, das 19h às 21h, momentos de reflexão sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2025: “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que era tudo muito bom” (Gn 1,31).
Promovido pela Pastoral Fé e Política e coordenada pelo coordenador paroquial da Pastoral, Reinaldo Oliveira, reuniu autoridades, agentes de pastorais e movimentos, Cristãos leigos e leigas das paróquias de Itupeva, neste momento de diálogo, conscientização e compromisso com a preservação ambiental.
A solene mesa dos trabalhos foi composta pelo presidente da Câmara, vereador Marcão Marchi, pelo prefeito Rogério Cavalin, pelo padre Fabio Ricardo Gentili e pela coordenadora da Pastoral da Ecologia, Luciana Dogo. Também presente o vice-prefeito Isaque Messias, os vereadores Ezequiel Alves de Oliveira, Cesar Farali, Chicão do Direto, Primo do Hortência, Josi Moura, Secretários e Secretárias Municipais, coordenadores e funcionários públicos, entidades da sociedade civil – Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Mata Ciliar Jundiaí e outras lideranças.
Fez parte da abertura dos trabalhos a execução do Hino Nacional Brasileiro, Hino de Itupeva, fala das autoridades, canto do Hino da Campanha da Fraternidade, proclamação de leitura bíblica, pelo diácono Ademir Blanco e exortação da Palavra, pelo padre Fábio Ricardo Gentili, que motivou o público para ações concretas em favor da ecologia integral.
Seguindo a apresentação do tema e do lema, o seminaristsa João Vítor Delpoio, à luz do texto–base da Campanha fez uma profunda explanação sobre a importância de integrar espiritualidade, justiça social e cuidado ambiental na vida cotidiana. Ele ressaltou entre outros pontos, a necessidade de conversão ecológica proposta pela igreja, a atual crise ambiental global e a missão dos cristãos de atuar em defesa da casa comum, da justiça ecológica inspirados pelo espírito de fraternidade e amor à vida.
Ele ainda ressaltou que a Campanha da Fraternidade é a mais longeva campanha realizada no Brasil, que ao longo de mais de seis décadas de existência, esta é a oitava vez que o tema fala sobre meio ambiente e ecologia, que essa 61ª edição está inserida no contexto dos 10 anos da Encíclica Lauto SI, dos 800 Anos do Cântico das Criaturas, composto por São Francisco de Assis e da realização da COP-30 no Brasil, reforçando a urgência mobilização da sociedade em escala planetária.
Após a explanação feita pelo João Vitor, o coordenador paroquial da Pastoral, Reinaldo Oliveira, em nome da Diocese de Jundiaí, ali representada pela paróquias São Sebastião e São Vicente de Paulo, agradeceu a recepção e acolhida naquela Casa de Leis, esperando ampliar ainda mais este espaço para outros temas que sejam de relevante interesse social para a população.
No encerramento do evento todos foram convidados, em pé, a fazer a Oração da Campanha da Fraternidade 2025, seguido da bênção final ministrada pelo padre Fábio e diácono Ademir.
(Crédito das fotos: Divulgação da CMI)
Olhe só que iniciativa ecologicamente perfeita: para preservar a beleza de um entardecer, a Cervejaria Corona comprou um terreno para que o sol da tarde seja refletido na areia da praia.
Compartilho, extraído de: https://www.linkedin.com/posts/maiteschneider_a-corona-comprou-um-terreno-a-beira-mar-activity-7321048939497947136-V2kq/
CORONA NA PRAIA DA PIEDADE
por Maitê Schneider
A Corona comprou um terreno à beira-mar na Praia de Piedade, em Pernambuco, mas ao contrário do que muitos pensam, não é para construir nada. A ideia é justamente o oposto: impedir novas construções que bloqueiem a luz do sol e preservar a vista natural da praia.
A ação faz parte da comemoração do aniversário de 100 anos da marca, e com isso a Corona está lançando a primeira Reserva Solar da história. Além disso, a campanha global ganhou o nome de “Protect Paradise”, reforçando o compromisso da marca com a preservação ambiental.
Desequilíbrio ambiental é isso aqui: os Pirarucus estão deixando de ser um peixe exótico da Amazônia e desequilibrando o habitat dos lagos e rios do Sudeste Brasileiro.
🚜💥 O uso de hidrogênio verde para fabricar fertilizantes gerou tensão entre governo e associações do setor. Com R$ 18 bilhões em subsídios na mesa,…
Original em: Fertilizantes verdes e hidrogênio: ruído entre governo e associações expõe tensão sobre subsídios

O Brasil avança na economia verde com três projetos aprovados pelo CZPE: produção de hidrogênio verde no Piauí, refinaria de biocombustíveis no …
Continua em: Investimentos Bilionários Impulsionam a Economia Verde no Nordeste

Estresse Térmico: O Perigo Invisível das Temperaturas Extremas CapCut_TTS_Ana_D20250225_T002316 O corpo humano precisa manter uma temperatura interna…
Continua em: Estresse Térmico: O Perigo Invisível das Temperaturas Extremas

Some but not all rhino species are endangered. Black rhinos, Javan rhinos, Northern white rhinos (a subspecies of white rhinos), and Sumatran rhinos …
Continua em: Let’s save the wildlife – Rhinos (Rhinocerotidae)

Com o avanço da crise climática e o aquecimento global ameaçando ecossistemas e comunidades ao redor do mundo, a geoengenharia surge como uma …
Continua em: Crise Climática: A Geoengenharia é a Solução ou um Risco para o Planeta?

A COP29, conferência global sobre mudanças climáticas realizada em Baku, no Azerbaijão, foi prorrogada neste sábado (23) diante de um impasse crucial…
Continua em: Prorrogação da COP29: Impasse no Financiamento e Protestos de Países Pobres Marcam o Evento

Pobre cidade de Salto…
Olhe como está o Rio Tietê, em: https://youtu.be/UbmNbbCZDP0?si=2HH_igR62z34O7Tt
Pequenas mudanças no dia a dia trazem impactos grandes na preservação do meio ambiente, por isso, aprenda práticas simples e sustentáveis que pode …
Original em: Como adotar práticas sustentáveis em casa: dicas para iniciantes

Terminamos a preparação e monitoria da aula de Gestão Ambiental e Responsabilidade Social, via EAD, pela Faculdade de Direito de Itu. Que ótimo conteúdo aos nossos alunos.
Tal disciplina me faz crer que estamos no caminho certo. Me orgulho desses desafios.
por Reinaldo Oliveira.
A natureza é caprichosa e mostra à sua maneira, para os humanos, as agressões sofridas.
Sempre lança alerta, como os de agora, com os desequilíbrios climáticos; mas os humanos estão surdos, cegos e indiferentes aos seus alertas.
Na imagem feita no dia 22 de setembro, do Rio Jundiaí, em Itupeva/SP, quando do encontro de sua água com a de um afluente que nele deságua, fica claro, pela coloração, o quanto está poluído.
Recentemente ele recebeu nova classificação, devido a execução de um projeto bem sucedido de despoluição, favorecendo, via outorga, que cidades da Região Metropolitana de Jundiaí, façam captação de sua água para consumo.
Entretanto, da divisa de Jundiai entrando no terreno de Itupeva, o despejo de resíduos, a degradação ambiental e grave, deixando sua comprometida, conforme mostra a imagem.
Necessário e urgente que sejam planejadas ações, pelos orgãos de controle e fiscalização, para que melhore o equilíbrio ambiental e sua água volte a uma qualidade melhor.
Mas minhas aulas na Universidade, em Governança Corporativa, falo de Sustentabilidade.
Nos meus cursos de Empreendedorismo e Gestão, ressalto a Sustentabilidade.
Eu não sou fã do Pablo Marçal, mas ele foi muito bem ao responder com questionamento essa pergunta muito mal formulada sobre o assunto:
(Na sabatina da Isto É): https://youtu.be/E3Oe-ot1tuw?si=02gZdbCdTThpRnHX)
Como é viver num local de ar puro e natureza verde, como o Pantanal, e em poucos dias aquela localidade estar 25 vezes mais poluída do que o aceitável?
Vem logo, chuva.
Dez minutos estacionado. Quando eu voltei… o carro todo sujo da fuligem da queimada!
Tá difícil até pra respirar…

O Papa Francisco divulgou, dias atrás, um documento em preparação ao Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação – um movimento que engloba diversas crenças em prol da criação.
Nesse documento, voltado especificamente para os cristãos, vemos a conscientização de cuidarmos da criação.
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE, PAPA FRANCISCO, PARA A CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO.
1 de setembro de 2024 – Espera e age com a criação
Queridos irmãos e irmãs!
“Espera e age com a criação”: é este o tema do Dia de Oração pelo Cuidado da Criação, que se realizará no próximo 1 de setembro. Refere-se à Carta de São Paulo aos Romanos 8, 19-25. O Apóstolo, ao esclarecer o significado de viver segundo o Espírito, concentra-se na esperança firme da salvação pela fé, que é vida nova em Cristo.
1. Comecemos, pois, por uma pergunta simples, mas que poderia não ter uma resposta óbvia: quando realmente acreditamos, como é que temos fé? Não é tanto porque “acreditamos” em algo transcendente e incompreensível para a nossa razão, ou seja, o mistério inacessível de um Deus distante e longínquo, invisível e inominável. Antes, é porque o Espírito Santo habita em nós, como diria São Paulo. Sim, somos cristãos porque o próprio Amor de Deus foi «derramado nos nossos corações» ( Rm 5, 5). Por isso, o Espírito é agora, verdadeiramente, a «garantia da nossa herança» ( Ef 1, 14), como uma “pro-vocação” a vivermos sempre inclinados para os bens eternos, segundo a plenitude da humanidade bela e boa de Jesus. O Espírito torna os fiéis criativos, proativos na caridade. Coloca-os num grande caminho de liberdade espiritual, não isento da luta entre a lógica do mundo e a do Espírito, que têm frutos opostos entre si ( Gl 5, 16-17). Como sabemos, o primeiro fruto do Espírito, síntese de todos os outros, é o amor. Assim, guiados pelo Espírito Santo, os que acreditam são filhos de Deus e podem dirigir-se a Ele tal como Jesus, chamando-lhe «Abbá, ó Pai» ( Rm 8, 15), na liberdade de quem já não recai no medo da morte, porque Jesus ressuscitou dos mortos. Eis a grande esperança: o amor de Deus venceu, vence sempre e vencerá de novo. Apesar da morte física, o destino de glória já está garantido para o homem novo que vive no Espírito. Esta esperança não desilude, como também nos recorda a Bula de proclamaçãodo próximo Jubileu [1].
2. A existência do cristão é vida de fé, laboriosa na caridade e transbordante de esperança, enquanto aguarda o regresso do Senhor na sua glória. E a “demora” da parusia, da sua segunda vinda, não causa qualquer problema. A questão é outra: «quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?» (Lc 18, 8). Sim, a fé é um dom, fruto da presença do Espírito em nós, mas é também uma tarefa, a realizar em liberdade, na obediência ao mandamento do amor de Jesus. Eis, aqui, a feliz esperança que deve ser testemunhada! Onde? Quando? Como? No interior dos dramas da carne humana que sofre. E se alguém sonha, então que sonhe com os olhos abertos, animados por visões de amor, fraternidade, amizade e justiça para todos. A salvação cristã entra no âmago da dor do mundo, que não atinge apenas o ser humano, mas todo o universo, a própria natureza, o oikos do homem, o seu ambiente vital; ela abarca a criação como “paraíso terrestre”, a mãe terra, que deveria ser lugar de alegria e promessa de felicidade para todos. O otimismo cristão baseia-se numa esperança viva: sabe que tudo tende para a glória de Deus, para a consumação final na sua paz, para a ressurreição corporal na justiça, “de glória em glória”. Contudo, no tempo que passa, partilhamos dores e sofrimentos: toda a criação geme (cf. Rm 8, 19-22), os cristãos gemem (cf. vv. 23-25) e o próprio Espírito geme (cf. vv. 26-27). Gemer manifesta inquietação e sofrimento, juntamente com anelo e desejo. O gemido exprime confiança em Deus e abandono à sua companhia amorosa e exigente, tendo em vista a realização do seu desígnio, que é alegria, amor e paz no Espírito Santo.
3. Toda a criação está implicada neste processo de um novo nascimento e, gemendo, espera a libertação: trata-se de um crescimento escondido que amadurece, como “um grão de mostarda que se transforma numa grande árvore” ou “o fermento na massa” (cf. Mt 13, 31-33). Os inícios são minúsculos, mas os resultados esperados podem ser de uma beleza infinita. Enquanto expectativa de um nascimento (a revelação dos filhos de Deus), a esperança é a possibilidade de permanecer firme no meio das adversidades, de não desanimar nos momentos de tribulação ou diante da barbárie humana. A esperança cristã não desilude, mas também não ilude: se o gemido da criação, dos cristãos e do Espírito é antecipação e expectativa da salvação já em ato, São Paulo descreve os numerosos sofrimentos em que estamos imersos como «tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada» (cf. Rm 8, 35). Assim, a esperança é uma leitura alternativa da história e dos acontecimentos humanos: não ilusória, mas realista, do realismo da fé que vê o invisível. Esta esperança é uma espera paciente, como a não visão de Abraão. Gosto de recordar aquele grande crente visionário que foi Joaquim de Fiore, o abade calabrês “dotado de espírito profético” [2], segundo Dante Alighieri: numa época de lutas sangrentas, conflitos entre o Papado e o Império, Cruzadas, heresias e mundanização da Igreja, ele soube apontar o ideal de um novo espírito de convivência entre os homens, marcado pela fraternidade universal e pela paz cristã, fruto do Evangelho vivido. Foi este espírito de amizade social e de fraternidade universal que propus na Fratelli tutti. E esta harmonia entre os homens deve estender-se também à criação, a partir de um “antropocentrismo situado” (cf. Laudate Deum, 67), na responsabilidade por uma ecologia humana e integral, caminho de salvação da nossa casa comum e dos que nela vivemos.
4. Por que há tanto mal no mundo? Porquê tanta injustiça, tantas guerras fratricidas que provocam a morte de crianças, destroem cidades, poluem o ambiente em que vive o homem, a mãe terra, violada e devastada? Referindo-se implicitamente ao pecado de Adão, São Paulo diz: «Bem sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente» (Rm 8, 22). A luta moral dos cristãos está ligada ao “gemido” da criação, porque ela «foi sujeita à destruição» (v. 20). Todo o cosmos e cada criatura gemem e anseiam “impacientemente”, para que a condição atual possa ser superada e a original restabelecida: efetivamente, a libertação do homem implica também a das outras criaturas que, solidárias com a condição humana, foram colocadas sob o jugo da escravidão. Tal como a humanidade, a criação – sem culpa sua – é escrava e vê-se incapaz de fazer aquilo para que foi concebida, isto é, ter um significado e um propósito duradouros; está sujeita à dissolução e à morte, agravadas pelos abusos humanos sobre a natureza. Mas, em sentido contrário, a salvação do homem em Cristo é esperança segura inclusive para a criação: com efeito, «também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus» (Rm 8, 21). Portanto, na redenção de Cristo, é possível contemplar na esperança o vínculo de solidariedade entre o ser humano e todas as outras criaturas.
5. Na esperançosa e perseverante espera do regresso glorioso de Jesus, o Espírito Santo mantém vigilante a comunidade dos fiéis e instrui-a continuamente, chamando-a à conversão dos estilos de vida, a resistir à degradação humana do meio ambiente e a manifestar aquela crítica social que é, em primeiro lugar, testemunho da possibilidade de mudança. Esta conversão consiste em passar da arrogância de quem quer dominar os outros e a natureza – reduzida a um mero objeto manipulável – à humildade de quem cuida dos outros e da criação. «Um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo» (Laudate Deum, 73), porque o pecado de Adão destruiu as relações fundamentais da vida do homem: a relação com Deus, consigo mesmo, com os outros seres humanos, e a relação com o cosmos. Todas estas relações devem ser, sinergicamente, restauradas, salvas, “corrigidas”. Não pode faltar nenhuma. Se faltar uma, falha tudo.
6. Esperar e agir com a criação significa, antes de mais, unir forças e, caminhando juntamente com todos os homens e mulheres de boa vontade, ajudar a «repensar a questão do poder humano, do seu significado e dos seus limites. Com efeito, o nosso poder aumentou freneticamente em poucas décadas. Realizamos progressos tecnológicos impressionantes e surpreendentes, sem nos darmos conta, ao mesmo tempo, que nos tornámos altamente perigosos, capazes de pôr em perigo a vida de muitos seres e a nossa própria sobrevivência» (Laudate Deum, 28). Um poder descontrolado gera monstros e volta-se contra nós mesmos. Por isso, hoje, é urgente colocar limites éticos ao desenvolvimento da inteligência artificial, que com a sua capacidade de cálculo e de simulação poderia ser utilizada para dominar o homem e a natureza, em vez de estar ao serviço da paz e do desenvolvimento integral (cf. Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2024).
7. «O Espírito Santo acompanha-nos na vida»: assim o compreenderam as crianças reunidas na Praça de São Pedro para a sua primeira Jornada Mundial, que coincidiu com o Domingo da Santíssima Trindade. Deus não é uma ideia abstrata de infinito, mas é Pai amoroso, Filho amigo e redentor de todo o homem, e Espírito Santo que guia os nossos passos no caminho da caridade. A obediência ao Espírito de amor muda radicalmente a atitude do homem: passa de “predador” a “cultivador” do jardim. A terra está confiada ao homem, mas continua a ser de Deus (cf. Lv 25, 23). Este é o antropocentrismo teológico da tradição judaico-cristã. Por isso, pretender possuir e dominar a natureza, manipulando-a a seu bel-prazer, é uma forma de idolatria. É o homem prometeico, embriagado com o seu próprio poder tecnocrático, que com arrogância coloca a terra numa condição de “des-graça”, isto é, privada da graça de Deus. Ora, se a graça de Deus é Jesus, morto e ressuscitado, então é verdade o que Bento XVI disse: «Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor» (Carta Encíclica Spe Salvi, 26), o amor de Deus em Cristo, do qual nada nem ninguém nos pode separar (cf. Rm 8, 38-39). Continuamente atraída pelo seu futuro, a criação não é estática nem está fechada em si mesma. Hoje, graças também às descobertas da física contemporânea, a ligação entre matéria e espírito é cada vez mais fascinante para o nosso conhecimento.
8. Por conseguinte, a salvaguarda da criação não é apenas uma questão ética, mas é eminentemente teológica: na realidade, diz respeito ao entrelaçamento entre o mistério do homem e o mistério de Deus. Este entrelaçamento pode dizer-se que é “generativo”, na medida em que remete para o ato de amor com que Deus cria o ser humano em Cristo. Este ato criador de Deus confere e funda o livre agir do homem e toda a sua dimensão ética: livre precisamente por ter sido criado na imagem de Deus que é Jesus Cristo; e, por isso, “representante” da criação no próprio Cristo. Há uma motivação transcendente (teológico-ética) que compromete o cristão a promover a justiça e a paz no mundo, também através do destino universal dos bens: é a revelação dos filhos de Deus que a criação espera, gemendo como se estivesse com as dores do parto. Nesta história, não está em jogo apenas a vida terrena do homem, está sobretudo em jogo o seu destino na eternidade, o eschaton da nossa bem-aventurança, o Paraíso da nossa paz, em Cristo Senhor do cosmos, o Crucificado-Ressuscitado por amor.
9. Esperar e agir com a criação significa, então, viver uma fé encarnada, que sabe entrar na carne sofredora e esperançosa das pessoas, partilhando a expectativa da ressurreição corporal a que os fiéis estão predestinados em Cristo Senhor. Em Jesus, o Filho eterno na carne humana, somos verdadeiramente filhos do Pai. Pela fé e pelo batismo, começa para o cristão a vida segundo o Espírito (cf. Rm 8, 2), uma vida santa, uma existência como filhos do Pai, à semelhança de Jesus (cf. Rm 8, 14-17), visto que, pela força do Espírito Santo, Cristo vive em nós (cf. Gl 2, 20). Uma vida que se torna um cântico de amor para Deus, para a humanidade, com e para a criação, e que encontra a sua plenitude na santidade [3].
Roma, São João de Latrão, 27 de junho de 2024.
FRANCISCO
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[1] Spes non confundit, Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do ano 2025 (9/V/2024).
[2] Divina Comédia, Paraíso, XII, 141.
[3] O padre rosminiano Clemente Rebora exprimiu-o poeticamente: «Enquanto a criação sobe em Cristo ao Pai, / no destino arcano / tudo são dores de parto: / quanto morrer para que a vida nasça! / Mas de uma só Mãe, que é divina, / felizmente se vem à luz: / vida que o amor produz em lágrimas, / e, se anela, aqui em baixo é poesia; / mas só a santidade realiza o canto» (Curriculum vitae, “Poesia e santità”: Poesie, prose e traduzioni, Milano 2015, p. 297).
Imagem extraída da Web, representando a união de todas as crenças para o Planeta Terra, nosso bem comum.
O Dia de Proteção às Florestas traz reflexões de como garantir a preservação dos nossos principais recursos naturais? Aqueles que vivem em meio à …
Continua em: Dia de Proteção das Florestas
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