De fato, é diferente o formato do Campeonato Paulista 2026.
Baseado no modelo da Champions League, foram criados adversários diferentes para cada clube, com algumas particularidades interessantes (positivas ou negativas):
Por exemplo: por serem poucas datas, haverá menos tempo para os regionais e mais para o Brasileirão. Os grandes clubes estarão dispostos a usar seus times principais contra os pequenos no estadual, dividido em grau de importância com o nacional? Penso que não. E aí vem uma consideração: a FPF deve perder dinheiro com menos jogos, menos importância e ficar intercalada entre outras competições mais relevantes.
Óbvio que um dia o Paulistão foi tão importante que o Brasileirão, mas os tempos, sem dúvida, mudaram. Era inevitável que isso acontecesse, e talvez tenha sido acelerado pela briga política entre Ricardo Teixeira e seu grupo versus Reinaldo Carneiro Bastos e aliados.
Duas coisas apenas me preocupam:
1- A atração para um time pequeno quando sobe, é jogar contra um grande. Veja o Primavera de Indaiatuba: só jogará contra o São Paulo. Ou ainda o Noroeste: se o Santos cair no Brasileirão para a Segundona, o único time de 1ª divisão que o time de Bauru enfrentará no Campeonato Paulista será o Red Bull Bragantino! Já Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, que já se enfrentam rotineiramente no Brasileiro, se enfrentarão todos contra todos também no Paulistão.
2- Um ponto positivo é: não teremos mais a bizarrice de grupos desnivelados, onde quem tem pouca pontuação pode classificar e alguém com mais pontos, ficar de fora das fases finais. Mas surge outro problema: a possibilidade de inúmeros jogos “sem valer nada” na última rodada. Isso é possível.
Aguardemos. Com esse novo calendário do futebol brasileiro, a tendência é o enfraquecimento ainda maior (natural e esperado) dos regionais.
