No Brasileirão, vemos uma situação corriqueira: de tanto se falar que um treinador vai cair, sem demora, ele cai mesmo. Dificilmente se salva.
No RS, a dupla Grêmio e Internacional vê seus torcedores querendo a demissão de seus treinadores. Mano Menezes é acusado de ser retranqueiro e (não gosto de esse termo) ultrapassado. Roger Machado, por sua vez, diz-se à boca pequena que faz trabalhos iniciais ótimos, mas, depois… (também não gosto disso ) tem “prazo de validade”.
Na próxima rodada teremos o clássico GreNal. Algum dos clubes demitiria seu treinador nessa semana, correndo o risco de ir para tal jogo importante com alguém interino ou ainda sem conhecer bem o time, ou, por sua vez, vai demitir pós-partida, e aguentar os rivais dizerem que caiu porque foi batido pelo “adversário mais forte”?
Por fim, nem o Tricolor Gaúcho e tampouco o Colorado têm a mesma situação do Red Bull Bragantino: O técnico Fernando Seabra tem, nos últimos onze jogos: 1 vitória, 1 empate e 9 derrotas! E se perder domingo para o Cruzeiro, terá conquistado dos 36 pontos disputados, míseros 4!
Se estivesse em outro clube, fatalmente já teria sido demitido (o time sofreu demais com desfalques nas últimas rodadas, mas, sabidamente, o que manda para muitos é o resultado em campo). O interessante é que Seabra ajudou o time a se salvar da queda para a Série B no ano passado, foi vice-líder do Brasileirão com uma boa sequência de vitórias nesse ano, e agora amarga tal péssimo aproveitamento.
Quem cairá primeiro? Ou nenhum deles cairão? Ou só um ou outro cairá?
O Campeonato Brasileiro, sabemos, não permite trabalhos longevos… Abel, Caixinha e Viojvoda foram excessões (como Rogério Ceni parece ser também atualmente).

