– A cartilha da Premier League aos árbitros:

Às vésperas de começar a Premier League, a entidade divulgou orientações aos árbitros, as fazendo de maneira bem didática (e alertando, assim, os jogadores – coisa que a CBF deveria imitar).

Não tem nenhuma novidade, mas sim o reforço para o cumprimento das regras e a clareza delas. Por exemplo, as principais:

  • Contar os 8 segundos e marcar escanteio se o goleiro estourar o tempo de posse de bola com as mãos permitido (não fazer vista grossa com isso).
  • Punir severamente qualquer simulação ou tentativa de ludibriar o jogo (ouviu, Deyverson?).
  • O VAR não é para reapitar o jogo, e na falta de clareza e/ou dúvida da decisão checada, manter a decisão de campo (aqui no Brasil, ficamos horas gritando na cabine do VAR e nada se resolve de correto, sendo que o árbitro de vídeo “manda” no árbitro de campo).
  • Somente o capitão pode falar com o árbitro, todos os demais atletas deverão ser punidos com Cartão Amarelo se forem reclamar com ele (fizemos isso apenas em 2 ou 3 rodadas em 2024, parece que os árbitros se esqueceram disso).
  • Agarrões e Puxões: somente deverão ser sancionados se provocarem impacto real na jogada. Não vale o atleta sentir contato físico e abdicar do jogo.
  • Coibir todo e qualquer retardamento de jogo (a famosa “cera”), a fim de ter mais tempo de bola rolando.
  • Por fim, o que mais se faz errado no Brasil: mão na bola! A Premier League lembra que só é infração a intenção ou o movimento antinatural, e define antinatural como “abrir os braços deliberadamente em movimento adicional não justificável”, cobrando dos árbitros que vejam a “lógica do movimento” (que significa: se atente para ver se é um movimento natural, fisiologicamente normal).

Não tem novidade! Mas, se compararmos com o que vemos no Brasileirão, boa parte não se tem cumprido!

On the eve of the Premier League’s start, the organization has released guidelines for referees, doing so in a very clear way (and thus warning players—something the CBF should imitate).

There’s nothing new here, but rather a reinforcement for the enforcement of the rules and their clarity. For example, the main points:

  • Counting the 8 seconds and awarding a corner kick if the goalkeeper exceeds the allowed time for possession with their hands (not turning a blind eye to it).
  • Severely punishing any simulation or attempt to deceive the game (heard that, Deyverson?).
  • The VAR is not meant to re-referee the game, and in the absence of clarity and/or doubt about the decision checked, to maintain the on-field decision (here in Brazil, we spend hours screaming in the VAR booth and nothing correct gets resolved, as if the video referee “rules” the on-field referee).
  • Only the captain can talk to the referee; all other players should be punished with a Yellow Card if they complain to him (we only did this for 2 or 3 rounds in 2024, it seems the referees forgot about it).
  • Holds and pulls should only be sanctioned if they cause a real impact on the play. It’s not worth it for the player to feel physical contact and give up on the play.
  • To curb any and all delaying of the game (the famous “cera”), in order to have more time with the ball in play.

Finally, what is done most wrong in Brazil: handball! The Premier League reminds that it’s only an offense if there’s intention or an unnatural movement, and defines unnatural as “deliberately extending the arms in an unjustifiable additional movement,” demanding that referees look for the “logic of the movement”(which means: pay attention to whether it’s a natural, physiologically normal movement).

There’s nothing new! But, if we compare it to what we see in the Brasileirão, a large part of it is not being fulfilled!

3 comentários sobre “– A cartilha da Premier League aos árbitros:

  1. Professor, talvez aqui não seja o local mais adequado, mas como o assunto é regra, tenho uma questão: no jogo Bahia x Fluminense, o clube carioca vencia o jogo quando no último minuto ou quase isso, o jogador Jean Lucas, do Bahia, iria entrar na área e ficar na frente da goleira. Não cometerei o erro de dizer que faria o gol porém era clara e manifesta oportunidade. Bom, o cartão vermelho foi corretamente aplicado assim como a falta. O reinício com a cobrança da falta oportunizou a formação de barreira pelo Fluminense.
    Minha pergunta: o jogador estava livre para tentar fazer o gol, é derrubado, o infrator expulso, e cobrança de falta com barreira. Não seria a barreira a perda da vantagem do Bahia? Não seria mais justo tiro direto sem barreira? Claro, a expulsão é uma vantagem, mas considero relativa. A cobrança sem barreira seria mais justa, para mim.
    Muito obrigado e abraço.

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  2. Oi meu amigo gaúcho, veja só que curioso: a barreira não é um direito da defesa, mas do time que ataca!!!
    Explico: os adversários devem ficar a 9,15 de distância. O batedor costuma cobrar essa distância dos adversários, e até a usa de referência (na regra, não existe barreira, foi algo que surgiu naturalmente).
    Assim, já que eu quero que eles me dêem distância, esses defensores se aglutinam. A regra exige a distância, mas não os proíbe de fazerem dessa forma.
    Se o batedor quiser abrir mão da distância, pode cobrar rápida a falta (e aí não dá tempo de fazer barreira e o goleiro se preparar). Porém, se a bola bater em um defensor, nnao poderá reclamar, pois ele abriu mão do tempo do jogador ir se distanciar.
    Coisas do futebol! E sua observação é boa. Será que um dia alguém pensará em proibir aglutinação, a fim de não beneficiar o infrator?

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