– O Conclave não é disputa PL x PT, Direita ou Esquerda, Conservador ou Progressita…

A beleza de um pontificado dedicado contrasta com o nojo das apostas financeiras desenfreadas: assim tem sido os últimos dias sobre o assunto “Vaticano”. Explico:

Nesse tempo em que todos se tornam “vaticanistas“ e “especialistas em conclaves” pelas Redes Sociais, esquece-se que o Papado, acima de tudo, deve ser inspiração e vocação demonstradas pelo Espírito Santo.

Vide: servir como Papa é consumir-se até o último dia da sua vida, como fizeram João Paulo II e Francisco. Isso é magnífico! É definhar-se até o último suspiro, em nome do Evangelho. Entretanto, leio o quanto as casas de apostas colocam nomes em evidência, como se fosse jogo de futebol. E sobre os “papáveis”, citamos aqui: https://wp.me/p4RTuC-16Cn.

Hoje, sabe-se que depois da morte de João Paulo I, o bispo brasileiro Dom Aloísio Lorscheider obteve ⅔ dos votos no conclave, mas não quis assumir o trono de Pedro alegando que “seria ruim para a Igreja perder dois papas em pouco tempo, pois temo pelos meus problemas de saúde”. Foi uma confidência publicada por Frei Beto, após a sua morte (já que não se pode divulgar o que ocorre num Conclave, com risco de ex-comunhão). E surgiu o nome inesperado de Karol Wojytila. Aliás, a morte de Lorscheider, curiosamente, ocorreu dois anos após o falecimento de João Paulo II!

Com exceção de Ratzinger (Bento XVI), igualmente ocorreu com Francisco. Ninguém apostava em Bergoglio, que nunca manifestou desejo ou foi indicado. E com ele me recordo: “O Espírito Santo sopra onde e quando quer”.

Por conta do sucesso do filme Conclave, parece que é a escolha de um líder político e não religioso, em um ambiente sombrio. Não! A Igreja de hoje se preocupa demais para que os caminhos sejam traçados pelo próprio Deus, e clama o Espírito Santo para que não exista o que ocorreu no passado: Papas corruptos ou inapropriados. Até porque, não nos esqueçamos: qualquer homem batizado vivo pode ser eleito Papa, mesmo não estando lá na votação (obviamente isso não aconteceria hoje).

Entristeço-me quando vejo a discussão do futuro novo Papa ser baseada em Conservador ou Progressista, como se fosse eleição americana ou brasileira: Direita ou Esquerda, Republicanos ou Democratas, Capitalismo ou Comunista, PL ou PT. Nada disso! Não pode existir dualidade, nem ideologia. Até porque muitas dessas características não combinam com a fé cristã.

Que o Espírito Santo ilumine e que o novo Pontífice (sem importar se é branco, negro, amarelo; europeu, asiático ou africano), possa conduzir os rumos da Igreja à vontade de Deus.

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