Aqui no Brasil, ser um treinador de futebol significa “estar com o cargo interinamente”. Onde mais em nosso planeta se demitiria na Rodada 1 de um torneio? Ou na 2 ou 3?
Mal começou o Brasileirão, e em 5 rodadas já caíram Mano, Quintero, Caixinha e Ramon Díaz. Todos eles receberão multas milionárias…
E aí questiono: se é sabido que haverá demissão precoce, com exceções a Abel e Vojvoda atualmente, por que na negociação colocar multas absurdas? Se não se aceita um valor menor, contrate outro. Ou… tem clube que turbina a multa e “a là rachadinha”, divide os valores com alguém?
Será questão de dias para Carille, Zubeldía, Renato Paiva e mais alguns terem o mesmo desfecho. É óbvio que quando o treinador está pressionado, ele cai. Veja Ramon Díaz, que mal comemorou o título paulista e caiu.
Taí o fator “ilusão”. Ganhar o Estadual não garante ninguém. Eles existem para que, os clubes que não têm chances no Campeonato Nacional, possam festejar alguma coisa. Ou não é verdade que muito time “dito grande”, só festeja o campeonato da sua federação?
É impensável (e desinteligente) trazer um treinador com contrato longo em nosso país. Ele vai cair antes do vencimento do acordo. É só fazer um levantamento: quais treinadores do último Campeonato Brasileiro cumpriram integralmente seus contratos de trabalho? E falo pelos dois lados: do patrão que manda embora e do colaborador que pede a conta.
Ouso dizer (sem pesquisa alguma, por falta de tempo): boa parte dos técnicos do último Brasileirão, e talvez deste, ganharão mais dinheiro com as multas rescisórias do que com os salários trabalhados…
Aguardemos Santos e Corinthians (que até o final dessa redação, não tinham acertado com novos treinadores): qual será a multa dos seus contratados?

