Matheus Delgado Candançan, 26 anos, o FIFA mais jovem da América Latina, será o árbitro do Derby derradeiro do Paulistão. Mas por que ele está escalado nesse jogo, e não Raphael Claus, o melhor árbitro do Brasil?
A lógica mandaria Candançan na primeira partida e Claus na segunda. Porém, Patrício Loustau, o argentino chefe dos árbitros da FPF, entendeu o seguinte:
Como o Palmeiras vinha da polêmica da classificação após o lance do pênalti inexistente em Vitor Roque, e o Corinthians da eliminação na Libertadores da América, o clima da decisão seria pesado. Se Candançan não fosse bem e tivéssemos lances duvidosos, você teria 10 dias de discussões até o segundo jogo (e isso, no mundo do futebol, é uma eternidade). Assim, escalou Raphael Claus, muito mais experiente, com Copa do Mundo no curriculum e pré-selecionado para o Mundial de Clubes da FIFA, para apitar e não deixar nenhum resquício de reclamação para o segundo jogo. Assim, Candançan “recebe” a partida final com muito mais tranquilidade.
E por que Candançan?
Porque os outros FIFAs não poderiam estar nesse jogo. É “muito pesado” para Daiane Muniz. Edina Alves está em mau momento e Flávio Rodrigues de Souza foi mal na semifinal. Candançan foi bem regular, é disciplinado e ao mesmo tempo disciplinador, e a grande aposta da FPF para os próximos anos. Contra ele, apenas a “pipocada” em Corinthians x Santos, onde precisou da ajuda do VAR para expulsar Zé Ivaldo (relembre aqui: https://wp.me/p55Mu0-3C4).
Torcerei para um grande jogo e uma ótima arbitragem.
Em tempo, são 22 nomes na escala da decisão. E ao verificar João Vitor Gobbi como 4º árbitro, a FPF sinaliza: seria ele a herdar, no final do ano, o escudo FIFA de Flávio Rodrigues de Souza?


