Jogador de futebol precisa ser mais inteligente emocionalmente. Li a declaração polêmica de Raphinha sobre “dar porrada” e outras questões que soam como provocação ao adversário.
Cá entre nós: em tempos nos quais o Brasil está brigando com os vizinhos sulamericanos por questões de racismo, e tem como contrapartida de que existe recepção violenta da polícia contra estrangeiros em nosso país, me questiono: a fala de Raphinha agrega o quê?
O único prejudicado com isso é o próprio Raphinha. Se um adversário dividir a bola com ele, não terá a preocupação de “tirar o pé” para evitar uma lesão. No futebol, brinca-se que em determinados atletas, quando o jogador vai fazer a falta, vai “bater com gosto”.
- E a arbitragem, como fica?
Apitará Andrés Rojas, colombiano, que não é “primeira linha da Conmebol”. Foi ele que, em um Atlético x Boca Jrs pela Libertadores (2021) fez uma lambança e pegou um gancho de 6 meses por ter prejudicado os argentinos. Apitou há algum tempo Fortaleza x Corinthians e Corinthians x Red Bull Bragantino.
Rojas costuma usar muito os cartões amarelos e vermelhos. Em seus últimos jogos arbitrados (exceto o Campeonato Colombiano), tem 12 partidas trabalhadas com 10 vitórias do mandante e dois empates.
Pensando como árbitro: se apitarei um Argentina x Brasil, quero saber tudo o que se fala do jogo para me preparar. E ao ouvir a entrevista de Raphinha e a polêmica, tenho duas opções:
- Fico atento para protegê-lo de possíveis tentativas do adversário em atingi-lo; ou,
- Na primeira oportunidade, aplico-lhe o cartão amarelo e, se merecer, o vermelho para livrar-me do problema.
Árbitro de primeira linha pensa em cumprir a regra. Outros, em não se comprometer… especialmente com o jogo sendo no Monumental de Nuñes.

