Quem se dá bem nos campeonatos de futebol em nosso país, por tabela, se dá mal! É mole?
Digo isso pelo excesso de jogos e o nosso calendário apertado. Vejamos, por exemplo, o que o Botafogo-RJ (melhor time do ano) disputou:
Campeonato Carioca (Taça Guanabara e Taça Rio)
Copa do Brasil
Copa Libertadores (incluindo a fase Pré)
Campeonato Brasileiro
Copa Intercontinental
No ano que vem, devido ao sucesso em 2024, acrescente-se:
Recopa Sul-americana
Supercopa do Brasil
Supermundial da FIFA.
Não dá tempo de comemorar os títulos. Quanto mais tem conquista, mais jogos nos arrastados campeonatos e menos tempo de descanso. Não é loucura que, mesmo tendo conquistado a Libertadores, não houve um período “tranquilo” para a comemoração, pois tinha o Brasileirão? E conquistando o Brasileirão, teve que sair do campo e viajar para o Catar, para jogar o Intercontinental?
Sacrifica-se o elenco, o lazer, a recuperação e a “vida útil” do atleta, que só vai ser percebida no futuro.
Precisamos rediscutir o calendário brasileiro, envolvendo não só cartolas do esporte, mas também os jogadores e os médicos. É muito jogo para poucos dias no calendário.
Que tal diminuir as datas dos Estaduais e reduzir o número de times na série A e Libertadores? Já seria um começo…
Lógico, sabemos que temos muitos jogos justamente por mais dinheiro. Mas pensemos: menos vulgarização de jogos, mais qualidade do atleta em campo… haveria valorização. Ou não?

