– O problema de Textor com o Lyon: abram os olhos, times que venderam as SAFs…

John Textor é dono do Eagle Football Group, uma holding que controla o Lyon (França), o Molenbeek (Bélgica), o FC Florida (EUA), o Botafogo (Brasil) e 45,3% do Crystal Palace (Inglaterra).

Aqui no Brasil, estamos vendo investimentos pesados do americano no time carioca. Já é quem mais gastou em 2024 no nosso país, podendo ser campeão do Campeonato Brasileiro e campeão da Libertadores da América.

Muitos se questionam: como “fechar a conta”? Afinal, as receitas do Glorioso estão longe de fazer o Botafogo SAF dar lucro. Acreditava-se que tal SAF poderia ser um mecenato (ou seja: alguém endinheirado, a fim de gastar sem precisar de lucro).

Não nos iludamos…

Nem toda SAF tem gestão positiva. Veja a 777, que faliu e o Vasco a tomou de volta. Veja também o Atlético Mineiro, que mesmo sendo SAF, não dá lucro e a arena foi interditada (na gestão não-profissional, quando o Flamengo estava comemorando o título da Copa do Brasil, se tocava o hino atleticano para atrapalhar a festa).

Aliás, as SAFs são times de donos que, se desejarem tirar o pé dos investimentos, o clube não tem o que fazer. Se o gestor desejar “parar com a brincadeira” e ficar nas últimas divisões por falta de recursos, o clube tem que esperar encerrar o contrato. Aliás, os presidentes das agremiações viram “coadjuvantes”. Responda rápido: quem é o presidente do Botafogo-RJ, cuja SAF é de Textor? Ou do Cruzeiro-MG, cuja SAF é de Pedrinho BH? Ou do Bahia, do City Group?

(Respectivamente, são: Durcésio Mello, Lidson Postch e Emerson Ferretti).

Didaticamente, o “pepino”: O Lyon, que chegou a ganhar 7 vezes o título do Campeonato Francês com Juninho Pernambucano vestindo a camisa 10, deve 100 milhões de euros (600 milhões de reais). A DNCG (a entidade que fiscaliza as finanças dos clubes da Liga Francesa) reclama que o clube está dando calote em todo mundo e não tem condições de honrar seus compromissos, exigindo o pagamento para não rebaixar o Lyon para a segunda divisão.

Textor declarou que resolverá isso pois tem “ativos”. E quais são os ativos dele?

Vender jogadores do Botafogo, ou, a primeira hipótese: desfazer-se do Crystal Palace (que tem grande valor de mercado). Paralelamente (talvez de maneira fanfarrônica), Textor negociava a aquisição do Everton-ING.

A pergunta é: quando o Botafogo vai dar lucro, e como estará o clube quando o contrato encerrar?

Que o atual momento não seja uma cortina de fumaça… como foi a HMTF (Hicks Muse) no Corinthians, tempos atrás.

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