Segundo o jornalista Henry Winter, que cobre a Premiere League, os pênaltis acidentais de mão na bola não deverão ser marcados pênalti na próxima temporada.
Aqui, uma obviedade. Mas leia o texto no original, publicado na Rede Social X:
“There were too many hand-balls last season. Players now advised by PL that not every touch of a player’s hand/arm with the ball is an offence and they are not expected to move with their arms behind back or by their side like pogoing penguins (not an official description in the Laws). Handball Law is simplified. No hand-ball if: justifiable position or action; a clear change of trajectory when touched by, or deflected from, the same player; played by a team-mate; hits supporting arm when a player falls; or proximity. Handball still fairly complicated but this should prove an improvement.”.
Traduzindo de uma forma didática: só deverão ser marcados os pênaltis de mão intencional ou de movimento antinatural, como a regra manda. Mas, infelizmente, começaram a surgir pênaltis de “queimada” por lá, como no Brasil (que são equivocados) – e esse é o motivo de alerta.
Sobre isso, lá em 2014, Massimo Bussaca, antes da Copa do Mundo do Brasil, assustado com os pênaltis marcados aqui, bradava:
“Um jogador precisa de sua mão e de seu braço para correr, se equilibrar e saltar. Não se pode jogar sem a mão. O árbitro precisa fazer a leitura correta do lance. Não se pode dar falta a qualquer toque na mão. Isso é um absurdo.” (O Estado de São Paulo, 10/06/2014).
Com pesar, aqui quase tudo virou pênalti, pelo erro da orientação de Larrionda aos árbitros brasileiros (onde tudo era pênalti) e que já falamos à exaustão…
Portanto, nenhuma novidade quanto a isso na Inglaterra, é só o cumprimento da regra.
Aliás, outra novidade: a PL deseja que os árbitros revelem seu time do coração, a fim de evitar conflitos de interesses nas escalas! Mas isso funcionará?
É muita ingenuidade achar que um árbitro apitará contra ou a favor do seu time de infância. O árbitro, quando trabalha no futebol profissional, pensa acima de tudo na sua carreira! Ele não quer que desconfiem que ele estaria favorecendo o time que torcia quando criança. Aliás, é uma preocupação muito grande do juiz de futebol evitar até mesmo ser rigoroso demasiadamente com seu “ex-time”, como uma prova de que não é “torcedor enrustido” (ou seja: prejudicá-lo na preocupação de não favorecimento).
Na FPF ou na CBF, na sua ficha cadastral, você coloca o nome do seu time de coração. Mas fica só lá, pois você realmente não consegue torcer dentro de campo. Depois da carreira profissional, alguns árbitros, até mesmo para “encerrar o ciclo”, voltam a ser torcedores. Outros, acabam torcendo para os amigos que fizeram no futebol, independente do time. O mais comum é: torcer contra aqueles que dão trabalho para a arbitragem.
Não sei se surtiria efeito no Brasil tal medida, se anunciada, pois ela já existe. Revelar ao torcedor? Isso seria um absurdo, claro. Afinal, aqui, mesmo o árbitro internacional (que é da FIFA, e em tese poderia apitar qualquer partida no mundo), é barrado pela origem da sua federação (por exemplo: Raphael Claus, de Santa Bárbara do Oeste/SP, não poderia apitar Palmeiras x Flamengo, por estar alocado na FPF).
O futebol é complicado, não?

