Para qualquer árbitro do futebol brasileiro que apite jogos da elite, você achará erros contrários e a favor para qualquer clube. É fato!
Costumo usar o termo: não tem árbitro imaculado em nosso país. Todos já prejudicaram e favoreceram (sem intenção, obviamente) os times grandes que apitaram. E a solução da CBF é: escalar o menos rejeitado!
Ao divulgar Anderson Daronco para o jogo de volta da Copa do Brasil entre Palmeiras x Flamengo, não fiquei surpreso, pois era “bola cantada” que o gaúcho seria escalado. E por falta de opção. Veja só:
O Brasil tem 10 árbitros FIFA masculinos (número máximo permitido). São eles:
Anderson Daronco (RS)
Bráulio da Silva Machado (SC)
Bruno Arleu (RJ)
Flávio Rodrigues (SP)
Paulo César Zanovelli (MG)
Rafael Klein (RS)
Ramon Abatti (SC)
Raphael Claus (SP)
Rodrigo Pereira Sampaio (PE)
Wilton Pereira Sampaio (GO)
Lembre-se: temos Edina Alves Batista no quadro feminino, que apita jogos masculinos da elite. Portanto, seriam 11 nomes disponíveis. Mas ela é paulista, e assim sendo, não pode. Retire paulistas e cariocas da escala, e sobraram 7 opções.
Dos 7, retire Bráulio, pois apitou o jogo de ida (e não expulsou Raphael Veiga). Restaram 6. Mas Ramon Abatti Abel está na final dos Jogos Olímpicos, não pode apitar. Sobraram 5. Descarte Wilton Pereira Sampaio, que apesar de experiente, é vetado pelo Palmeiras (lembrem das reclamações fortes contra Wilton e Sávio, os irmãos Sampaio). Wilton, além disso, está em péssima fase, e apitará mesmo assim Red Bull Bragantino x Athletico Paranaense. Sobraram 4.
Paulo Zanovelli e Rodrigo Pereira Sampaio, apesar de serem da FIFA, não tem condições de tocar um jogo desse. Com deficiência técnica, qualquer erro seria motivo para seminários de discussões e subterfúgio para as eliminações. Aí temos os gaúchos Rafael Rodrigo Klein e Anderson Daronco.
O meu Xará é novato na FIFA, e precisa ser preservado. Aí, por sorte, sobrou um nome experiente: Daronco.
A favor dele (pelo lado da CBF), na hora em que o jogo ficar pegado, o juizão não terá vergonha em marcar um monte de faltas e “cadenciar” o apito. Quanto menos tempo de bola rolando, menor chance de erros. Assim, prefira-se reclamações de uma partida onde o árbitro não deixou jogar, do que um jogo decidido com erro e polêmica (é a lógica da Comissão de Arbitragem).
Que quebra-cabeça, hein?
Boa sorte aos times, e torçamos para o árbitro deixar o jogo rolar.
