Brigar por futebol vale a pena?
Vez ou outra nós vemos aficcionados torcedores invadirem treinos de seus times do coração para protestarem. É fanatismo puro.
Será que a pressão que desce das arquibancadas ao campo é aceitável ou exagero?
Sou contra toda a forma de violência. Torcedor deve incentivar o seu time durante o jogo, e após ele, vaiar. Mas nada de transformar em ações práticas de agressão.
O treino é local de trabalho. Não gosto de momentos de briga nesse local. Mas pensemos: será que não está mudando a “feição” dos clubes brasileiros?
No começo do século XX, Bangu, América, São Cristóvão, Canto do Rio e Bonsucesso eram forças no futebol carioca. Aqui em São Paulo, tínhamos o Ypiranga, o Germânia, o Jabaquara…
Alguns encerraram as atividades, outros apequenaram-se. Hoje, temos novos clubes em destaque nos regionais: Audax e Red Bull, entre outros.
Será que daqui 30 anos, teremos os mesmos clubes que hoje ou ontem foram protagonistas? Quem era o Água Santa há 10 anos? E o São Caetano, há 20?
Aceitar novas realidades é importante. Noroeste, Marília, Paulista, Mogi Mirim e São José não são mais importantes coadjuvantes na 1a divisão de seus estados. Guarani e Portuguesa deixaram de serem importantes times da 1a nacional. Qual o futuro deles?
Aliás, qual o destino dos estaduais?
Sempre aprendi que quando estamos em um momento histórico, não percebemos que estamos fazendo história. E o fato a ser historiado no futuro é: o futebol brasileiro está em transição, seja no peso das camisas, na administração dos clubes e nas táticas dentro de campo. Se o final dessa mudança será positivo ou não, só o tempo dirá! E isso traz a reflexão: são lúcidos os protestos de torcedores ou são em vão, pois eles de nada adiantarão?
Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem souber, informar para publicação do crédito.