Tudo ainda incerto! E cautela, em se tratando de Paulista FC… (especialmente em ano eleitoral, lembremos há 2 anos do rapaz das Unhas Carioca).
Digo isso pois algo que parece muito bom (e que se concretize, se for uma boa ao Galo), surge na imprensa: a possível compra de 90% da SAF do Paulista FC pela EXA Capital, do executivo Pedro Mesquita, ex-homem forte da XP Investimentos.
Repare: TUDO está no condicional.
Primeiro: somente um veículo noticiou essa aquisição, o Valor Econômico, na coluna Pipeline. TODOS os outros reproduziram a mesma matéria. Não houve matéria de outro órgão, nem a manifestação do Paulista.
Segundo: Na matéria citada (https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/exa-de-pedro-mesquita-compra-o-clube-de-futebol-paulista-de-jundiai.ghtml, por Maria Luiza Filgueiras), há a seguinte informação: haverá diligência de 4 meses na agremiação. Ou seja: teremos uma auditoria no clube, a fim de saber quanto deve, quanto tem que receber, como é administrado e, especialmente, quanto vale.
Terceiro: Ninguém compra um clube sem saber da sua vida financeira. Assim, não se tem valores, duração do contrato da SAF ou algo que o valha. Fica a questão: quando se tiver uma varredura nas contas do Paulista, o quanto se poderá oferecer para a compra dos 90% da SAF?
Quarto: A EXA não é uma fábrica, um galpão, uma indústria. É um escritório de oportunidades com literalmente “meia dúzia de ‘Farialimers‘ trabalhando nele”. São pessoas do mercado financeiro, ninguém do Mundo da Bola. Eles não tem funcionários prontos para assumir a gestão de um clube de futebol. Terão que ir ao mercado contratar mão-de-obra. Ou alguém acha que deixarão a mesma estrutura atual?
Quinto: Pedro Mesquita foi quem intermediou pela XP Investimentos (uma empresa da área financeira que visa oportunidades, onde ele trabalhava) para que Ronaldo Nazário comprasse o Cruzeiro, que estava falido. Recentemente, ele deixou a XP e montou a sua própria empresa, a EXA, e buscou parceiros para intermediar investidores na Liga Forte Futebol (uma das ligas que existe no futebol brasileiro). O Paulista será sua primeira “empresa de futebol”, porque não tem expertise na área.
Sexto: Sabidamente, esse tipo de negócio ocorre desde os tempos da XP envolvendo empresas quebradas, em recuperação judicial, onde se compra por um valor simbólico a troco de dívidas; por estar no fundo do poço, qualquer coisa que se faça é positiva e, recuperada, se vende garantido o lucro. O Paulista seria revendido futuramente (como o próprio Ronaldo fez ao Pedrinho do BH)?
Sétimo: Todo negócio há de se ter um planejamento financeiro e estratégico. Assim, por que a EXA investiria milhões (supondo-se esse valor, pois não se sabe nada), em um time da 5ª divisão regional, com calendário de 3 meses, sem estar em Campeonato Nacional? É um negócio (aparentemente e na suposição) excelente demais ao Paulista FC e péssimo ao extremo ao investidor (e cá entre nós: esse pessoal não rasga dinheiro). Portanto: aguardemos os valores, condições, propósitos e a confirmação (nem o Paulista e nem a EXA confirmaram isso até agora, 16h30, e a notícia foi de um único post de coluna financeira).
Torço para que o Paulista se enriqueça, mas gostaria sinceramente de clareza, transparência, números e demais dados para poder dizer se é uma boa ou uma fria. Vide a 777 no Vasco da Gama…
ATUALIZAÇÃO: O PAULISTA FC PUBLICOU ÀS 18H00 QUE ASSINOU UM DOCUMENTO DE INTENÇÃO, E QUE NEGOCIA HÁ MAIS DE UM ANO COM PEDRO MESQUITA.

