Texto de 1 ano, mas atual:
Os campeonatos estaduais terminaram, em sua maioria, nesse final de semana. E você sabe quantos clubes continuarão ativos e quantos jogadores estarão empregados?
Desmistificando a história de que “somos o país do futebol”, abaixo, extraído do LinkedIn de Euler Victor (Head of Football and Business/ Mover Futebol/ Palestrante), em: https://www.linkedin.com/in/eulervictor/
SE JOGA POUCO NO PAÍS DO FUTEBOL
Há quem diga que, pela quantidade de troféus e craques, o Brasil seja o país do futebol. No entanto, em nível profissional a frase é contrariada pelos fatos, já que os 680 clubes que atualmente disputam competições profissionais no Brasil (todas as divisões de estaduais e nacionais) estão distribuídos por apenas 422 dos 5.570 municípios brasileiros. O que significa que cerca de 100 milhões de pessoas (cerca de metade da população do país) vivem em cidades sem nenhum futebol, além daquele que é praticado de forma recreativa. Não bastasse a pouca penetração geográfica, na média, a atividade desses clubes ocupa apenas 35% do calendário útil do futebol, equivalente a cerca de três meses do ano.
Apenas 128 clubes (19,7% do total) têm calendário anual, por disputarem uma das 4 divisões do Campeonato Brasileiro. As outras 522 equipes profissionais tiveram apenas as competições estaduais e, em raros casos, a Copa do Brasil para disputar.
106 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes não contaram com nenhuma equipe disputando competições profissionais em 2019. São Paulo concentra 40 delas, seguido por Minas Gerais com 13 e Bahia, com 10.
Essa é a realidade do nosso futebol; temos muito potencial em todo país, mas pouco exploramos esse potencial, por conta dos baixos investimentos na iniciação esportiva e na criação de clubes em regiões que não possuem atividades de futebol profissional.
Uma das ideias, é que a CBF e as federações locais incentivem a formação de novos clubes em locais específicos, focando no desenvolvimento do esporte e no coração de praças esportivas por todo o país.
TEMOS O MICKEY, SÓ FALTA A DISNEY.
Estudo: Pluri Consultoria.
Imagem: Riccardo D’Agnese

