Disse Vini Jr, na coletiva da Seleção Brasileira em Madrid, sobre sua luta contra o racismo (de maneira emocionada, chorando):
“Cada vez estou mais triste, tenho menos vontade de jogar. Mas vou seguir lutando”.
Falou também do que seu pai sofreu com o racismo e a necessidade de lutar pelos outros, em especial pelo seu irmão de 5 anos, para que não passe pelo que ele passou.
Se eu que sou branco e não sofro com o racismo, fico amargurado com o que esse jovem rapaz está passando (ele só tem 23 anos), imagine ele, que literalmente sente na pele e no coração todo tipo de ofensa. Não há como ter empatia, pois não conseguimos sentir a dor que ele sente pois não temos a bagagem de sofrimento que ele sofreu.
Me assusto e entristeço ao ver a La Liga tomar ações tão leves nesse assunto, e, pior, a UEFA simplesmente lavando as mãos, dizendo que não tem instrumentos legais para fazer nada.
Se a FIFA quer realmente acabar com o racismo, tome atitudes duras. Se a sociedade quer resolver o assunto, aja!
Mas como crer que isso pode acontecer, se vemos a Espanha dando exemplo de racismo nos estádios toda semana? Ao que parece, não é uma minoria racista, mas sim a maioria. Até em jogo em que não participa, Vini é chamado de macaco.
Fico pensando: nenhuma autoridade vê que esse rapaz, na luta solitária que está (não é fácil, pois nem os demais negros do Real Madrid parecem querer ajudá-lo, quiça os brancos) está debilitado mentalmente? Sim, é um caso de ataque à sua Saúde Mental, e o choro é uma manifestação disso. Ao dizer que perdeu a vontade de jogar, dá sinais de depressão.
O bulyling / racismo / ataque pessoal e qualquer outro nome que venha a ter, poderá culminar em algo pior. E os racistas nem se importarão…
Senhores que têm o poder à mão: use-o, em benefício de um coletivo. De uma raça. De uma causa urgente. Determinem medidas REAIS contra o racismo. E urgente.

Boneco amarrado em uma ponte, do ano passado.