– Os 3 lances polêmicos da arbitragem de São Paulo 1×1 Palmeiras.

Lances polêmicos no Morumbis, onde tentaremos dizer “se o árbitro errou”, e, num exercício mais difícil, entender “porque errou ou não”.

Antes de tudo: já havíamos falado sobre a expectativa de Matheus Delgado Candançan para o Choque-Rei (vide aqui: https://professorrafaelporcari.com/2024/03/03/o-arbitro-que-picota-jogo-no-choque-rei-2/). E assim como ocorreu no jogo do Corinthians no último final de semana, há muitos relatos na súmula do jogo de ontem sobre reclamações. O TJD-SP está tendo, rodada a rodada, muita gente a ser julgada por conta da caneta de Candançan…

Sobre os lances:

1- Richard Ríos em Pablo Maia: um lance que, se bem posicionado, não precisaria de VAR: Richard Ríos “de sola” atinge a perna de Pablo Maia, com um pisão violento. É o clássico lance de cartão vermelho.

Mas por que não deu? A VAR Daiane Muniz (foi sua 12ª escala no Paulistão A1 em 11 rodadas) tem chamado os árbitros em vários lances, muitas vezes “caçando pelo em ovo“. Dessa vez, ela entendeu que foi lance interpretativo do árbitro, pois foi na lateral, próximo a ele. Pela “cabeça de árbitro”: tal lance, no segundo tempo, com placar resolvido, o Vermelho seria aplicado fácil, fácil… Mas sendo ainda no primeiro tempo, com árbitro jovem… precisa de peito

Como teria sido o jogo, com 1 jogador palmeirense a menos desde o primeiro tempo?

Acréscimo: leio que Pablo Maia declarou que “o árbitro lhe disse que só deu o Amarelo pois saiu o gol”. Não faz sentido algum tal coisa…

2- Rafael em Murilo: o goleiro são-paulino soca a bola e atinge a cabeça do palmeirense. Na primeira imagem, me pareceu que atinge só a bola e depois o adversário (isso não é pênalti). Mas vendo, revendo e insistindo, você pode entender que foi simultâneo (e aí seria pênalti). A questão é: esses lances são corriqueiros no futebol, difíceis, chatos, não são considerados infracionais em sua maioria e os jogos costumam seguir. Repare que exceto Murilo, o Palmeiras continua o jogo normalmente e o único que reclama (como praxe) é o treinador Abel Ferreira. A VAR quem chamou o árbitro para nova avaliação.

Eu não marcaria, mas respeito a interpretação de quem entendeu pênalti.

3- Piquerez em Luciano: houve toque do jogador palmeirense no são-paulino, e antes de 2020, seria marcado pênalti se o jogador parasse de correr e pedisse a marcação. Mas a orientação mudou: toques, agarrões e puxões só devem ser marcados se o atingido não conseguir manter o equilíbrio e for impedido de continuar a jogada. Se o jogador abdicar de jogar e pedir a falta, não deve ser considerada a infração. Nesse lance, Luciano (que normalmente pede falta de tudo, ele é bem “reclamão”) é tocado realmente, mas tem a chance de continuar a jogada (como fez). Portanto, não se deveria marcar o pênalti (como feito). Por esse detalhe da regra, acertou o árbitro (e se Luciano parasse e pedisse o pênalti, de acordo com isso, não teria a marcação, embora o toque tenha ocorrido, por coerência da regra).

Em suma: expulsão clara de Richard Ríos que não houve; pênalti “marcável ou não” em Murilo e lance normal em Luciano.

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