Aos 6 minutos do primeiro tempo, Gérman Cano (FLU) foi lançado para o ataque e em disparada, indo para o gol e vendo o goleiro adversário sair, onde acabou sendo tocado pelo braço de Quiñonez (LDU) no ombro e caiu. Pênalti ou não?
Entenda: todo contato físico faz parte de uma disputa de bola no futebol. Há contatos infracionais ou não. Vendo as imagens disponíveis (não vale em câmera lenta, tem que ser na velocidade do jogo), me pareceu que o defensor não coloca simplesmente a mão no ombro, mas ele acaba dando um leve empurrão no atacante, que o desequilibra.
IMPORTANTE – Desde 2020, só é infração se um empurrão ou um agarrão impedir o jogador de continuar a jogada ou o desequilibrar. Se o jogador imediatamente parar ao sentir um contato, não se deve marcar nada, pois, entende-se que ele abdicou da tentativa de jogar.
Sendo assim, eu marcaria pênalti – e justifico: em grande velocidade como estava, qualquer empurrão mais leve tem impacto e desequilibra. E há um outro fator: não consigo concluir se há um pisão no pé esquerdo dele, o que ajudaria ainda mais na marcação (caso apareça uma imagem melhor).
- Mas por quê o árbitro não marcou?
Alguns fatores: a força de um empurrão, cá entre nós, observada a distância, é interpretativa. Talvez por ter sido um lance rápido e o goleiro estar saindo para disputar a bola, o árbitro Andrés Rojas (COL) imaginou em um primeiro momento que Cano tentou simular um pênalti pela disputa com o goleiro (se isso tivesse acontecido, seria cartão vermelho para o arqueiro). Mas o que chama a atenção é: vendo pelo monitor do VAR, ele teve a oportunidade de rever o lance e manteve a sua decisão, desconsiderando o empurrão.
Algo relevante: Andrés Rojas não é um árbitro de primeira linha, ele é um “FIFA que não vingou”. Compare com os árbitros FIFA domésticos do Brasil, que não saem do país para jogos importantes internacionais. Rojas já tem 40 anos, foi pouco utilizado pela Conmebol, apitou alguns jogos da Sulamericana no passado, e quando teve oportunidade na Libertadores, pegou uma geladeira bem grande por ter ido mal naquele polêmico Atlético-MG x Boca Juniors de 2021. Desde então, foi um mero coadjuvante, tendo sua partida mais importante a escala como 4o árbitro na decisão da Libertadores passada, entre Fluminense x Boca Juniors. Ao contrário, Nicolas Gallo, o VAR, é um dos melhores (senão o melhor) da América do Sul (e quem o chamou para rever o lance).
Respeito as opiniões contrárias, entendo quem não daria infração pelos motivos citados, mas eu marcaria o pênalti e daria cartão amarelo para Quiñonez (não é vermelho pois Cano teria que passar ainda pelo goleiro).
Como eu não consegui fazer o download do vídeo, dois momentos do lance para ilustrar (mas para a análise, só vale em vídeo).


[…] No ano passado, em LDU x Fluminense, outra má arbitragem. E questionei: ele não é “primeira linha da FIFA”, já tem 41 anos, por que a insisitência em suas escalas? Aqui, mais erros: https://professorrafaelporcari.com/2024/02/23/o-lance-reclamado-em-ldu-1×0-fluminense-foi-penal…/ […]
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[…] No ano passado, em LDU x Fluminense, outra má arbitragem. E questionei: ele não é “primeira linha da FIFA”, já tem 41 anos, por que a insisitência em suas escalas? Aqui, mais erros: https://professorrafaelporcari.com/2024/02/23/o-lance-reclamado-em-ldu-1×0-fluminense-foi-penal…/ […]
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