– Os dois lances polêmicos em São Paulo 0x1 Santos pelo Paulistão.

Já havíamos falado da pressão antes do jogo que o Peixe exerceu sobre a árbitra Édina Alves (vide aqui: https://wp.me/p4RTuC-U6Q), que mesmo tendo errado em 2022, já houvera trabalhado em jogos importantes do Santos em 2023 e correspondido muito bem. Claro, qualquer resultado que tivesse um vencedor, o perdedor reclamaria (o Santos com o “eu te disse” e o São Paulo com o “também, com a pressão que fizeram”).

Enfim, sobre os lances:

1- Pênalti em Otero: o jogador santista foi lançado por Hayner, entrou na área e Wellington tentou um carrinho na bola. É nítido que o atleta do Santos tropeça nas pernas do defensor são-paulino. A pergunta é: ele tropeça por um carrinho que pega a bola somente (e daí não é pênalti) ou ele tropeça por um carrinho que não consegue alcançar a bola (e aí é pênalti por infração de imprudência, sem cartão amarelo)?

Na imagem frontal que está sendo viralizada na Web (e é a única que vejo disponibilizada), não consigo ver toque na bola. Portanto, pênalti (se aparecer mais tarde alguma imagem que mostre o toque, obviamente considere pênalti). Muitos reclamam pelo fato que Édina não deu, e chamada pela VAR, mudou de ideia (afinal, esse é o protocolo). O problema é que a VAR foi Daiane Muniz, a mesma que não chamou Luiz Flávio de Oliveira no lance de Fágner em Corinthians x Portuguesa. No Morumbi, ela se corrigiu.

2- Gol de Erick: a Regra da Mão no Ataque tem sido uma das grandes lambanças recentes. Num ano, a IFAB muda a regra para “qualquer mão em situação de ataque é falta, intencional ou não”. No ano seguinte, o texto muda para mão que resulte numa jogada que se torne gol (em qualquer parte do campo). Depois: Somente mão de quem faz o gol deve ser anulada. E o texto atual, há 3 anos, fala: bola que bata na mão em situação iminente de gol deve ser marcado um tiro livre direto (ou seja: se de quem faz ou de quem toca, se está na iminência de se marcar um tento). Portanto, acertou Édina.

(Para quem tiver dúvida, a regra está abaixo)

Algo que gostaria de chamar a atenção: não existe mais sorteio de árbitros, mas sim uma audiência pública. Na hora marcada pela FPF, o Presidente da Comissão de Arbitragem vai ao auditório, e diz quem serão os árbitros da rodada e em quais jogos estarão, justificando os motivos da escala. E como um “padre no casamento”, ele pergunta se alguém tem algo a contestar (hoje, funciona assim). Ali, naquele momento, Santos ou São Paulo deveriam reclamar sobre os motivos pelos quais não queriam aquele nome – e negociar uma mudança de escala. Depois disso, “pode-se beijar a noiva”, pois não houve contestação.

Domingo teremos Palmeiras x Corinthians. A FPF avisou em seu site que a audiência pública para designação do árbitro para esse Derby acontecerá 48 horas antes do horário da partida. Será que estarão os dirigentes de Palmeiras e Corinthians para contestar o nome, caso seja divulgado alguém que não agrade a eles?

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