Dizem que há certas coisas que só acontecem com o Botafogo, e é verdade! Qual equipe perde num intervalo de 8 dias, de virada, em casa, por 4×3?
Aliás, o fato relevante foi abrir 14 pontos de vantagem e deixar que os adversários chegassem. O Glorioso perderá o Brasileiro para ele mesmo, pela incompetência de não ter um treinador, de permitir que os atletas gerenciassem o comando do time, e de John Textor, um milionário mimado que não entendeu o funcionamento do futebol brasileiro (e que pede cabeças de cartolas a bel-prazer, jogando a culpa dos seus erros nas falhas alheias).
Na 4ª feira, o Red Bull Bragantino dependia somente dele para ser campeão (assim como o Fogão, matematicamente falando). Apesar do objetivo declarado ser a 4ª colocação dos dirigentes do clube paulista, a possibilidade real de ganhar o título fez com que os garotos sentissem a responsabilidade. Veja esse número: contra o Corinthians, o Massa Bruta cometeu 12 faltas o jogo inteiro; contra o Santos, apenas 8; mas contra o SPFC, somente no 1º tempo, 16 (a maioria de atacantes, afobados e ansiosos por roubar a bola). Nítido sintoma de que, inconscientemente ou não, os meninos sentiram a pressão.
O que poderia ser desânimo aos garotos bragantinos, reverteu-se com a vitória do Grêmio em São Januário. Novamente o Red Bull Bragantino depende somente dele para ser campeão, e, domingo em Bragança Paulista, depois de inúmeras rodadas com o time carioca na liderança, o Campeonato Brasileiro pode ver um novo líder.
Tomara que seja uma rodada exclusivamente resolvida dentro de campo pelos jogadores, sem erros de arbitragem. Aliás, adiantamos que pela lógica da CBF, Seneme poupou Daronco no meio de semana para estar “sem restrição” nessa rodada 34 (vide aqui sobre isso e sobre as escalas, bem óbvias, em: https://wp.me/p4RTuC-Rg3). Aliás, todos aqueles que erraram, por serem FIFA, estão escalados: Bráulio, Zanovelli (no jogo do Palmeiras! Aguentemos Abel…), e, logicamente, Claus no clássico paulista e Wilton no clássico carioca (afinal, Seneme depende deles).
Tecnicamente, o Brasileirão é razoável. Mas no quesito emoção… muito bom!

