Existem “expulsões e expulsões”. A de Gabigol, ontem, não me parece a de um jogador violento (a là Cocito, Chicão, Gralak). Também não é aquela que se espera maldade de quem é visado, como Felipe Melo. É daquelas que aparenta ser de um jogador em um momento de perturbação.
Nesse ano, percebe-se que o atacante está mais nervoso. Mas na indiscutível expulsão de ontem, me pareceu aquele cara “de saco cheio”, “impaciente”, de mal com a vida e que desforrou em alguém que “passava por ali”.
Será que o flamenguista não precisava se acalmar mais, ter uma conversa com alguém ponderado e buscar a tranquilidade, a fim de recuperar o bom futebol? Afinal, ele é peça importante nesse Flamengo tão instável de Sampaoli.
Aliás, o treinador do Mengão sempre foi “8 ou 80”: foi muito bem no Santos (vice-campeão brasileiro de 2019), na mesma temporada que foi goleado no Paulistão por 4×0 pelo modesto Botafogo de Ribeirão Preto.
Aí, vem a lembrança da frase de Eurico Miranda, que ouvi e nunca mais esqueci (por discordar dela, mas que em alguns momentos, pode ser encaixada dependendo do técnico): “treinador não ganha jogo, mas treinador ajuda a perder jogo”.
Já que falamos de Eurico Miranda, já imaginaram uma demissão de Sampaoli, às vésperas das partidas decisivas da Copa do Brasil? O próprio Eurico fez isso numa final de Mercosul, contra o Palmeiras: demitiu Oswaldo de Olivera e contratou Joel Santana, dois ou três dias antes da decisão.
Tá muito na cara que o Flamengo não segurará Sampaoli. Resta saber: até quando ele ficará no cargo?
Isso não quer dizer que os jogadores estão isentos de responsabilidade…

Imagem extraída de: https://www.otvfoco.com.br/r280mi-sampaoli-decide-e-reforco-e-confirmado-no-flamengo/
