No último programa da CBF sobre regras do jogo, quem conseguiu assistir inteiro (ufa, é difícil ir até o fim), viu um show de contradições.
Wilson Seneme (chefe dos árbitros) e Péricles Bassols (chefe do VAR), fazem um bate-bola sobre a orientação de dar cartão amarelo para comemoração de gol chutando a bandeira.
Resumidamente, a história é: a Comissão de Arbitragem entende que a Regra não permite dar amarelo, mas criou-se uma brecha interpretativa e vai ter que dar Amarelo.
Leia abaixo a fala confusa:
“Passamos a instrução dia 11 de agosto para que não se comemore chutando a bandeira, pois você inflama torcida adversária e jogadores adversários, e isso deve ser coibido (…). Ninguém quer proibir comemoração de gol, temos que entender a liberdade de comemorar o gol (…) Ninguém é autoritário aqui, mas deve existir o bom senso de que pode gerar violência, por isso o cartão amarelo. (…) Não podemos definir que chutar a bandeirinha é igual a cartão amarelo, pois a Regra não nos permite. Mas tem que ter bom senso (…) O próprio Raphael Veiga, que recebeu o Cartão Amarelo, talvez não devesse ter recebido, mas o árbitro entendeu que foi uma manifestação de incentivar a violência, e é isso que a gente precisa entender”.
Eu ainda continuo entendendo: estamos criando regras paralelas ao futebol, infelizmente. Respeito todas as pessoas envolvidas e citadas, sei que são honestas e querem o melhor para o futebol, mas vejo tudo isso como um grande equívoco.

