– O chute na bandeira e o Cisma da CBF com as Leis do Jogo.

Meu amigo Zé Boca de Bagre me ligou, fulo da vida por conta do cartão amarelo recebido por Raphael Veiga, contra o Cruzeiro, pela comemoração do gol:

Disse a mim: “Ô Porcari, tem que ser uma regra só pra chutar a bandeira. Na Libertadores o Veiga não tomou, no Brasileirão tomou. Desde que fizeram uma reunião na CBF para punir com Amarelo, virou essa bagunça”.

Surpreso, perguntei: “Mas a regra fala em comemoração exagerada, debochada, que possa incitar violência. Na Europa, chutar a bandeira é normal. Por quê ninguém soube dessa reunião?”.

E a resposta, óbvia: “Ué, se estivesse na Regra, não precisava fazer reunião, era só cumprir a Regra. Você não queria que chamassem a imprensa e falassem que temos uma Regra só nossa, né Energúmeno?”.

Apesar do mau humor do Zé, a informação é:

⁃  A Comissão de Árbitros não quer ver mais comemoração com “chute na bandeira”. Entende que é excessiva e pediu aos árbitros para punirem. Irá, além disso, solicitar na próxima reunião da International Board a inclusão explícita desse item.

Fico pensando: aqui nós temos uma espécie de “Cisma”, como se fosse uma dissidência. Existe a Regra Oficial do Futebol e a Regra Paralela do Brasil: chutou a bandeira é Amarelo, bateu na mão vira pênalti, entre outras.

Do jeito que vai, crie-se um outro esporte.

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