– O lance polêmico de Palmeiras 0x0 Atlético Mineiro e a necessidade de mudança de costumes no futebol brasileiro.

Scolari reclamou de um pênalti não marcado na bola que bateu no braço de Gabriel Menino (aos 23m do 2º tempo). Hulk foi além: disse que deveria ter marcado pois a “bola mudou de trajetória”.

Aqui, sabemos que acontecem duas coisas:

1 – As reclamações (infundadas ou com fundamento) são um hábito do nosso futebol.

2 – Jogador (e se bobear até alguns árbitros) não conhece a regra.

Foi um lance totalmente involuntário, sem intenção e, principalmente, de reflexo por movimento NATURAL (ou seja: não há movimento antinatural dos braços / mão na bola, a fim de tirar vantagem), até porque ela veio “no susto” após tocada por Mayke (que é seu companheiro). Dessa forma, acertou o árbitro Fernando Rapallini ao não marcar (e se você já viu lances assim serem marcados, saiba: foram equivocados e já falamos disso em outras oportunidades nesse espaço).

Mas algo que irrita profundamente: o unfair-play do nosso futebol. Se quer ganhar contra as regras, contra a desportividade e contra a ética. Dois exemplos, fora as reclamações já citadas pelo Galo de MG:

1 – Abel Ferreira: logo no começo do jogo, Gabriel Menino cometeu uma falta pesada em Hyoran e recebeu Cartão Amarelo corretamente. Não é um lance para se questionar, foi erro do garoto. Mas Abel foi flagrado “possesso” contra o árbitro. Dois minutos depois, Zé Rafael sofre uma falta comum de jogo, e novamente as câmeras mostram Abel Ferreira totalmente nervoso, gesticulando e berrandopedindo um Cartão Amarelo ao adversário (como uma “compensação”). Não era lance para tal advertência (e provavelmente ele sabe disso), mas a mania / costume / vício de reclamar se fez presente.

Aqui, um acréscimo: Abel foi contido por… João Martins. No último sábado, contra o Fluminense, a cena foi exatamente a contrária: João esbravejou, xingou e foi contido por um calmo Abel. A diferença é que João foi expulso. Estaria existindo um revezamento planejado de reclamações?

2 – Rony, aos 48m, está no ataque e um marcador faz falta nele, desequilibrando-o com a mão em seu peito. Ele cai e como reflexo põe as mãos no rosto simulando ter sido agredido na cara. O árbitro não entrou na sua malandragem. Mas não é um comportamento reprovável, condenável é que fere os princípios do esporte?

Aliás, os atletas brasileiros estão com esse péssimo hábito: fingem agressões, rolam no chão como se tivessem sido atropelados e sem nenhum pudor querem enganar a todos. No domingo, em Cuiabá x Flamengo, Deyverson caiu no chão, fingiu ter machucado gravemente a mão, e a TV o flagrou em meio aos gemidos, parando, sorrindo e piscando para seu companheiro. Ato contínuo, como num passe de mágica, voltaram as dores e a contusão.

Precisamos repensar tudo isso em nosso país.

Imagem extraída de Techtudo.com.br

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