Em 1994, Antártica, Kaiser e Brahma travavam uma briga pelo patrocínio no Futebol. Uma cervejaria anunciava na TV, outra nas placas publicitárias dos estádios e a outra bancava os próprios jogadores.
Naquela oportunidade, os atletas arrancavam a camisa e mostravam seus patrocínios pessoais no peito, com uma camisa com a propaganda por baixo. Naquele período, a solução foi: os patrocinadores irem reclamar à FIFA, que estudou modificar a Regra. Nasceu, assim, a nova orientação da Regra 4 (equipamentos e uniformes dos jogadores): tirar a camisa ou simplesmente colocá-la sobre a cabeça, mostrando o peito, passou a valer um cartão amarelo (motivo: desconfigurar o uniforme).
Pelo lado do patrocinador, a queixa é justa: no momento de êxtase do futebol, onde as marcas do fornecedor de material esportivo e do anunciante máster deveriam ter destaque, elas deixam de aparecer.
Nesta semana, me chamou a atenção o seguinte: sabedores de que, se ao tirar a camisa receberiam cartão amarelo, Roger Guedes e Yuri Alberto tiraram a camisa contra o América, ostentando a mesma marca numa camisa “modelo Top” que estava por baixo. No jogo seguinte, Ryan repetiu o ato e também recebeu amarelo.
Três atletas punidos pelo mesmo ato, leva ao questionamento: seria um patrocínio pessoal, ou “apenas” coincidentes atos de indisciplina?

Imagem: Rodrigo Coca, agência Corinthians.
