– A entrevista coletiva do Paulista FC e os pontos desconexos da realidade.

Para quem não ouviu a aguardada coletiva do Presidente do Galo ontem, está disponível em: https://youtu.be/B_72AidOoOc.

Nela, há algumas coisas com interpretação equivocada e outras que podem ser discutidas, para o bem do Paulista Fc. Há outras ainda, confessou assustadoras. Alguns exemplos grafados em itálico:

  • Falas do presidente Rodrigo Alves:

Precisamos ver alguns times semelhantes ao Paulista, veja o Mirassol que vendeu o Luiz Araújo e fez um CT .” (Concordo, e por quê não temos categorias de base próprias para imitar o co-irmão?).

Roberto Graziano comprou o São Bernardo, que tinha poucas dívidas e era organizado, precisamos fazer isso para ter uma SAF viável”. (O Paulista não é organizado hoje e tem dívidas, por quê só agora vir com tal exemplo?)

Precisamos construir alicerces, de dentro para fora”. (Mas as ações desse ano não foram condizentes ao que disse, eu concordo com essa necessidade, mas por que não foi feito?). 

O Paulista tem 75 patrocinadores, ajudando com permuta e financeiramente também” (Mas não inscreveu 3 jogadores por falta de dinheiro para a inscrição, não consigo entender isso, é desconexo o discurso com a prática).

Fomos um dos primeiros clubes a se preparar para o campeonato” (Ops: Roberval Davino chegou às vésperas da estreia, antes era o Araão Alves. Trocar treinador com uma semana do início não é bom planejamento, deveria ter trocado antes ou mantê-lo).

Tem um trabalho nosso na FPF, lá dentro, para entender como será o ano que vem” – (Não tem, me desculpe. Nem a FPF sabe ao certo o que fará. E não há o que fazer agora, nesse momento… não deveria falar isso, pois depois isso será lembrado pela torcida e cobrado. Hoje não tem nada por parte de nenhum clube, até porquê nem acabou a fase de rebaixamento da Bzinha).

Não vamos disputar a Copinha” – (Mas isso é o contrário do discurso do alicerce, de valorizar a base, de ter jogador para vender e construir um CT… contradisse o começo da própria fala).

Na verdade, continuamos na mesma divisão, foi criada uma divisão intermediária acima do que nós estamos” – (Que narrativa mequetrefe. Um malabarismo desnecessário… é brincar com as palavras e subestimar a inteligência do torcedor, tentando iludir que a última divisão não é a 5ª.

A última, bem confusa, mais ou menos com as seguintes palavras quanto ao “Salário que recebe” e “fake news sobre ele” que reclamou: “Há um membro da uniformizada no conselho fiscal (…). Não retiro o salário integral faz 1 ano por conta da situação financeira do clube (…) A remuneração foi aprovada pelo Conselho“. (Eu achava que ele era funcionário do Paulista Ltda, e que o salário vinha por lá. Se há um Conselho que aprovou, então é pelo Paulista Associação? Confesso que não sei detalhes e me socorro aos que podem esclarecer: a remuneração foi aprovada pelo Conselho?

  • Fala do advogado, Dr Wagner:

Para a FPF, não existe 5a divisão. Foi criada uma subdivisão da 4a divisão. Nós entendemos que não caímos”. (Respeito, não vou discutir. É bobagem ficar brigando por nome. Se vai se chamar A5, B2, ou o coisa que o valha, é sim a 5a divisão na prática e o Paulista caiu).

Aqui, me recordo de 1990, quando o Farah criou a A1, A2 e A3. O São Paulo tinha ficado na A2, e o Farah chamou de “1ª divisão módulo A1, A2 e A3”. Em teoria, todos estavam na Primeirona, pois ele cruzou os melhores da A1 com o campeão da A2 (que foi o SPFC). Nesse cruzamento, o SPFC, no mesmo ano, venceu a A1 (até o Telê Santana admitiu que a A2 era a 2ª divisão, vide em: https://wp.me/p4RTuC-oZ3). Nos anos seguintes, nunca mais o campeão da A2 cruzou com os melhores da A1 no mesmo ano… E o que são essas letras com número, senão a 1ª, 2ª e 3ª divisão? 

  • Fala do supervisor Wilson:

Demos toda a estrutura aos atletas, fizemos um primeiro turno bom e não tem como explicar”. (Estrutura é algo relativo, pois os campos de treino não eram de futebol profissional. E a campanha do primeiro turno foi, cá entre nós, meia-boquíssima.

  • Fala do vice-presidente Raphael Donadel:

Disparado o mais lúcido. Quando falou, apontou os erros e acertos (sem fazer rodeios), foi ponderado nas questões e assumiu a culpa pelo rebaixamento, convidando a dividir a responsabilidade com outros integrantes da gestão. Destoou do Rodrigo e do Wilson.

  • Outras observações:

Assustei ao saber que o Paulista foi para Amparo um dia antes “para sentir o clima. Pagar hotel para jogar numa cidade vizinha? Não… deveria sair do Jayme Cintra no dia do jogo com o clima de cobrança daqui para entrar em sintonia com a necessidade de ganhar. E se o jogo fosse em Assis, sairia dois dias antes?

Criticar os jogadores, como foi feito em alguns momentos na coletiva, é muito cômodo. Eles vão, ficam umas semanas e passam. Vão embora mesmo, não têm compromisso aqui. São atletas limitados, não são craques. Alguns eram reservas de times fracos. A culpa não é dos jogadores, mas de quem resolveu contratar esses jogadores.

Aqui, um questionamento que guardei até o término dessa fase: dos 12 que estão compondo no momento a 5a divisão do ano que vem (que se somarão a outros 8), boa parte considerará inviável a disputa. Alguns se licenciarão, provavelmente. Se não tivemos quórum, a FPF promoveria o torneio com “meia dúzia de times” ou repensaria isso e incorporaria os poucos remanescentes para a 4a divisão, com os demais 16?

É uma hipótese. 

3 comentários sobre “– A entrevista coletiva do Paulista FC e os pontos desconexos da realidade.

  1. eu e vc somos professores e sabemos que quando o cara se faz chamar ‘doutor’ a coisa coisa começa a cheirar mal… abs

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