Em Setembro de 2012, o Zenit (que pertence à empresa russa de gás Gazprom, e tem como ilustre torcedor o presidente Putin) contratou por 60 milhões de euros o atacante brasileiro Hulk, que estava no Porto. E isso causou muita revolta entre os torcedores, pois era “o 1º negro a jogar pelo time de São Petersburgo” (a antiga Leningrado soviética).
No mesmo ano, em dezembro, a torcida organizada fez uma carta de protesto contra a contratação de qualquer jogador negro, estrangeiro ou homossexual, por “ferir a tradição do clube, que é de contar com atletas natos russos“. Infelizmente, à época, repercutiu pouco tal ato preconceituoso.
Em março de 2023, Artem Dzyuba, ex-capitão do Zenit, preocupado com a chegada de brasileiros, disse:
“Entendi que o Zenit São Petersburgo estava se transformando no Zenit Rio de Janeiro ou São Paulo. Isso não é de todo correto. Tenho uma ótima relação com os brasileiros, mas acho que isso não é bom“ (Extraído de Central do Timão, por Bruno Pantarotto).
Depois da saída do goleiro Ivan que foi para o Vasco da Gama, o Zenit terá em seu elenco: Claudinho (ex-Bragantino e base do Corinthians), Robert Renan, Mantuan, Malcom e agora Pedro, de 17 anos (todos ex-Corinthians).
Depois de 11 anos do protesto citado acima, um clube de torcedores racistas, homofóbicos e xenófobos tem “metade” de seus jogadores brasileiros. O que aconteceu?
Aliás: será que o Corinthians está fazendo bom uso do dinheiro russo para pagar suas dívidas?
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Foto: Crédito Rodrigo Coca / Agência Corinthians.
