Já falamos sobre o gol irregular que deu a vitória ao Cruzeiro contra o São Paulo (vide aqui: https://professorrafaelporcari.com/2023/06/24/o-gol-irregular-em-cruzeiro-1×0-sao-paulo/).
Amigos me perguntaram: mas como ninguém viu que o Machado estava impedido?
Aqui vai a resposta: dentro de campo, árbitro e bandeiras teriam dificuldade de marcar o impedimento (um bom assistente marcaria). Com o advento do VAR, em dúvida, deixa-se seguir e o pessoal na cabine avalia. Porém, a discussão pode ter tido dois caminhos:
- O entendimento que o cruzeirense permaneceu em impedimento passivo (isso não ocorreu, ele se joga para disputar a bola, já abordamos no link acima), ou
- Uma bobeada no entendimento da regra: há poucos anos, desvio começou a tirar impedimento. Ou seja: se eu chuto uma bola para o gol e ela é interceptada por um defensor que a tenta disputar, mas acaba sobrando para alguém impedido, esse toque tirou o impedimento. E talvez por isso (por Rafinha interceptar a bola) a equipe de arbitragem se equivocou (reforçando: ele disputa a bola pois não sabe que o adversário está impedido, e o mesmo mergulha para cabeceá-la – impedimento por participar ativamente contra seu oponente).
Uma curiosidade com os números do árbitro Ramon Abatti Abel: ele tem 78 jogos apitados pela CBF nos últimos 3 anos, sendo apenas 14 vitórias do visitante. Na temporada 2023, apenas 1 derrota para o mandante: Ceilândia 0x1 Santos pela Copa do Brasil (pelo Brasileirão desse ano, quem jogou em casa com ele no apito, não perdeu).
Continuo defendendo a tese: precisamos trazer árbitros estrangeiros de boa qualidade para intercâmbio.
Imagem: FIFA.com

