A tecnologia do chip na bola estreou no mundo do futebol, oficialmente e com sucesso, em um lance duvidoso na Copa de 2014 no estádio Beira-Rio, no jogo da França (apitado pelo brasileiro Sandro Meira Ricci).
No pós-Copa, foi público o anúncio de que a FIFA ofereceu a preço de custo os equipamentos utilizados no Mundial para que o Brasil ficasse com a parafernália eletrônica, já instalada nos estádios – e a CBF não quis (pois teria que arcar com as despesas nos outros estádios do Brasileirão que não participaram da Copa – é só dar uma busca nos jornais da época).
No lance polêmico do gol/ não-gol em Bahia 1×0 Palmeiras, se tivéssemos essa tecnologia e se a bola ultrapassasse totalmente a linha (não sabemos se ela entrou totalmente, é nítido que ela, ao menos, passou em sua maior parte), o relógio no braço do árbitro vibraria e apareceria piscando a palavra GOAL.
A Regra 10 (o Gol) determina que a bola precisa passar totalmente a linha (isso significa por terra ou por ar a sua circunferência).
Três lances para entender, na figura abaixo:
1 – A ilustração da própria regra do jogo:
2- O polêmico lance da Copa 2022, onde se teve dúvida de que a bola ultrapassou a linha de fundo no cruzamento do gol do Japão contra a Espanha (a FIFA utilizou sensores da Inteligência Artificial do VAR para mostrar: milimetricamente, a bola não saiu – e se fosse na meta, não seria gol).
3- O print do jogo de ontem: aqui tem o efeito paralax e outros problemas de nitidez para se avaliar. Para mim, por muito pouco, não foi gol (mas é minha impressão pessoal, ela me parece não ultrapassar em 100% a linha).
Os clubes de futebol não deveriam exigir da CBF tal tecnologia, ou só se recorda disso em lances duvidosos?
Nessa jogada, não dá para criticar a arbitragem, seria injusto com o árbitro Wilton Sampaio e sua equipe.
Arte: montagem pessoal.

