O Paulista tem um ano esportivamente ridículo em 2023. Na 4ª e última divisão do estado de SP, o Galo está atrás de Barcelona da Capela do Socorro, de Mantiqueira de Guaratinguetá e até do… Atlético de Mogi, que ficou 60 partidas sem vitória!
Diferente do começo dos anos 2000, quando vencia Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos (quem não se lembra do 4×0 em cima do Peixe de Diego e Robinho, ou do “Santástico” de Neymar em uma terça-feira de Carnaval no Pacaembu), agora não consegue vencer como mandante algumas equipes que foram “fundadas ontem”: Ska Brasil ou Colorado Caieiras que o digam. Ou perder duas partidas do Amparo! E olhe que o regulamento é esdrúxulo: classificam 4 equipes de um grupo de 6!
A tragédia do Tricolor, obviamente, não começou agora, é um processo de anos. Mas alguns erros foram claros nessa temporada: iludir o torcedor com a história da SAF (já escrevemos várias vezes: uma SAF não significa boa gestão nem dinheiro no bolso, e houve um conselheiro que insistiu que seria um “presente de Natal” e que garantia 100 milhões na chegada do “investidor Victor Monteiro” – mesmo sendo alertado por todos que tal fato seria sem dinheiro na mão). Teve a negação e posterior assinatura do contrato com o Palmeiras (cujo documento até hoje ninguém sabe o que pode ou não pode e o que o Paulista levou em grana – se é que levou alguma vantagem), o arrendamento da base (que foi eliminada logo na primeira fase nas categorias que disputou), e a troca de treinador às vésperas do torneio.
Diante de tudo isso (dos erros do passado e da atualidade), o Paulista vai para a última rodada precisando ganhar e torcer por resultados de outros. Missão hercúlea para fugir do vexame da queda à 5ª divisão (justo na semana em que o Galo comemorará os 18 anos da conquista da Copa do Brasil).
Resta ao torcedor, uma última esperança: apoiar o time na derradeira rodada e torcer contra os adversários – incentivando os jogadores (que não têm culpa de fazerem parte do elenco, eles dão o que são capazes e se fossem melhores tecnicamente, estariam em outras categorias). Se perder e cair (torçamos para que isso não aconteça) que os protestos sejam pacíficos, sem violência (pois agressões nunca levam a nada).
Que tudo dê certo ao time – e que o Paulista faça a sua parte.

