Como é bom ouvir personagens do futebol com personalidade! Saindo da mesmice das entrevistas, dias atrás, Fabrício Bruno “soltou o verbo” para falar do desempenho da equipe. No pós-jogo do FlaFlu de ontem, Eric Faria, da Rede Globo, fez boas perguntas a Gabigol, que não fugiu da raia!
Não tem “mi-mi-mi”, e também não há do que se reclamar. Diálogo forte, e ao mesmo tempo, respeitoso (como sempre foi antes). Ótimo.
Abaixo, extraído do UOL, o diálogo entre repórter e jogador:
Eric Faria: “Ano passado, o Flamengo conseguiu virar um confronto contra o Atlético-MG e muita gente diz que ali foi uma virada de chave na temporada. Você acha que chegou esse momento de o Flamengo finalmente entrar em uma nova era, em um novo rumo em 2023?”
Gabigol: “Não concordo [que chegou o momento de virada de chave]. Acho que o trabalho tem que ser feitos desde os treinos, desde o momento que a gente entra no Ninho e é isso que é feito. A gente sabe que tem muita gente que fala um monte de merda, desculpa o palavreado, você falou também sobre as coisas que saíram. Acho que vocês da imprensa criam umas coisas com a torcida, a torcida vem para o Maracanã com um pouco de dúvida, de má intenção com os jogadores e isso nunca aconteceu aqui no clube desde a época do Diego, do Arão.”
Eric Faria: “No momento não tem nenhum problema de relacionamento entre vocês?”
Gabigol: “Tem problema da gente com vocês, a imprensa.”
Eric Faria: “Entre vocês não tem?”
Gabigol: “Tem problema da gente com vocês da imprensa. Vocês criam coisas na cabeça do torcedor, aí começa a criar um clima ruim para dentro do clube que os verdadeiros flamenguistas não podem acreditar. O Flamengo é o nosso amor, a gente joga pelo Flamengo, estamos todos os dias lá para correr pelo clube. O Flamengo não é Big Brother. O Big Brother é aquele negócio de câmeras, de fofoquinhas. O Flamengo não é isso, é time grande, o maior do Brasil, onde tem jogadores de futebol atrás do sonho próprio e do clube.”
Destaque também para Fernando Diniz, que não abandonou os seus princípios (podemos reclamar da ortodoxia dos seus métodos, mas não de incoerência).
Não consegui assistir a partida, então, não posso comentar se realmente Claus contemporizou cartões, como alguns me perguntam. Mas não duvidaria…

Imagem extraída de Terra.com.br
