Não assisti o jogo, mas me perguntaram 4 situações pontuais da partida entre Corinthians x Cruzeiro. “Caçando os lances”, os encontrei e disserto aqui. Vamos lá:

1- 50′ do 1º tempo: Bruno Rodrigues (CRU) leva uma falta por conduta violenta de Fagner (COR). Era para ser expulso (ocorreu em frente ao assistente, com Daronco bem posicionado). Repare que a regra fala em brutalidade, e esse adjetivo é perfeito para tal lance. Falhou o VAR Wagner Reway em não chamar o árbitro Anderson Daronco por tal erro crasso. Depois, aos 22′ do 2º tempo, Fagner foi advertido com Cartão Amarelo por ação temerária… E se tivesse sido expulso (ou, sendo erro menor, recebido o Amarelo no lance de Bruno Rodrigues)?

2 – Cartão Amarelo ao Roger Guedes (COR), aos 43′ do 2º tempo: Correto, SEMPRE foi recomendado na Regra do Jogo que, se um jogador for acompanhar o árbitro durante sua trajetória à cabine do monitor do VAR, deve ser advertido com cartão amarelo (não é orientação, é REGRA). Aqui no Brasil, os árbitros não cumpriam, mas Wilson Luís Seneme determinou o cumprimento dela, ameaçando suspender o árbitro que não a cumprisse (vide o item 3 dessa postagem: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2023/04/11/as-6-novidades-da-arbitragem-para-o-campeonato-brasileiro-2023/)

3- Gol confirmado ao Corinthians, aos 45′ do 2º tempo: Gil (COR) cabeceia a bola, o goleiro Rafael Cabral (CRU) dá o rebote e Roger Guedes (COR) pega a sobra e faz o gol. Daronco viu falta de Gil em cima do seu marcador, mas chamado ao VAR, mudou de opinião. O VAR salvou o árbitro!
Perceba: Gil coloca a mão no zagueiro, que ergue as duas pernas e cai sentado, tentando cavar a falta. Daronco, muitíssimo bem posicionado, entrou na onda do ‘béque’ mineiro e marcou a falta. Como pode um árbitro FIFA, na frente da jogada, marcar um “perigo de gol” como esse? Sorte que o VAR Wagner Reway, dessa vez, foi bem.

4 – Uniforme do goleiro e da arbitragem: a recomendação é de cores diferentes do goleiro e da arbitragem. O quarto árbitro Douglas Marques das Flores (lembram dele?) não percebeu que a cor de Rafael Cabral era da mesma tonalidade do amarelo do seu próprio uniforme?

Uma pena o que está ocorrendo com Daronco, e não é de hoje: fraco disciplinarmente e tecnicamente (nesse jogo, deixando de expulsar Fagner e marcando uma falta inexistente na sua frente no lance do segundo gol – que precisou ser corrigido pelo VAR). Será que o escudo FIFA dele só continua no peito por falta de outro árbitro gaúcho para assumir? Afinal, na política da CBF, estados fortes não podem perder o escudo para outro estado.

Imagem extraído de GE.com