– O Fim da Bola na Mão no Futebol é Oficializado pela CBF

Não tenho mais dúvidas: nesta quarta-feira dia 24 de setembro, oficialmente, a CBF acabou com a interpretação de “mão na bola no futebol” e facilitou a vida dos árbitros para a marcação de pênaltis.

Não por culpa da FIFA, que há tempos divulgou uma mudança na orientação da Regra (sobre ela, leia em: http://is.gd/SStoSM), mas sim pela interpretação particular da Comissão de Árbitros da CBF.

Na Folha de São Paulo de hoje, na entrevista dada ao jornalista Marcel Rizzo (pg D2 no Caderno de Esportes), Sérgio Correa da Silva, o chefe dos árbitros brasileiros, declarou:

“Não é a CBF que cria as regras, seguimos determinações. O que estão fazendo com a arbitragem [em relação às críticas] é sacanagem. Toda vez que o jogador tiver uma ação e impedir ou bloquear a bola, mesmo tendo naturalidade, a tendência é o árbitro marcar a infração”.

Ora, a CBF não cria regras e deve seguir realmente as determinações da FIFA. E a determinação é que o árbitro fique atento aos movimentos ANTI-NATURAIS, ou seja, que um atleta não disfarce a intenção de que a bola bata nele num movimento de corpo de maneira forçada, diferente do desvio por um reflexo natural. Exemplificando: se a bola vai bater em seu braço e há tempo do desvio, ao invés de desviar, deixa que a bola bata nele. Porém, me assusta o discurso tupiniquim que SE DEVA MARCAR A INFRAÇÃO MESMO QUE O MOVIMENTO TENHA NATURALIDADE, como citado por Sérgio Correa.

Assim, fica claro que a CBF entendeu que não existe mais a bola na mão, e sim somente mão na bola. Portanto, precisamos mandar nossos instrutores à Europa para corrigir os árbitros da Inglaterra, da Alemanha, da Itália, de Portugal, da Espanha e de todo o restante do mundo, já que eles entenderam tudo errado… é essa a nossa “revanche do 7×1”: interpretamos na vanguarda as mudanças que eles não entenderam.

Ironias a parte, lamento que tal discurso esteja sendo ainda vendido e não corrigido. Se eu fosse dirigente de clube de futebol, pediria que a FIFA realizasse uma intervenção no Brasil para esclarecimentos.

Que até surja o momento de um mea culpa da Comissão de Árbitros brasileira, os zagueiros pratiquem carrinhos com o braço colado, dividam as bolas com a mão para trás e, se puderem, enfaixem os braços junto ao corpo. Ser prudente não será exagero demais!

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