– O Espírito de João Mendonça Falcão ainda vive no Futebol de hoje

O presidente corinthiano Mário Gobbi reclamou que a arbitragem brasileira está contra o Corinthians. Ele sabe de algo premeditado e não pode falar, ou é apenas “chororô”? Petros, segundo o diário Lance (02/09), não jogará para não ser perseguido pela arbitragem.

O jogo de volta da Copa do Brasil envolvendo Santos x Grêmio foi adiado até o julgamento do caso de Racismo pelo STJD. Deveria?

Os treinadores sendo demitidos à exaustão. Bastidores da bola estão fervendo! E o desejo do campeonato ser decidido exclusivamente dentro do campo pelos jogadores e suas habilidades parece que ficou deixado de lado.

Diante de tudo isso, não dá para deixar de lembrar do espírito “esportivo e político” do Dr Falcão, o polêmico cartola das décadas de 60 e 70.

Calma, esse post nada tem a ver com vida pós-morte. Mas falamos de ideários, principalmente no esporte. E, como nunca, a figura de um ex-dirigente esportivo, mesmo pouco lembrado atualmente, é atualíssima: João Mendonça Falcão, ex-deputado e ex-presidente da FPF, era um dos expoentes do futebol jogado e conversado nos escritórios.

Poucos sabem dessa história, mas convivi semanalmente com o “Dr Falcão”. Ganhei chaveirinhos dele na sua última campanha a Deputado Federal pelo PTB no início da década de 80.

Mendonça Falcão se recolhia aqui em Jundiaí, no nosso Bairro Medeiros, em sua aprazível chácara. Hoje, coincidentemente, moro bem em frente a ela, que se transformou no ótimo restaurante campestre Noz Mostarda.

Ele pontualmente chegava na loja de materiais de construção do meu pai às 9:00h, trazido pelos folclóricos motoristas Ivan ou pelo Toco (este, figura carimbada do futebol paulista, corinthiano doente). Lembro-me sempre do Del Rey azul estacionando com toda a pompa de uma autoridade, ou em situações estratégicas, da Brasília bege que ele gostava! Quando o então ex-dirigente entrava no depósito, fazia questão de sentar na cadeira do escritório, encostar sua bengala (já era bem idoso), e ficava lá contando suas histórias. Hoje tenho como certeza que, alijado dos holofotes, ele buscava simplesmente companhia para contar suas experiências (sempre se queixava da família e outros problemas particulares; enfim, um homem solitário no final da vida).

Imagine uma criança fanática por futebol (sem noção do que era a Federação Paulista de Futebol ou a política no esporte), ganhando bolas oficiais do Campeonato Paulista, ouvindo contos e passagens daquele senhor de idade sobre nomes famosos do futebol? Me deliciava com as histórias, mesmo que não as entendesse.

Naquele tempo, não havia telefone no bairro todo, e a linha da Telesp só chegava até a nossa loja. Falcão ia lá, ligava para Deus e o mundo, e ficava até à hora do almoço. Cansei de vê-lo esbravejar com seus pares políticos, sem ter noção do que era importante ou não. E quase toda semana, ele dizia algo que de tanto contar, gravei na mente até as mesmas palavras: “Se o Santos ganhou do Milan, tem que me agradecer para o resto da vida pelo 3a partida…” , em referência ao jogo-desempate do Mundial de 63, onde ele não permitiu o jogo em campo neutro e sim no domínio santista.

Digo tudo isso para lembrar do fato que torna Falcão atual: ele repetia sempre, mais ou menos com essas palavras, que:

Futebol é muito mais do que um jogo jogado no campo, é vencido por gente fora dele”.

Hoje, adulto e tarimbado, entendo perfeitamente o que ele queria dizer. Ex-árbitros daquele período, que tive o grande prazer de conhecer e que hoje são octagenários, diziam que quando o João Mendonça Falcão chamava alguém em sua sala, lá na sede da FPF na Brigadeiro… xi… lá vinha confusão. Muitos deixaram de apitar por não concordar com determinadas ordens.

Cada vez mais a política está presente no futebol. Não há manipulação de resultados oficial, pois seria perceptível àqueles que entendem e militam na área. Mas há entraves dificultosos políticos, que deturpam o espírito esportivo. Me apego ao que o piloto finlandês Kimi Raikkonen declarou um dia:

Na F-1, há muitos fatores mais importantes do que a corrida. É muita política e ninguém diz o que pensa”.

Traga essa frase da F-1 para o mundo futebolístico e compare com a frase de efeito do ex-presidente da FPF, citada acima. Falcão não é atual?

E você, o que pensa disso: há muito mais fatores políticos no futebol do que o próprio jogo? Deixe sua opinião:

(Abaixo: Falcão, Havelange e José Ermírio de Moraes)

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– Dirigentes demitem treinadores. Mas quem demite os dirigentes?

Os treinadores Adilson Batista, Celso Roth, Ricardo Gareca e Oswaldo de Oliveira foram demitidos de seus clubes (Vasco, Grêmio, Palmeiras e Santos).

Em alguns casos (como o de Oswaldo), é um erro. Em outros, é por culpa dos resultados.

Mas esses treinadores foram contratados por alguém. E esse alguém nunca é demitido: o presidente do time!

O Santos não tem dinheiro para contratar jogadores, e quando Oswaldo coloca no banco de reservas um jogador de mais de 40 milhões e corajosamente põe para jogar um garoto melhor do que ele, perde o emprego?

Onde Oswaldo errou?

Se Oswaldo é errado, errou quem o contratou.

Aliás: o próprio Santos não tem um bom patrocínio na camisa, joga para estádio vazio e não viu a cor do dinheiro que o Barcelona deu para Neymar. E a culpa é do Oswaldinho?

Durma-se com tal barulho…

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– Críticos e Elogiosos no papel e na conduta

Tecer comentários é uma arte. Li em algum lugar este sábio conselho do mestre Armando Nogueira:

Você pode elogiar sem bajular e criticar sem ofender

Perfeito.

Deveríamos saber!

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– R10 faltou no Jogo da Paz?

Ronaldinho Gaúcho é o típico talento desperdiçado. Se potencializado, estaria gravado na história como rival de Pelé na disputa de melhor do mundo (qualidade já mostrou, quando leva sua carreira a sério).

Nessa semana, o Vaticano realizou o “Jogo da Paz pelos Pobres”, com arrecadação destinada aos mais carentes. Zidane, Maradona e outros nomes compareceram. R10, mesmo convidado pelo Papa Francisco, faltou.

O que esse cara quer e pensa da vida? Só se preocupa em festividades e baladas?

Aliás, Assis, seu irmão e empresário, gerencia muito mal sua carreira…

Pisou na bola, Gaúcho!

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– Coitados dos Discentes da Gama Filho e UniverCidade…

Alunos da Gama Filho e UniverCidade, instituições do Grupo Galileo, que recentemente sofreram intervenções do MEC, estão sofrendo.

Se não bastassem os problemas que passaram enquanto discentes (falta de aula, greve de professores, baixo conteúdo acadêmico), os ex-alunos não conseguem transferência para outras instituições sob a queixa que o grupo Galileo não libera documentações suficientes.

A realidade é: muitas faculdades abriram as portas; poucas deveriam ter funcionado de verdade!

Fico pensando: e os gestores, proprietários ou donos do Grupo Galileo? A quantas andam? Confesso que não sei quem são.

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– Qual a Grande Contratação que micou no Futebol?

Me recordo que um dia o São Paulo trouxe de helicóptero o grande substituto de Raí: e a festa foi armada para o suposto genial Sierra…

Não vingou!

A peso de ouro o Corinthians também já deu sua bola fora: trouxe o uruguaio Acosta, que jogou por diversas equipes recebendo seus salários do Corinthians (hoje ele joga em Macapá pelo Santos/AP). Também tivemos Adriano Imperador, que praticamente nem jogou pelo Timão mas recebeu em dia. Seu contrato demorou para se encerrar…

Recentemente, o Santos “micou” com Leandro Damião, o reserva mais caro do Brasil. E, nessa segunda-feira, foi a vez do Palmeiras fazer com que sua aposta virasse um mico: demitiu o treinador Ricardo Gareca.

O Verdão deu os jogadores pedidos mas não o tempo de contrato combinando. Claro, no Brasil o que vale são os resultados a curto prazo, que foram péssimos, além dos questionamentos do trabalho em si.

Mas vale a constatação: a paciência que não se teve com Gareca, se tem com Valdívia. A tolerância aos contratados é equivalente aos valores das multas?

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– Labirintite… nãããããooo

Sabe o que é sentir-se bêbado, sem ter bebido?

Estar enojado, segurando a ânsia?

Rodando, rodando, rodando…

Pois é, a Labirintite voltou.

Socorro!!!