Na partida entre Independente de Limeira 1 x 0 Paulista de Jundiaí pela Copa Paulista, no último sábado, tivemos atraso no início da partida devido a falta de ambulância. E é sobre isso que vamos discutir: se necessita de uma viatura hospitalar para um jogo com 216 torcedores como o de ontem, sendo que há médico dentro de campo para atender prontamente?
Importante lembrar: o Regulamento Geral das Competições da FPF obriga a presença de uma ambulância contendo desfibrilador em jogos amadores e profissionais regidos pela entidade. O “start” para tal cobrança foi a morte do jogador Serginho, do São Caetano, num fatídico jogo no Morumbi.
Pense: no Estádio Agostinho Prada tivemos uma ambulância para um pouco mais de 200 pessoas. No Cícero Pompeu de Toledo se precisa de uma ambulância para 300 vezes esse público (60.000).
Quem está subestimado ou supravalorizado?
Nos grandes eventos, há razão para se ter ambulâncias ou até posto médico. Mas para pequenas situações… Pela lógica, os campeonatos de várzea também deveriam ter ambulâncias.
Exagero ou não?
Já presenciei clubes que alugavam desfibriladores para que o jogo pudesse começar. Também fiquei esperando mais de 40 minutos uma ambulância voltar ao campo de jogo, pois o motorista teve que socorrer um munícipe numa vila próxima ao estádio (e quando a ambulância deixa a praça esportiva, o jogo que estava sendo disputado deve ser paralisado até o retorno da mesma).
Será que esse custo (assim como os da segurança interna ou policiamento) não deveriam ser bancados pela rica FPF?
Não sou contra ambulância em estádio. Sou contra ambulância pública ou ambulância bancada por clubes. E você?

