A Alemanha merecidamente está na final da Copa do Mundo, se classificando por um placar impensável.
Sejamos justos: jogou bem, se entrosou no país, foi carismática, trabalhou e relaxou no Brasil. Curtiu a Bahia! Jogou como jogávamos nos anos 80. Pouquíssimas faltas praticadas, privilegiou o futebol arte. Parabéns.
Enquanto isso, a Seleção Brasileira mostrou que precisa mudar. Um treinador ultrapassado como Felipão, que arranja brigas para desviar o foco de um mau trabalho, não dá mais. Treineiro sem esquema tático, que não se atualiza e que vive do passado.
Arranjou desculpas com a arbitragem, insistiu em cara feia e treinou pouco. Scolari chegou à Copa graças a um esforço dos atletas na Copa das Confederações, e sobreviveu disso.
E sejamos justos: Quantos treinadores alemães tínhamos no Mundial? E italianos? E argentinos? E colombianos? E portugueses?
O Brasil está a pé também de técnicos, não só de jogadores.
Aliás: Felipão há um ano disse que seríamos campeões. Parreira disse que estávamos com a mão na Taça.
Pra quem gosta de superstição: o Brasil levou 24 anos para sair do Tricampeonato e chegar ao Tetra. A Itália, idem. O Tricampeonato da Alemanha foi em 1990…
No “mal menor”, ao menos, não ouviremos falar de um hipotético Maracanazzo de 2014 frente a Argentina. Ficamos 64 anos ouvindo isso dos uruguaios, e ficaríamos o mesmo tanto se isso novamente ocorresse no Maracanã, em outra final de Copa do Mundo, agora contra nosso rival histórico Argentina.
O Brasil precisa mudar; mas o problema é: quem serão os agentes de mudança?

