Juizão fraco, como previsto na nossa análise pré-jogo de Carlos Velasco. Deixou de marcar faltas e marcou algumas que não foram. Aliás, a 1a infração do jogo ditou o ritmo: o colombiano segura Marcelo, mas não o impede de seguir a jogada. O lateral esquerdo parou pedindo a falta e Velasco marcou. Na Inglaterra, na Itália ou na Alemanha o atleta continuaria a jogada, e caso parasse, o árbitro não marcaria a falta.
A partida não exigia tecnicamente. Conversou bastante (seguiu à risca a orientação da FIFA: a de poupar cartões). E nessa onda, se enrolou no jogo falando muito e descumprindo a regra, se mostrando um desastre disciplinarmente. Vide, por exemplo, clássico lance para Amarelo no agarrão sofrido por Paulinho no 1o tempo.
No intervalo os colombianos reclamaram e parece que as queixas foram aceitas: no primeiro ataque de Hulk no 2o tempo, uma falta inventada na queda do zagueiro.
E Cuadrado? Invariavelmente fazia suas faltas e ficava só na conversa. Tinha licença para bater…
Um raro acerto de detalhe da Regra: Thiago Silva acertadamente leva o Cartão Amarelo por impedir que a bola seja reposta em campo pelo goleiro. Explico: quando a bola está na mão do goleiro e ele a joga no ar para chutá-la, não pode ser interpelado. O goleiro tem o direito de repor a bola em jogo, e mesmo quando ela está no ar, é considerado posse de bola. Mas atenção: é diferente da situação em que o goleiro a domina com as mãos e a põe no chão. Lembram-se da famosa roubada de bola do jovem Ronaldo em Rodolfo Rodriguez (Cruzeiro x Bahia)? Aquilo é válido, pois a bola tecnicamente já estava em jogo. Resumindo: por bobagem Thiago Silva ficou fora da semifinal.
O árbitro também errou ao dar cartão amarelo a Júlio César no pênalti cometido. Foi situação clara de gol e atingiu as pernas do chileno; deveria ser expulso.
Sobrou tempo ainda para uma pancada nas costas em Neymar. A decisão do árbitro? Esquece… Ele estava bem atrás da jogada e não teve a noção de profundidade para ver o joelho propositalmente atingir o jogador.
Em suma: erros e acertos a favor do Brasil. Fragilidade total de um árbitro que só está na Copa por força política.
E aqui vai um comentário sobre quem que não estará na final da Copa do Mundo devido a classificação do Escrete Canarinho: Sandro Meira Ricci, Emerson Augusto e Marcelo Van Gassen são infinitamente melhores do que o trio espanhol de hoje e foram brilhantes nos jogos que trabalharam até então. Parecem não ser do mesmo naipe ou da mesma competição.
O árbitro tornou o jogo difícil, pois não soube se impor e escondeu os cartões. Ruim demais para um jogo dessa importância, e fica provado: a Espanha é privilegiada na produção de juízes ruins.

