A Copa do Mundo bate às portas. As equipes de futebol estão se preparando e a da arbitragem também (trabalhando no Centro de Futebol do Zico, no RJ).
O que esperar no Mundial dos juízes de futebol?
Sobre orientações da FIFA, a atenção deverá ser para:
- – Simulações: os árbitros coibirão tentativas de engodo. Se jogar na área e cavar faltas será punido com o rigor do cartão amarelo.
- – Recuperação de tempo perdido: nada de 1 minuto no 1o tempo e 3 no segundo! A ordem é: acrescentem de verdade o tempo perdido com atendimento a atletas lesionados e retiradas de dentro do campo de jogo. Não nos assustemos com 4, 5 e 6 minutos de acréscimos.
- – Observação de mensagens debaixo da camisa: recados com conotação religiosa e política estão proibidos. Em tese, se aparecer “Jesus é meu Senhor”, “Alá seja louvado” ou “Democracia na Síria” embaixo do uniforme (por descuido ou por intenção), o atleta será punido.
Mas há novidades e atenção especial também quanto a Regra:
- – o uso da tecnologia para determinar se a bola entrou totalmente em um gol, através do relógio e dos sensores específicos (testados no Mundial de Clubes).
- – sempre esperar ao máximo para decidir se um jogador em impedimento passivo realmente se tornou ativo, verificando se a conclusão da jogada se dá por alguém em posição legal e se o supostamente impedido atrapalhou o lance. Portanto, não vale zagueiro parar na jogada pedindo impedimento pois poderá se dar mal.
- – lembrar que a bola que sobra de um rebote para um jogador que estava a frente da linha da bola mas não estava na jogada, não é mais impedimento. Aqui, em especial, já vem do ano passado e não vimos situações assim: se um jogador chuta para o gol, a bola bate em um zagueiro e cai nos pés de um atacante sozinho na ponta esquerda que despretensiosamente a recebe, o lance deverá seguir como válido (a FIFA entende que essa bola não foi lançada deliberadamente para um jogador em impedimento). É diferente do atacante que está na pequena área, impedido, esperando um rebote.
- – permitir o uso de “vestimentas da cabeça”: está liberado o uso de véus para as mulheres e turbantes para os homens. Na prática, se algum jogador de país árabe fizer questão de usar algo na sua cabeça (mesmo com o calor do Brasil), não estará irregular! E como a Regra trata disso como “roupa não proibida”, pergunto: e se um atleta de linha fizer questão de usar boné para se proteger do sol? Goleiro já costuma fazer, mas e zagueiro ou centroavante? Proibir-se-á ou não?
Penso que não. Se turbante é chamado de veste de cabeça, por quê boné não pode ser encarado assim também?
