Há certos lances que são fáceis para a arbitragem e difíceis para o torcedor leigo. Normalmente se referem a impedimentos, e um deles aconteceu no 1o gol do Santos na Copa São Paulo, nesse sábado.
O atacante do Santos recebe a bola sozinho, avança para a linha de fundo e chuta para o gol. Na grande área, há um companheiro dele que estava sem marcação, ATRÁS da linha da bola no momento do chute. Normal, mas houve quem pediu impedimento.
É o bê-a-bá da regra, mas, confesso, sei que isso é difícil para quem não é árbitro.
E não é que a Globo repetiu a exaustão a jogada e perguntava ao Gaciba, comentarista do jogo, se realmente não havia impedimento, justamente pelo fato do menino que fez o gol receber a bola quase dentro da meta?
Em suma: apesar dele estar em condição pois estava atrás da linha da bola no momento do chute, o torcedor se assusta por a ter recebido sozinho! É uma espécie de “traição por ilusão de ótica”, mas nada disso: só o árbitro que costuma se atentar a bolas que partem de alguém e a linha dela; o torcedor, por prazer, evidentemente, aguarda quem vai dominá-la.
Coisas do futebol. Fácil e difícil ao mesmo tempo.

